segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

2011


Tenho comparado a vida a uma estrada. Posso dizer que o ano começou devagar. Engatei a primeira, mas parecia que estava subindo o morro de carro 1.0 com o ar condicionado ligado. Pra piorar, aquela Scania na minha frente e uma carreta atras. Paciência; afinal, andar devagar é melhor que parar.

Mas é questão de tempo pro veículo começar a ganhar velocidade. Dá pra desligar o ar condicionado por alguns minutos, passar para a segunda marcha, ultrapassar os caminhões.... Foi o que fiz. Na primeira oportunidade, ultrapassei o "quase parado" que estava em minha frente e segui viagem, ainda que em baixa velocidade.

Bom.... nenhuma subida é "eterna", uma hora ela acaba. Então começa uma leve descida. O carro começa a pegar o embalo: terceira, quarta, quinta. O movimento de veículos algumas lombadas, muitos buracos e poucos motoristas conscientes dificultam o trajeto, mas dá pra seguir numa boa. Afinal, não é só o destino que importa, mas sim todo o percurso. Então é importante percorrê-lo de forma paciente e tranquila.

Agora posso dizer que estou numa estrada plana, sem morros. Velocidade média de 100km/h. Reduzo nas curvas e no trevos, páro pra abastecer. Ultrapasso alguns caminhões ou carros mais lentos, dou passagem para os mais rápidos. Alguns obstáculos permanecem, como os motoristas imprudentes, lombadas, buracos, chuvas. Mas o que eu tenho é a estrada; as paisagens são lindas e, com paciência, a viagem rende sem stress. Melhor assim.

Se estamos a caminho da praia, por exemplo, as férias já começaram ali, quando entramos no carro ou no avião. Trânsito, estradas cheias, atraso nos vôos, problemas nas conexões, pessoas mal humoradas. Diante dessas e tantas outras eventualidades, temos duas escolhas: ficarmos impacientes ou rirmos. A escolha é nossa. E é assim com a vida.

thais wadhy

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