sexta-feira, 30 de julho de 2010

Esperança.

Por: thais wadhy


"Eu espero que sim", ela desabafava.

Espera, mas acredita, ao mesmo tempo, que não há nada para se esperar de alguém que nada tem a oferecer, além das mãos de pele fina que nunca foram colocadas na massa , um coração vagabundo e uma cabeça vazia... ou melhor, vazia não, cheia de coisas.... de filosofias e pensamentos de artigos de revistas com títulos duvidosos e uma meia dúzia de livros de auto-ajuda. Já conhecera a figura pobre que existe por trás da intelectualidade dos óculos de armação escura e quadrada e das roupas descoladas. Esperar o que?

Mas a espera vem de esperança, e ensinaram a ela que a esperança é a última que morre. "Espero que sim", repetia. Só não a ensinaram que a própria esperança mata... quando se transforma em expectativas. Mata o outro, colocado contra a parede pelas "esperas" injustas, que sufocam, represam, reprimem, induzem e manipulam, apenas para alimentarem o ego de quem as cria; as mesmas "esperas" que provocam um abismo em quem as criou, pois não podem ser saciadas: é impossível atender falsas expectativas.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

sábado, 24 de julho de 2010

A verdade....

"O capitalismo, quanto mais avança, mais refina sua linguagem - cada vez mais humanista - e esconde os mecanismos de dominação. O marketing é a ciência aplicada ao controle, à manipulação disfarçada de preocupação humanitária."

terça-feira, 20 de julho de 2010

Sabedoria

"Não me diga o quanto você trabalha.
Diga-me o quanto conseguiu concluir".
(James Ling).

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mais uma vez: Eliza


O caso Eliza e a violência de uma sociedade patriarcal


Por: Mayara Melo

Nos últimos dias, os noticiários foram tomados pelo caso Eliza Samudio. Uma história envolvendo sexo, sangue e um jogador de futebol é nitroglicerina pura – prato cheio para a imprensa entreter o público após a saída da seleção brasileira da Copa. Um espetáculo lamentável e digno de repulsa, não só pela espetacularização do crime e pela crueldade com a qual foi cometido, como também pelas reações das pessoas.

O caso me provocou indignação profunda. Mas, igualmente indignantes foram os absurdos que ouvi – tanto de pessoas conhecidas quanto pela internet. É assustador ouvir alguém dizer “poxa, mas o cara acabou com a vida dele”. Esse tipo de comentário tem a mesma raiz de outros que encontrei amplamente na internet: “Trouxa, você fez filho pra pegar pensão? Então cala a boca! Puta é isso. Mulher que faz filho pra mamar dinheiro dos outros, seja quem for! Vagabunda se ferrou!” ou “Estou triste pelo jovem Bruno, um homem realizado na vida profissional e financeira e acabar tudo por causa de um envolvimento com mulher de programa, filho é feito em mulher decente e de honra que isso sirva de exemplo para os homens”.

Ainda há aqueles que disparam, sob moderado pudor: “Era uma aproveitadora, mas ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa, por pior que ela seja.” Essa é uma pequena amostra dos inúmeros comentários que estão pipocando na rede, nos bares, ruas e lares nesse momento. Chego a tremer de indignação ao pensar na amplitude que esse comportamento tem e confirmar que, infelizmente, ainda estamos muito longe de dar um fim à violência contra as mulheres.

Eliza Samudio vem sendo julgada e muitas vezes culpabilizada pela própria morte. A mídia expõe o caso em doses diárias de espetáculo nos telejornais, e a cobertura é pobre, pois não é capaz de trazer uma informação contextualizada que provoque uma reflexão sobre a violência e a desigualdade de gênero.

É o tipo de cobertura que paralisa telespectadores e telespectadoras. Ao se concentrar em mostrar detalhes da vida de Eliza, de Bruno e até de familiares de ambos, a mídia esvazia as possibilidades de reflexão e colabora com a anestesia do público. Este, de tão acostumado com a narrativa folhetinesca, passa a acompanhar o caso como se fosse mais uma novela das oito.

Nesse sentido, as pessoas imediatamente procuram identificar mocinhos/as e bandidos/as. – Bom, mas o bandido precisar ser o assassino, né? É aí que a trama enrola a cabeça do público, pois Eliza – para nossa sociedade machista e patriarcal – não cabe bem no papel de mocinha. Como poderia uma mocinha participar de orgias, de filmes pornôs, tornar-se amante de um famoso esportista e engravidar dele nessa condição?

Para a maioria das pessoas, Eliza não passava de uma simples “Maria chuteira vagabunda”. No entendimento de muitos e muitas, ela cumpriu o fim previsível para mulheres “desse tipo”. E aí o folhetim volta a ter coerência, com a narrativa carregando sua “moral da história”.

No entanto, a moral que devemos questionar é aquela dos que lamentam que o goleiro “tenha acabado com sua carreira”. Possivelmente, é a mesma dos inquisidores que queimavam “bruxas”. É a moral de quem acha natural que homens usem o corpo das mulheres como objeto em orgias, mas que taxam essas mesmas mulheres de vagabundas aproveitadoras – como se os homens não tivessem tirando proveito do corpo delas. A moral de quem se delicia com a indústria pornográfica, mas coloca as mulheres que participam dela no rol das vadias aproveitadoras.

É também a moral de quem chama de aproveitadora uma mulher que engravida em uma transa fortuita, mas não chama de aproveitador o homem que submete uma mulher a transar sem camisinha. A mesma moral de quem acha absurdo que uma mulher exija o direito de abortar, mas acha que, se essa mulher pedir pagamento de pensão, é uma aproveitadora.

Nesse contexto, Eliza Samudio não teria como ser vista de outra forma que não a de uma aproveitadora. Diante disso, eu pergunto – e quem dispôs (e desfez) do corpo dela é o que?

Em “A Dominação Masculina”, Pierre Bourdieu observa que a dominação de gênero é uma ação corporificada, ou seja, o corpo é o lugar em que as disputas de poder se inscrevem. Trago o corpo para essa reflexão por duas razões. A primeira é para afirmar que o corpo feminino sempre foi o espaço no qual os homens exerceram poder sobre as mulheres. A segunda é pela história de Eliza ser uma sucessão de referências ao exercício do poder masculino sobre o corpo das mulheres.

Ficamos sabendo que a mãe de Eliza a abandonou com apenas três anos de idades para fugir das agressões do marido. Depois descobrimos que o pai de Eliza foi condenado por estuprar uma criança de 10 anos de idade (segundo as notícias, filha dele com uma ex-cunhada). Só aí temos dois exemplos fortes de submissão do corpo feminino que devem ter marcado a vida de Eliza.

Além disso, ficamos sabendo que ela participava de orgias organizadas para jogadores de futebol e que trabalhou em filmes pornôs. Aí a gente pega esse elemento e junta ao fato de ela ter se envolvido com um indivíduo que, meses atrás, ao comentar o caso do jogador Adriano, acusado de agredir sua namorada, declarou “Qual de vocês aí, que são casados, nunca brigou com a mulher, nunca discutiu ou nunca até saiu na mão com a mulher? É normal isso aí” mostrando o quanto achava natural agredir uma mulher que se comportasse fora dos seus desejos.

Eliza ousou desafiá-lo e Bruno se viu no direito de “sair na mão com ela”. Fez ameaças, tentou dominar mais uma vez seu corpo ao obrigá-la a realizar um aborto. Não conseguindo, optou por dar fim à vida de Eliza, mostrando, mais uma vez, o quanto o corpo pode ser espaço de exercício do poder.

Dessa forma, situo o caso de Eliza na lista de feminicídios, ou seja, um crime que é subproduto de uma sociedade patriarcal, na qual valores e atitudes conferem aos homens posição de poder e controle do corpo e dos desejos femininos. Nessa posição, muitos homens acreditam possuir o direito de punir as mulheres que se oponham ao controle dos seus corpos.

Por isso, ao invés de assistirmos passivamente a essa trágica história, devemos pensar sobre a nossa parcela de responsabilidade na violência contra as mulheres. Ela é fruto de uma sociedade patriarcal que naturaliza a submissão do corpo feminino e que reproduz cotidianamente discursos e práticas machistas que perpetuam essa situação. Assim, foram violentos os assassinos de Eliza, mas também foi violento o Estado que lhe negou proteção, a mídia que transformou sua morte em espetáculo e todos e todas que passivamente assistem ao desenrolar da história se achando no direito de condená-la por ser mulher.


Fonte: http://mayroses.wordpress.com/2010/07/11/o-caso-eliza-e-a-violencia-de-um-sociedade-patriarcal/

terça-feira, 13 de julho de 2010

Eliza e o Zeppelin

Autor desconhecido.

Não conheci Eliza. Não sei o que ela fazia para viver, ou mesmo sobreviver, nem posso afirmar que ela era boa pra apanhar, era boa pra cuspir. Os nomes e os zeppelins vão e vêm sem cessar, renovando sempre a história enodoada de dramas e damas.

Não quero discutir a monstruosidade dos relatos dos últimos dias, com detalhes ignóbeis e performáticos de vilões e bufões, que fizeram com que a cidade apavorada se quedasse paralisada. Quero me ater às mulheres que amamos, Marias Madalenas de todos os dias.

Puta não é uma palavra querida, ainda que esteja em nossa boca em momentos regulares de nossas vidas, para alguns em momentos muito regulares. Talvez o pouco afeto de que goza o determinante seja reflexo do pouco sentimento dispensado ao determinado, ainda que este esteja prenhe de amar. Poderia dizer que está prenhe de “amor”, mas isso acarretaria uma discussão mais profunda, que não é o objetivo deste texto.

Talvez pareça paradoxal que algo que esteja prenhe de amar não contenha amor, uma vez que amar e amor têm o mesmo radical (linguístico e pragmático). Talvez pareça paradoxal que uma mulher com a qual tenhamos contato tão íntimo seja objeto de tanto desprezo e asco (este objeto não é casual), que seja tão estimada antes e tão desconsiderada depois. Talvez pareça paradoxal menosprezar uma mercadoria pela qual se paga, que ansiosamente é aguardada e que, fato consumado, desvalorizada de maneira vil. Talvez pareça paradoxal erigir o dirigível com tanto aprumo e vigor para vê-lo, mais tarde, tombar mortalmente como o Hindenburg. O paradoxo da parecência é uma característica do ser humano.

Quando incendiaram o índio Galdino, o argumento dos adolescentes foi que eles acharam que se tratava de um mendigo. Quando espancaram uma doméstica em um ponto de ônibus na cidade do Rio de Janeiro, o argumento dos adolescentes foi que eles acharam que se tratava de uma garota de programa. Nesse jogo de premissas, a conclusão é óbvia.

Toda essa repercussão sobre a profissão de “modelo” de Eliza, se era garota de programa, atriz de filmes eróticos ou qualquer eufemismo que o valha, abafa a humanidade do caso, reminiscência inequívoca de um imaginário popular que desqualifica totalmente as prostitutas. Observe que, dos três palavrões mais comuns de nossa língua, dois deles carregam “puta” em sua estrutura; há um ditado antigo que afirma “Conversa de puta Deus não escuta.” (não nos esqueçamos da importância da religião em nossa cultura e sociedade); quando uma mulher precisa ser desqualificada, o primeiro adjetivo a ser lembrado, em geral, é puta, zoologicamente metamorfoseado em piranha se dito por uma mulher.

Em contrapartida, há um chavão do imaginário popular que afirma que uma mulher para ser uma boa esposa precisar ser “na rua uma dama e uma puta na cama”. Novamente, o paradoxo da parecência.

Não faço apologia aos extremos – nem à prostituição nem à hagiologia das meretrizes; não afirmo que os preceitos abordados neste texto sejam definitivos ou compartilhados integralmente por homens e mulheres. A reflexão é sobre a humanidade, sobre homens e mulheres, sobre aquilo que nos permite afirmar que constituímos uma civilização. De que adianta o zeppelin partir se seguimos cuspindo e arremessando bosta na maldita?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Satellite

"Winter's cold spring erases
And the calm away by the storm is chasing
Everything good needs replacing...
Look up, look down, all around...."

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A formiga boladona.


Era uma vez, uma formiguinha e uma cigarra muito amigas. Durante todo o outono, a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida para o período de inverno. Não aproveitou nada do sol, da brisa suave do fim da tarde e nem o bate-papo com os amigos ao final do trabalho tomando uma cervejinha gelada. Seu nome era 'Trabalho', e seu sobrenome era 'Sempre'.

Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e nos bares da cidade; não desperdiçou nem um minuto sequer. Cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu prá valer sem se preocupar com o inverno que estava por vir.

Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era o inverno que estava começando. A formiguinha, exausta de tanto trabalhar, entrou para a sua singela e aconchegante toca, repleta de comida. Mas alguém chamava por seu nome, do lado de fora da toca....

Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu. Sua amiga cigarra estava dentro de uma Ferrari amarela com um aconchegante casaco de vison. E a cigarra disse para a formiguinha:

- Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris.
- Será que você poderia cuidar da minha toca?
- E a formiguinha respondeu:
- Claro, sem problemas!
- Mas o que lhe aconteceu?
- Como você conseguiu dinheiro para ir à Paris e comprar esta Ferrari?

E a cigarra respondeu:
- Imagine você que eu estava cantando em um bar na semana passada e um produtor gostou da minha voz. Fechei um contrato de seis meses para fazer show em Paris... À propósito, a amiga deseja alguma coisa de lá?
- Desejo sim - respondeu a formiguinha. Se você encontrar o La Fontaine (Autor da Fábula Original) por lá, manda ele ir para a 'Puta Que O Pariu!!!

Morais da história:

1. Quem trabalha muito não tem tempo pra ganhar dinheiro.
2. Para quem não trabalha, a alternativa é cantar.
3. Divirta-se!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

It's not that it's my fault, it's just my style

"You can occupy my every sigh,
You can rent a space inside my mind
At least untill the price becomes too high ..."

Maria Bunita


"Fui tomar um café lá na casa do Zé
Você sabe como é, só tem filha mulher
E até uma Maria que era João.
Também tinha mais duas quietinhas,
uma assanhadinha, duas na cozinha
e a menina-moça que chamou minha atenção...
Eu parei, quase não pude resistir... eu parei...
Ô menina bonita, se seu pai não deixar eu te levo mesmo assim!"

Contradições.

"Não me dê o que lhe peço; o que eu quero é outra coisa".

terça-feira, 6 de julho de 2010

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Elegância.

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas. É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está. Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras". Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.

Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura.

TOULOUSE LAUTREC
por Arnaldo Amado Ferreira Filho

Desastres ecológicos

FONTE: Terra (www.terra.com.br)

Imagens feitas por satélites nos últimos 40 anos ajudam especialistas a entender as dramáticas mudanças no ambiente causadas pela ação do ser humano. Os registros mostram a seca de muitos corpos de águas ao redor do planeta, enquanto aumenta a demanda da humanidade pelos recursos hídricos. As informações são do Daily Mail.

Imagens registradas entre 1973 e 2009, por exemplo, registram o desaparecimento quase total do mar de Aral - que na verdade era um gigantesco lago de água salgada -, na Ásia Central, que tinha o tamanho da Irlanda e virou um grupo de lagos. Em abril, o secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, disse que o Aral passava por "um dos maiores desastres ambientais do planeta".

O Aral, que fica entre o Uzbequistão e o Cazaquistão, já foi o quarto maior lago do planeta. Contudo, desde os anos 60, ele perdeu mais da metade de seu volume. Os rios que alimenta o mar foram sobrecarregados por irrigações nas plantações de campos de algodão, ainda na época da União Soviética.

Além da falta de água, Aral sofre com poluição, que chegou a níveis perigosos. A destruição do lago também dizimou a indústria pesqueira local, causando desemprego e problemas econômicos para os moradores da região.


O berço da civilização vira um deserto


No Iraque, a histórica região entre os rios Tigre e Eufrates também sofre com a exploração do homem. Na metade do século XX os pântanos da Mesopotâmia começaram a ser drenados para a agricultura e para atingir a região onde viviam contrários ao partido que dominava o país. Imagens registradas da região em 1990 e 2000 mostram em um pequeno espaço de tempo drásticas mudanças na região (confira mais detalhes na aba "fotos" acima.

"Ultimamente, os desastres vistos no mar de Aral e nos pântanos são uma combinação dos efeitos do homem e do aumento da temperatura nessas regiões. (...) Não há uma grande mudança no volume de chuva nessas áreas, mas desde os anos 70 a temperatura subiu 1°C, o que aumenta as perdas devido à evaporação. (...) A poluição na área está ficando pior porque, enquanto a água evapora, poluentes na água ficam mais concentrados e menos diluídos", diz Benjamin Lloyd-Hughes, do Instituto Walker - instituição que pesquisa o sistema climático - e da Universidade de Reading, no Reino Unido, à reportagem.