terça-feira, 29 de dezembro de 2009

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Em tempos de reflexão....

É preciso amar as pessoas e cuidar delas. Cultivar as relações, ser transparente sem perder a sensibilidade, ser franco sem perder a doçura, ser espontâneo sem perder o cuidado, ser autêntico sem perder a humildade.
Que em tempos de reflexão a gente amadureça. Que os nossos esforços sejam no sentido de nos tornamos pessoas melhores, equilibradas, com senso de comunidade, em contraposição ao individualismo exacerbado que nos é induzido a cada dia. Que o outro também faça parte de nossas decisões, e que cada conquista individual seja sempre regrada pelo universo coletivo.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Ela é a minha cara



Causa reboliço aonde passa,
Desce mais redondo que a cachaça...
Ela é a fulana de tal,
O seu palácio vai do Leme ao Pontal,
É a minha mais entre as dez mais.
Ela é gente bem,
Por isso mesmo não dá mole a ninguém,
Mas um dia eu faço ela sambar.

Ela é o colírio da moçada
Quando chega pára a batucada.
Ela é o jazzy,
E há quem diga que parece um rapaz,
Mas quem fala é louco pra encarar.

Ela é minha cara
E nem me olha quando a gente se esbarra,
Mas um dia eu faço ela sambar.
Tira onda de granfina, mas pra mim é só a mina
Que enfeitiçou meu coração.
Vai que um dia pinta um clima
E ela vem parar na minha
E eu vou comer na sua mão...

Olha o trem....


Quem vai ficar? Quem vai partir?

Bom mesmo...


... é estar aberta às mudanças e às boas surpresas que a vida nos traz!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009



"Quando for consumido o fruto da última árvore e envenenado o último rio, o homem descobrirá que dinheiro não se come."

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Beija eu

Seja eu!
Seja eu!
Deixa que eu seja eu
E aceita
O que seja seu
Então deita e aceita eu...

Molha eu!
Seca eu!
Deixa que eu seja o céu
E receba
O que seja seu
Anoiteça e amanheça eu...

Beija eu!
Beija eu!
Beija eu, me beija
Deixa
O que seja ser...

Então beba e receba
Meu corpo no seu
Corpo eu, no meu corpo
Deixa!
Eu me deixo
Anoiteça e amanheça...

Existe?


Existe dúvida no querer?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Conclusões

Os últimos dias foram de reflexão e introspecção. E, depois de algumas noites em claro e um ataque de gastrite, a conclusão foi: "entre razões e emoções, a saída é fazer valer a pena".

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Beijo

"Beijo deveria ser como bolinha de sabão. Num sopro, a gente poderia mandar alguns pelos ares, que explodiriam na pele de quem neles tocassem. E de repente, sem saber de onde veio, seríamos presenteados com um beijinho perdido pelas ruas da cidade...

Beijo deveria acender luzes pelo corpo da gente. E quando a energia elétrica entrasse em pane, bastaria que demonstrássemos nosso amor pelas pessoas queridas e qualquer escuridão terminaria...

Mas beijo não é assim. É particular e a gente escolhe em quem quer dar. Porque beijo é um presente que precisa de vontade para ser oferecido. E talvez seja melhor que assim seja: não tão anônimo, não tão sem motivo, nunca forçado, ainda que possa ser pedido. Porque um beijo pode valer mais que a lucidez de uma vida inteira".

sábado, 5 de dezembro de 2009

Cansou....

"Quando cansei de esperar você
Vi minha estrela maior renascer
Vi minha vida mais colorida
Cheia de encanto e de mais prazer.

Vi quando o mar se abriu
Deixando passar todo o meu sentimento
Até na chuva e no vento
Vi a luz da poesia.

Minha alegria voltou
Brilhando no alvorecer
Quando deixei de amar
E esperar por você"

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Desabrochando.....


Pra crescer, a semente tem que ser lançada em terreno fértil. Se vingar, é porque o solo era propício. Então é hora de cuidar da planta para que ela cresça. Regar, podar... é um cuiddo diário! E no final, desabrocha a flor, num gesto tão simples e tão carregado de beleza e significado!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Tem limites


"Amor não resiste a tudo, não. Amor é jardim. Amor enche de erva daninha. Amizade também, todas as formas de amor."

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Morte anormal.

Caio Fernando Abreu

"Andei pensando coisas. O que é raro, dirão os irônicos. Ou "o que foi?" - perguntariam os complacentes. Para estes últimos, quem sabe, escrevo. E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro(a)- mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo(a), há então uma morte anormal."

A arte de ser feliz

Cecília Meirelles


"Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz. Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refelectidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes um galo canta. Às vezes um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela,uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim."

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

domingo, 29 de novembro de 2009

Transbordando.


As lágrimas servem pra desafogar o coração.
O coração transborda, a gente chora. E alivia.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Again.


Sometimes I feel so happy,
Sometimes I feel so sad.
Sometimes I feel so happy,
But mostly you just make me mad.
Baby, you just make me mad.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Derretendo....


Esse fogo que vem de dentro quebra o gelo do coração.
O coração derrete... e pede: você.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Para.... Nóia!


Quando a gente menos espera é que surgem as contradições. Sou um ser contraditório, tenho dito. Em vários aspectos. Mas falemos do querer....

Clamo por liberdade de querer, e nem sempre a exerço! Aliás, parece que quanto mais quero, mais confusa fico. Eu quero o que eu quero, ou eu quero querer o que eu não quero, ou eu não quero querer o que eu quero?

E tenho que confessar: ao longo da minha história, momentos chaves foram decididos com base nessa mesma pergunta. A pergunta está feita; ela motiva e conduz a muitos caminhos. Mas a resposta? Não sei!

Aliás, essa coisa de história é um saco. Acontece uma coisa uma vez, aí depois acontece algo similar e a gente fica com receio de estar acontecendo de novo, e aí a gente muda a conduta por causa disso, e acaba errando de novo por não querer errar ou pelo medo de errar!

A verdade é que... a razão não pára de gritar. Gritar pra que? O silêncio fala ao coração.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

sábado, 7 de novembro de 2009

Melhor?

"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido".

(Caio Fernando Abreu)

Um pouco mais de paciência....


...é que mudanças são difíceis! Você não entende? A gente se acostuma com as coisas como elas são. A gente se acostuma com o bom e até com o ruim. E aí, quando as coisas mudam ,é natural que a gente perca o controle da situação, deixe as rédeas soltas ou as aperte demais. Falta equilíbrio. Falta sabedoria. Falta paciência....

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

É preciso saber viver.

"... essa aceitação ingênua de quem não sabe que viver é, constantemente, construir, e não derrubar. De quem não sabe que esse prolongado construir implica erros - e saber viver implica em não ver esses erros, em suavizá-los e distorcê-los ou mesmo eliminá-los para que o restante da construção não seja ameaçado."

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O retorno da rebeldia


"É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias".

Caminhos

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"(…) Você não vai encontrar caminho nenhum fora de você. E você sabe disso. O caminho é in, não off. Você não vai encontrá-lo em Deus nem na maconha, nem mudando para Nova York, nem".

_

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Emoções.


"Seria tão bom se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente nós, a gente, as pessoas, têm, temos - emoções."

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Reflexões

"Uma relação nem sempre termina porque não é feliz.
Às vezes termina para preservar a felicidade da memória."

(Fabrício Carpinejar)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Burn


"E recomeçar é doloroso. Faz-se necessário investigar novas verdades, adequar novos valores e conceitos. Não cabe reconstruir duas vezes a mesma vida numa só existência. É por isso que me esquivo e deslizo por entre as chamas do pequeno fogo, porque elas queimam - e queimar também destrói."

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Espinhos

"Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso".

Jubuda



"Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que se lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante".

Martha Medeiros

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sobre jardins e borboletas



A gente acredita na ilusão. De que está tudo bem, de que vai passar. E vai mesmo. Vai passar a dor, depois de secar por dentro, de tanta lágrima posta pra fora, de tanto sentimento esmagado ou mal cuidado, que nem aquelas flores no jardim, castigadas pelo sol e sem nem um pingo de água pra dar a esperança de mais um tempinho de vida, de mais um suspiro, uma corzinha só; tão seca que chega a doer, e faz aquele barulho peculiar de coisa morta, de planta morta. Aí passa a dor, porque não tem mais o que doer, tá tudo seco, sem vida; e a gente sente um vazio, sente falta até da dor, e sente também uma tristeza morna, sem brilho, e um desgosto por ter acreditado na ilusão ou por não ter acreditado em outra ilusão, e sente saudades do que foi e do que não foi e do que poderia ter sido. É assim que a gente faz, a gente não, EU faço assim, me proclamo racional, de besta que sou, e como se não bastasse acho que sei bem o que quer o coração, que é tudo fase e que não se demora. A gente (a gente?) só não percebe que às vezes a cabeça engana, porque a cabeça não age sozinha, e tem um monte de coisas dando palpite, e a mais forte delas é o medo, que se impõe, com aquele pose de corretíssimo, de "eu te disse!". Que medo? Você sabe: medo de tentar, de sofrer, de ter sido em vão, de repetir o erro, de fazer mais do mesmo, de ser burra. Aí a gente corre pro outro lado, tropeça na vaidade e no individualismo, e naquele argumento vazio de que 'sou livre e faço o que quero', e na bandeira da independência e da auto-suficiência. Quanta bobagem!

Saudade


"Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia; me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez".

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Voltas


Volta e meia
Vai e volta
meia volta, volta inteira
Vem, vai
Vai-não-vai
E a gente assim, sem sair do lugar.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O segredo do sucesso


Tenho pensando que o planejamento da vida profisisonal é inversamente proporcional ao planejamento da vida pessoal. Planejo a minha empresa, planejo minha carreira, planejo minhas ações e investimentos. E a minha vida pessoal? Sem comentários. Esse coração aqui esconde segredos a sete chaves, e não somente uma. E estou longe de chegar a desvendar seus mistérios. Estou mais próxima de entender o mercado financeiro ou fonográfico.

É, não há planejamento que sustente as regalias do coração. E, pensando bem, seria sem graça se a gente pudesse prever os sentimentos e organizá-los. A razão equilibra a orquestra regida pelo coração, mas essa área é dele, e ele não larga as rédeas, e talvez nem deva largar. Afinal, o coração não é tão burro assim, ele sabe o que faz. E a razão está sempre lá, de conselheira.


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Bagunça.


"Tem um congestionamento aqui dentro de mim. São muitas pessoas querendo falar, se exibir, se expressar. Achei que estava entrando em um período de calmaria, a maturidade afinal, e de repente esse furacão. As incompatibilidades de conceitos, o sobe-e-desce emocional, é um mulherio afoito que parece não caber no meu corpo pequeno. (...) Há um tumulto na sala querendo enfiar-se pelos quartos, banheiros, varanda; debruçado no parapeito, ele se esparrama por todos os meus cantos. (...) Por que nessas horas a gente diz coisas que nunca pensou? Depois fica aquele vaso quebrado no meio do peito, a gente tentando remendar o que se partiu no vício de não se conter. Coisa repetitiva..."

(Trecho tirado do livro UMA VIDA INVENTADA, de Maitê Proença).

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sina nossa

"Esgotei meu estoque de surtos, nesse ponto. Fico com o bom. Carrego nossa cumplicidade, nossa afinidade descontrolada, nossos sorrisos por nada, nossas palavras ditas ao mesmo tempo, nossas lágrimas descuidadas lendo a poesia um do outro, nossos planos. Levo todo o futuro planejado entre brincadeiras bobas. O pedaço do meu coração a bater fora do meu peito, que eu sonhei ser pedaço teu, comigo. Levo as cenas que pintamos, as brincadeiras que fizemos, as coisas sérias. As pancadas que nos demos, do lado de dentro. Levo a sinceridade, a noção de saber que estivemos juntos nisso com a mesma intensidade, e minha delicadeza ao saber fundir tuas oscilações em meio às minhas certezas, de maneira tal, que eu achava que podia ser segura por nós dois. Não pude. Mas levo. Levo aquelas trilhas sonoras todas, levo tua previsibilidade, nosso primeiro diálogo, a maneira como aparecemos, nossas letras de mesma cor. Você agora cinza, eu vermelha. E todas as conversas infindáveis, que iam num ritmo louco e que sempre, sempre fica muito a ser dito. Levo tudo o que dividimos. E nosso egoísmo, também. Levo você..."(...)

Tirado do blog liricass.blogspot.com. Leia na íntegra clicando aqui.

sábado, 26 de setembro de 2009

Sai dessa


Sonhei que existia uma avenida
Sem entrada e sem saída pra gente comemorar
Toda hora, todo dia, toda vida
Na tristeza e na alegria, sem platéia e sem patrão

Hoje eu sonhei que cerveja sai da bica
No banheiro não tem fila nem existe contramão
Que o trabalho é ali na nossa esquina
E depois do meio dia, nem polícia e nem ladrão

Sonhei, como faço todo dia
Como você não sabia, meu senhor não levo a mal
A beleza, o amor, a fantasia
O que tece e o que desfia não se aprende no jornal

Hoje eu sonhei, mas não vou pedir desculpas
E nem vou levar a culpa de ser povo e ser artista
Sai dessa, moço, por favor não crie clima
Seu buraco é mais embaixo
Nosso astral é mais em cima.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Não sei.



Se desmorono ou se edifico,

se permaneço ou me desfaço,

— não sei, não sei.

Não sei se fico

ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.


(...)

(Cecília Meireles – Motivo)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Oh, my God!


Tanta coisa acontecendo... e eu mal tenho tempo de escrever. Enquanto isso, sentimentos vão se acumulando dentro do peito. Vontade de colocar pra fora, sabe como é? Expulsar (os medos), compartilhar (as alegrias), dividir (a felicidade), multiplicar (o desejo).

Eita!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Girassol


Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel.

O girassol é o carrossel das abelhas.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A dialética das mudanças

"Sim, é preciso reinventar a mobilidade, e não apenas pensar em carros mais bonitos e sofisticados. Afinal, a questão do transporte transpõe o indivíduo: trânsito e poluição são questões sociais que devem ser discutidas e solucionadas pela sociedade (incluindo pessoas, governos e empresas).

Bom, isso me fez refletir sobre inovação. Inovar é mesmo criar um carro ainda mais bonito e cheio de recursos?"

Leia o artigo completo no blog Um tanto de ideias (escrito por... thais wadhy!): http://umtantodeideias.blogspot.com/2009/09/dialetica-das-mudancas.html

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

03hs



"A canção tocou na hora errada
E eu que pensei que eu sabia tudo
Mas se é você eu não sei nada
Quando ouvi a canção,
era madrugada..."

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Caminhada


''Ando sentindo saudades de você. O detalhe é que quando paro, também sinto! Nada que um beijo e um abraço não resolvam, mas isso só até a próxima caminhada ou até o próximo banco de uma praça florida e perfumada de poesia".

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Setembro

Seja bem vindo, setembro!

Daqui a pouco já é primavera. E as flores começam a aparecer, belas, coloridas, deixando um leve perfume adocicado no ar. A atmosfera fica mais leve e alegre e até as pessoas parecem mais contentes. Não que a paisagem pesada e cinza do inverno não seja bonita. É linda: o sol brilha de uma forma única, mesmo em dias frios, e as plantas parecem adormecer para ganharem força na estação que está por vir. Mas... primavera é diferente! É resnascimento, é o "ressurgir". É o tempo da natureza mostrar a sua força e a sua capacidade de transformação. A primavera é tempo de significados mágicos!

E, sabe de uma coisa? Já é primavera em mim.

Mineirês.

Sotaque mineiro: é ilegal, imoral ou engorda?

Felipe Peixoto Braga Netto

(Felipe afirma que não é jornalista, não é publicitário, nunca publicou crônicas ou contos, não é, enfim, literariamente falando, muita coisa, segundo suas palavras. Mora em Belo Horizonte e ama Minas Gerais. Ele diz que nunca publicou nada, mas a crônica que apresentamos foi extraída do livro "As coisas simpáticas da vida", Landy Editora, São Paulo (SP) - 2005, pág. 82.)


''Minas não é palavra montanhosa. É palavra abissal. Minas é dentro E fundo"

Carlos Drummond de Andrade


Gente, simplificar é um pecado. Se a vida não fosse tão corrida, se não tivesse tanta conta para pagar, tantos processos — oh sina — para analisar, eu fundaria um partido cuja luta seria descobrir as falas de cada região do Brasil.

Cadê os lingüistas deste país? Sinto falta de um tratado geral das sotaques brasileiros. Não há nada que me fascine mais. Como é que as montanhas, matas ou mares influem tanto, e determinam a cadência e a sonoridade das palavras?

É um absurdo. Existem livros sobre tudo; não tem (ou não conheço) um sobre o falar ingênuo deste povo doce. Escritores, ô de casa, cadê vocês? Escrevam sobre isto, se já escreveram me mandem, que espero ansioso.

Um simples" mas" é uma coisa no Rio Grande do Sul. É tudo menos um "mas" nordestino, por exemplo. O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar. Porque, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar, sensual e lindo (das mineiras)
ficou de fora?

Porque, Deus, que sotaque! Mineira devia nascer com tarja preta avisando: ouvi-la faz mal à saúde. Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: só isso? Assino achando que ela me faz um favor.

Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma. Certa vez quase propus casamento a uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque.

Mas, se o sotaque desarma, as expressões são um capítulo à parte. Não vou exagerar, dizendo que a gente não se entende... Mas que é algo delicioso descobrir, aos poucos, as expressões daqui, ah isso é...

Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas. Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho (não dizem: pode parar, dizem: "pó parar". Não dizem: onde eu estou?, dizem: "ôncôtô?"). Parece que as palavras, para os mineiros, são como aqueles chatos que pedem carona. Quando você percebe a roubada, prefere deixá-los no caminho.

Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem — lingüisticamente falando — apenas de uais, trens e sôs. Digo-lhes que não.

Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade. Fala que ele é bom de serviço. Pouco importa que seja um juiz, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô. Se der no couro — metaforicamente falando, claro — ele é bom de serviço. Faz sentido...

Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: "cê tá boa?" Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa, é como perguntar a um peixe se ele sabe nadar. Desnecessário.

Há outras. Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada. Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: — Mexe com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc).

O verbo "mexer", para os mineiros, tem os mais amplos significados. Quer dizer, por exemplo, trabalhar. Se lhe perguntarem com o que você mexe, não fique ofendido. Querem saber o seu ofício.

Os mineiros também não gostam do verbo conseguir. Aqui ninguém consegue nada. Você não dá conta. Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz:

— Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não, sô.

Esse "aqui" é outro que só tem aqui. É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase. É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: é uma forma de dizer, olá, me escutem, por favor. É a última instância antes de jogar
um pão de queijo na cabeça do interlocutor.

Mineiras não dizem "apaixonado por". Dizem, sabe-se lá por que, "apaixonado com". Soa engraçado aos ouvidos forasteiros. Ouve-se a toda hora: "Ah, eu apaixonei com ele...". Ou: "sou doida com ele" (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro). Elas vivem apaixonadas com
alguma coisa.

Que os mineiros não acabam as palavras, todo mundo sabe. É um tal de bonitim, fechadim, e por aí vai. Já me acostumei a ouvir: "E aí, vão?". Traduzo: "E aí, vamos?". Não caia na besteira de esperar um "vamos" completo de uma mineira. Não ouvirá nunca.

Na verdade, o mineiro é o baiano lingüístico. A preguiça chegou aqui e armou rede. O mineiro não pronuncia uma palavra completa nem com uma arma apontada para a cabeça.

Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com todo respeito, a mineira. Nada pessoal. Aqui certas regras não entram. São barradas pelas montanhas. Por exemplo: em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar, vai dizer:

— Eu preciso de ir.

Onde os mineiros arrumaram esse "de", aí no meio, é uma boa pergunta. Só não me perguntem. Mas que ele existe, existe. Asseguro que sim, com escritura lavrada em cartório. Deixa eu repetir, porque é importante. Aqui em Minas ninguém precisa ir a lugar nenhum. Entendam... Você não precisa ir, você "precisa de ir". Você não precisa viajar, você "precisa de viajar". Se você chamar sua filha para acompanhá-la ao supermercado, ela reclamará:

— Ah, mãe, eu preciso de ir?

No supermercado, o mineiro não faz muitas compras, ele compra um tanto de coisa. O supermercado não estará lotado, ele terá um tanto de gente. Se a fila do caixa não anda, é porque está agarrando lá na frente. Entendeu? Deus, tenho que explicar tudo. Não vou ficar procurando
sinônimo, que diabo. E não digo mais nada, leitor, você está agarrando meu texto. Agarrar é agarrar, ora!

Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena, suspirará:

— Ai, gente, que dó.

É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras. Eu aviso que vá se apaixonar na China, que lá está sobrando gente. E não vem caçar confusão pro meu lado.

Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro "caça confusão". Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele "vive caçando confusão".

Para uma mineira falar do meu desempenho sexual, ou dizer que algo é muitíssimo bom (acho que dá na mesma), ela, se for jovem, vai gritar: "Ô, é sem noção". Entendeu, leitora? É sem noção! Você não tem, leitora, idéia do tanto de bom que é. Só não esqueça, por favor, o "Ô" no começo, porque sem ele não dá para dar noção do tanto que algo é sem noção, entendeu?

Ouço a leitora chiar:

— Capaz...

Vocês já ouviram esse "capaz"? É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer "tá fácil que eu faça isso", com algumas toneladas de ironia. Gente, ando um péssimo tradutor. Se você propõe a sua namorada um sexo a três (com as amigas dela), provavelmente ouvirá um "capaz..." como resposta. Se, em vingança contra a recusa, você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: "ô dó dôcê". Entendeu agora?

Não? Deixa para lá. É parecido com o "nem...". Já ouviu o "nem..."?
Completo ele fica:

- Ah, nem...

O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou não fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum. Você diz: "Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?". Resposta: "nem..." Ainda não entendeu? Uai, nem é nem. Leitor, você é meio burrinho ou é impressão?

A propósito, um mineiro não pergunta: "você não vai?". A pergunta, mineiramente falando, seria: "cê não anima de ir"? Tão simples. O resto do Brasil complica tudo. É, ué, cês dão umas volta pra falar os trem...

Certa vez pedi um exemplo e a interlocutora pensou alto:

— Você quer que eu "dou" um exemplo...

Eu sei, eu sei, a gramática não tolera esses abusos mineiros de conjugação. Mas que são uma gracinha, ah isso lá são.

Ei, leitor, pára de babar. Que coisa feia. Olha o papel todo molhado. Chega, não conto mais nada. Está bem, está bem, mas se comporte.

Falando em "ei...". As mineiras falam assim, usando, curiosamente, o "ei" no lugar do "oi". Você liga, e elas atendem lindamente: "eiiii!!!", com muitos pontos de exclamação, a depender da saudade...

Tem tantos outros... O plural, então, é um problema. Um lindo problema, mas um problema. Sou, não nego, suspeito. Minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras. Aliás, deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão. Se você, em conversa, falar:

— Ah, fui lá comprar umas coisas...

— Que' s coisa? — ela retrucará.

Acreditam? O plural dá um pulo. Sai das coisas e vai para o que.

Ouvi de uma menina culta um "pelas metade", no lugar de "pela metade". E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará:

— Ele pôs a culpa "ni mim".

A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios, em Minas... Ontem, uma senhora docemente me consolou: "preocupa não, bobo!". E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras, nem se espantam. Talvez se espantassem se ouvissem um: "não se preocupe", ou algo assim. A fórmula mineira é sintética. E diz tudo.

Até o tchau. em Minas. é personalizado. Ninguém diz tchau pura e simplesmente. Aqui se diz: "tchau pro cê", "tchau pro cês". É útil deixar claro o destinatário do tchau. O tchau, minha filha, é prôcê, não é pra outra entendeu?

Deve haver, por certo, outras expressões... A minha memória (que não ajuda muito) trouxe essas por enquanto. Estou, claro, aberto a sugestões. Como é uma pesquisa empírica, umas voluntárias ajudariam... Exigência: ser mineira. Conversando com lingüistas, fui informado: é prudente que tenham cabelos pretos, espessos e lisos, aquela pele bem branquinha... Tudo, naturalmente, em nome da ciência. Bem, eu me explico: é que, características à parte, as conformações físicas influem no timbre e som da voz, e eu não posso, em honrados assuntos mineiros, correr o risco de ser inexato, entendem?

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O tempo

"O tempo não cura tudo.

Aliás, o tempo não cura nada.

O tempo apenas tira o incurável do centro das atenções".


Bom dia

A rotina manda, o despertador toca.
Mas o que me desperta mesmo é o seu delicado perfume
que parece preencher o quarto pela manhã,
tão convidativo;
é a sua pele a roçar na minha,
manhosa e suave;
é o seu sorriso maroto quando diz,
de olhos fechados,
BOM DIA!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Plenitude


O segredo é:
manter-se leve, serena (deixar de lado o que pesa!)
É sentir-se capaz de voar, de alcançar as nuvens (pisar no chão sem criar raízes!)
Amar a vida, viver o amor (pensar, agir, sentir com intensidade e reciprocidade!)
Permitir-se (dizer sim!).

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A pessoa errada

Luiz Fernando Veríssimo



"Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa, que se você for parar pra pensar, é na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho: chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas.Mas nem sempre precisamos das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor. A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é para na hora que vocês se encontrarem a entrega seja muito mais verdadeira.A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lagrimas, essa pessoa vai tirar seu sono, mas vai te dar em troca uma inesquecível noite de amor. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar toda a vida esperando você.A pessoa errada tem que aparecer para todo mundo, porque a vida não é certa, nada aqui é certo. O certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo amando, sorrindo, chorando, pensando, agindo, querendo e conseguindo. Só assim, é possível chegar aquele momento do dia em que a gente diz: "Graças a Deus, deu tudo certo!", quando na verdade, tudo o que Ele quer, é que a gente encontre a pessoa errada, Para que as coisas comecem a realmente funcionar direito prá gente."

  • "Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução".

Nietzsche

“Estar bem e feliz é uma questão de escolha e não de sorte ou mero acaso. É estar perto das pessoas que amamos, que nos fazem bem e que nos querem bem. É saber evitar tudo aquilo que nos incomoda ou faz mal, não hesitando em usar o bom senso, a maturidade obtida com experiências passadas ou mesmo nossa sensibilidade para isso. É distanciar-se de falsidade, inveja e mentiras. Evitar sentimentos corrosivos como o rancor, a raiva e as mágoas, que nos tiram noites de sono e em nada afetam as pessoas responsáveis por causá-los. É valorizar as palavras verdadeiras e os sentimentos sinceros que a nós são destinados. E saber ignorar, de forma mais fina e elegante possível, aqueles que dizem as coisas da boca para fora ou cujas palavras e caráter nunca valeram um milésimo do tempo que você perdeu ao escutá-las.”

Tirado do blog "Mulheres que amam demais"

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Paradoxo.



A beleza me hipnotiza. A delicadeza me comove. O amor me extasia. Mas não me motivam a escrever. A tristeza, a dor, a saudade, a solidão... estas sim me inspiram. Quando o peito já não aguenta mais tanta angústia, sinto uma vontade enorme de colocar pra fora as emoções. Algo parece explodir dentro de mim, e mil ideias brotam pelos poros.

Agora, quando tudo é flor em mim, reina o inverno em meus textos... tão murchos, tão cinzas, tão frios....

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Desejos, necessidades, vontades.


Por: thais wadhy


"Angustiada, percebe que está realimentando um ciclo movido pelos desejos, necessidades e vontades. Pensa no que quer, no que pode, no que precisa. Depois pensa que pensa demais, e resolve agir. Mas as ações não fazem sentido porque, sem planejamento, ela não sabe onde chegar. Então, novamente retoma os pensamentos que a deixam angustiada, e tem a sensação de estar presa em sua própria vida. Nesse momento, reflete sobre a liberdade. Como gosta de ser livre! Deseja ser livre, mas... a vida chega bruta para colocar regras e rédeas.

E nesse espaço de confusões, o ciclo formado por limites e quereres volta a ser alimentado."

Brigas nunca mais


Chegou, sorriu, venceu, depois chorou
Então fui eu quem consolou sua tristeza
Na certeza de que o amor tem dessas fases más
Que é bom para fazer as pazes.

Mas depois fui eu quem dele precisou
E ele então me socorreu
E o nosso amor mostrou que veio pra ficar
Mais uma vez, por toda a vida

Bom é mesmo amar em paz
Brigas nunca mais.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Oh, life!


O tempo passa e a gente começa a enxergar as "coisas" com mais clareza e a dar valor ao que realmente importa. Sim, é preciso reduzir o apego. Sejamos mais leves. Enxerguemos a vida além de nosso próprio umbigo (ou se nossa própria subjetividade).

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A cisterna contém, a fonte transborda


"As palavras estão impregnadas pelo cheiro que restou daquele hoje espraiado instante. As palavras tão estúpidas quanto qualquer outra tentativa de se apreender o que não cessa de escorrer".

Rafael Lovici

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A vida urge


Vamo que vamo.

urgir -
v. intr.
1. Ser necessário sem demora, não permitir delonga.
2. Instar.
v. tr.
3. P. us. Perseguir de perto, estreitar.
4. Comprimir, impelindo.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Leoa



"E, observando as possibilidades, ela 'se joga para a vida', sem medo da morte ou da perda. Sabe que precisa ser forte, audaz e sensível. Impulsiona sua própria coragem, acreditando em sua capacidade de transpor obstáculos e contornar as dificuldades, sem perder a ternura. Quer viver em toda sua plenitude e despreocupar-se com as implicações de suas escolhas, sem se tornar displicente. Quer libertar a leoa que existe dentro da mulher que ela já se tornara..."

thais wadhy

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Liberdade...?

Por: thais wadhy



"A mulher apresentava um ar de liberdade, caminhando com passos tranquilos e seguros, sempre em frente. Os sapatos eram negros, de salto alto, pareciam colocá-la mais perto das nuvens. Os longos cabelos voavam, formando um emaranhado com o qual ela não parecia se importar. O sol brilhava pra ela, quase numa atitude de contemplação . De vez em quando, fechava os olhos e sorria suavemente, como se o sopro do vento lhe fizesse carícias ocultas. Agilmente, parou em frente a uma sorveteria, da qual saiu em poucos minutos, segurando o delicioso picolé em formato fálico. Voltou a caminhar em sua marcha firme e delicada, como se pisasse em um palco. Olhou para o picolé sem culpa e levou-o até a boca; uma suave mordida quebrou a crosta de chocolate e as papilas encontraram o doce creme escondido; a língua começou a se deliciar, lambendo a macia espuma em movimentos leves, quase obscenos. Então, chupou a guloseima, sem ânsia, com a mesma delicadeza de sempre, fazendo expressões de gozo contido. Chegou a fechar os olhos novamente e, desta vez, parecia pensar que era mesmo livre e plena. Irradiava energia. Então, em um breve momento, parou, jogou fora os restos de seu instrumento de prazer, passos os dedos pelo cabelos e prendeu-os com um lápis, deixando cair alguns fios, respirou fundo e entrou em um dos prédios comerciais daquela louca cidade. Voltara para a sua rotina esmagadora. Talvez não fosse tão livre assim."

sábado, 15 de agosto de 2009

Alba

"No canil, tive a idéia de que estava armando um quebra-cabeça em que cada peça em um encaixe preciso. Antes de colocá-las todas, parecia-me incompreensível, mas estava certa de que, se conseguisse terminá-lo, daria um sentido a cada uma e o resultado seria harmonioso. Cada peça tem uma razão de ser (...). Em alguns momentos tenho a impressão de que já vivi into e que já escrevi estas mesmas palavras, mas compreendo que não sou eu, mas outra mulher, que as anotou em seus cadernos para que eu me servisse delas. Escrevo, ela escreveu, que a memória é frágil, o transcurso de uma vida é muito breve e tudo sucede tão depressa que não conseguimos ver a relação entre os acontecimentos, não podemos medir a conseqüência dos atos, acreditamos na ficção do tempo, no presente, no passado e no futuro, mas também pode ser que tudo aconteça simultaneamente, como diziam as três irmãs Mora, que eram capazes de ver no espaço os espíritos de outras épocas."

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A casa dos espíritos

"...E, então, viu-se o espetáculo inédito da gente do povo, homens com os sapatões da fábrica, mulheres com os filhos nos braços, estudantes em mangas de camisa, passeando tranqüilamente pela zona reservada e preciosa onde muito poucas vezes se tinham aventurado e onde eram estrangeiros. O clamor de seus cantos, os passos e o resplendor das tochas penetraram no interior das casas fechadas e silenciosas, onde tremiam os que tinham acabado por acreditar na sua própria campanha de terror e estavam convencidos de que a população ia despedaçá-los ou, na melhor das hipóteses, despojá-los dos bens e mandá-los para a Sibéria. Mas a multidão ululante não forçou nenhuma porta nem pisou os jardins impecáveis. Passou alegremente sem tocar nos veículos de luxo estacionados na rua, deu voltas pelas praças e parques que nunca tinha pisado, parou em frente das vitrinas comerciais, que brilhavam como no Natal e onde se ofereciam objetos que não se sabia sequer que uso tinham e seguiu o caminho aprazivelmente. Quando as colunas pararam em frente da sua casa, Alba saiu correndo e misturou-se com elas cantando a plenos pulmões. O povo entusiasmado desfilou toda a noite. Nas mansões, as garrafas de champanha ficaram fechadas, as lagostas amoleceram nas suas bandejas de prata e as tortas encheram-se de moscas..."

Nuvem boa


"i don't know what to say when i'm near you
meu coração nem tenta entender
what i see is the beauty of beauty
e o universo esperando pra ver
o amor te fazer compreender que eu sou seu
e só sei te querer
silly me, pretty you, lovely lua no céu
prateando de azul meu sonhar com você

eu diria um dia esquisito
if i don't see the light on your face
seu olhar é o lugar mais bonito
when you smile to me só uma vez
outra vez, what to say ? se eu só sei te dizer
what i say - i love you
bobo eu, sem você, pela rua, no breu
antes de conhecer esse sol que você me deu

voa, nuvem boa
fly me to the sweet moon
on a toy ballon, num vento à toa
nuvem boa
que me leva
no colo que você me dá"

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Sucesso profissional atrapalha a vida amorosa de mulheres

FONTE: http://claudia.abril.com.br/materias/3727/?pagina1&sh=26&cnl=11&sc=18

Enquanto a carreira brilha, o romance empalidece: esse gráfico perverso afeta as mulheres, mas não os homens em altos cargos. CLAUDIA foi atrás de números, análise de especialistas e histórias reais

Por: Isabela Leal



Dizem que o poder é solitário, mas não é bem assim. O homem poderoso atrai as mulheres. Para ele, o topo é afrodisíaco. Não se pode dizer o mesmo das poderosas. Em 2008, a pesquisa Executivas X (In) Felicidade, realizada pela psicóloga e doutora em administração de empresas Betania Tanure, professora associada da Fundação Dom Cabral, de Belo Horizonte – segunda maior instituição de educação executiva do país, de acordo com o ranking da revista VOCÊ S/A (Ed. Abril) –, analisou a superexecutiva às voltas com a carreira, o amor e a maternidade e comprovou o que tantas de nós já sabiam: é difícil equilibrar o tempo dedicado à profissão e aquele destinado ao parceiro e aos filhos. Aliás, é complicado até arrumar um parceiro.

Embora o estudo tenha abordado o mundo corporativo, ele reflete a realidade de mulheres das mais diversas áreas: para todas é um desafio unir realização profissional e pessoal.
“Pesquisamos um universo de 1034 profissionais que exercem cargos de presidente, vice-presidente, gerente e diretor executivo empregados nas 500 Maiores S.A. (ranking anual do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas, que elege as 500 maiores empresas do Brasil), sendo 25% mulheres e 75% homens. Nessa amostra, 80% dos homens são casados, ante apenas 20% das mulheres”, revela a professora Betania Tanure.

O motivo dessa disparidade é óbvio para a pesquisadora. “Num paí
s latino, o papel da mulher é cuidar da harmonia das relações sociais, das tarefas domésticas, da educação dos filhos e se desdobrar em dez. Mesmo ganhando mais do que o marido, ela não se isenta dessa missão”, afirma Betania. “Toda escolha implica renúncias e, hoje, a balança pende para o trabalho”, diz a psicóloga Rita Khater, professora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCamp).

“O problema é que essa opção pode trazer perdas irreparáveis”, enfatiza Luiz Cuschnir, psiquiatra e coordenador dos grupos de gênero do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. El
e lembra que uma casa não é feita apenas de quatro paredes e contas a pagar, mas também de aconchego – e isso depende da proximidade do casal e do nível de afinidade que ele tem no intervalo extratrabalho. O drama é que esse intervalo está cada vez menor, mas boa parte das mulheres quer conciliar e não escolher entre profissão e amor. “Todas as conquistas são importantes para elas. A carreira e o convívio com a família são realizações diferentes que se completam”, resume Cuschnir.

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Olha, tenho que dizer que eu já encontrei uma solução para isso! (risos!).