quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Bagunça.


"Tem um congestionamento aqui dentro de mim. São muitas pessoas querendo falar, se exibir, se expressar. Achei que estava entrando em um período de calmaria, a maturidade afinal, e de repente esse furacão. As incompatibilidades de conceitos, o sobe-e-desce emocional, é um mulherio afoito que parece não caber no meu corpo pequeno. (...) Há um tumulto na sala querendo enfiar-se pelos quartos, banheiros, varanda; debruçado no parapeito, ele se esparrama por todos os meus cantos. (...) Por que nessas horas a gente diz coisas que nunca pensou? Depois fica aquele vaso quebrado no meio do peito, a gente tentando remendar o que se partiu no vício de não se conter. Coisa repetitiva..."

(Trecho tirado do livro UMA VIDA INVENTADA, de Maitê Proença).

Nenhum comentário:

Postar um comentário