quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Não sei.



Se desmorono ou se edifico,

se permaneço ou me desfaço,

— não sei, não sei.

Não sei se fico

ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.


(...)

(Cecília Meireles – Motivo)

2 comentários:

  1. Alucinando o acontecimento, ou patologia do passar dos anos em branco, cinza elilás. (T.S.O.)

    Só para ensaiar os desvios, com as mesmas convicções mas em outras concepções, bem torto mesmo, pulando os acertos,mergulhando em erros, gaguejando o efêmero.
    Me deixa reverberar o novo, ao dizer as mesmas palavras em um vento diferente, que flui para um outro bem, extraterreno.(Me deixa tentar... amonunca eumas tuem você)
    Quem me dera agora tivesse coragem para gritar meus eventos de menino em corpo de guria,menina sob a tarde em um dia sem som; berrar que amei para além dos retratos de mulheres cruas, escancarar que chorei sobre verdades lapidadas que não eram minhas, nem suas, nem luas ou ruas; que sorri do que não tinha graça mas representava o sorriso da mais terna experiência de dor... que passa (como não sorrir?).
    Admitir que não era nada debaixo das cores que me enfeitavam, que hoje o lilás equivale ao cinza, pois já não sei de que cor é,ou a que me remete nossas teorias ou o que edificam nossas práticas.
    Pode parecer para quem me lê, que me perco entre o texto e o contexto , e se o é...é porque me permiti mergulhar nas redes do nada e desvendar ovazio como quem engole nuvens e se dá por satisfeito.

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