E podem me perguntar: mas por que?
É tristeza?
É saudade?
É angústia?
E eu respondo: não!
Sou eu querendo viver, querendo sair da gaiola
Gaiola sem grades, de amarras invisíveis me impedem de voar...
Vou em busca dos meus sonhos que deixei pra trás,
em busca de mim mesma, das minhas respostas.
Preciso mais que um belo horizonte para ser feliz!
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Tem um mundo lá fora....
E, pensativa, ela perguntou: mas você não vai se assentar em algum lugar?
E respondi: já me assentei a vida inteira. 30 anos com raízes, agora quero voar.
E respondi: já me assentei a vida inteira. 30 anos com raízes, agora quero voar.
Paradoxo do perfeccionismo
Thais Wadhy
vou tentando te agradar,
vou buscando te mostrar
que minha existência tem rumo
e que nesse mundo estou
pra fazer você feliz,
pra ser sua cara-metade, a metade da laranja
pra te amar e pedir bis.
Mas, assim, não sou mais eu,
sou retalhos, sou pedaços,
sou mais nós e menos laços,
quebra-cabeça montado,
tentando ser paisagem.
Pra quem tem um pouco de tudo,
falta muito do essencial,
falta algo especial,
ainda que seja algo simples,
como fruta no pé, banho de chuva,
beijo molhado, ou você.
E o pior da história,
não é que vivo frustrada,
não é que vivo triste, não é que vivo cansada.
O pior de tudo, de viver nessa ilusão,
de buscar ser o que esperas,
de buscar a perfeição;
É que, não satisfeita,
querendo também ser feliz,
querendo também ser suprida, querendo regar minha raiz,
te coloco no ciclo da minha louca insensatez,
crio expectativas enormes e espero minha vez
de poder exigir que também faça o que quero,
que também sinta o que sinto, que ofereça o que espero....
E assim, nesse paradoxo do perfeccionismo,
vou tocando a vida, sem plenamente viver.
E tentando ser mais, vou sendo menos de mim.
E tentando ter mais, vou tendo menos você.
E a cada dia, somos menos nós dois.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
Bóra ser feliz?
"Se alguém vier com papo perigoso de dizer que é preciso paciência pra viver
Que andando ali quieto
Comportado, limitado
Só coitado, você não vai se perder
Que manso imitando uma boiada,
você vai boca fechada pro curral sem merecer
Que Deus só manda ajuda a quem se ferra,
e quando o guarda-chuva emperra certamente vai chover.
Se joga na primeira ousadia, que tá pra nascer o dia do futuro que te adora.
E bota o microfone na lapela, olha pra vida e diz pra ela...
Eu quero ser feliz agora"
segunda-feira, 26 de março de 2012
O que está acontecendo?
"O mundo está ao contrário e ninguém reparou
O que está acontecendo?
Eu estava em paz quando você chegou..."
sexta-feira, 16 de março de 2012
Seja bem vindo, outono
A vida é cíclica, como as estações do ano. Fui primavera em minha relação, quando a paixão floresceu. Depois, fui verão, quando a energia e o amor estavam em plena atividade. Estou passando por um período de outono: folhas e frutos caindo, não há mais a vitalidade de outrora. Agora, enfrentarei o inverno. Talvez não tão rigoroso, porque o dilui ao longo do último período. Mas ainda assim, entendo a importância de fechar-me e viver esta fase para que possa entender o que se passou e curar as feridas; só assim estarei pronta para florescer novamente.
Nada é eterno. Agora entendo o sentido de reiventar-se sempre; as transformações que acontecem dentro da gente, na vida e nas relações é o que as renova, prolongando a vitalidade.
terça-feira, 13 de março de 2012
Os apressados
Texto de D(i)jalma Nunes Grandi
"No fim, os impertinentes somos nós mesmos. Como acontece que a cada satisfação corresponde uma decepção, vamos à procura de outras vaidades, substitutas, que poderão ser numeradas, catalogadas, classificadas, para depois serem abandonadas.
Nossos dias estão sofrendo de aceleração gradativa. Com essa história de foguetes espaciais, parece que a mania de empuxos para a arrancada vai contagiando os homens. Todos querem ganhar tempo perdendo-o depois não se sabe com o que. Ser ligeiro nas pernas, de mãos, de raciocínio. Ser rápido na competição, adiantar-se a todos, vencendo obstáculos. Não faz mal que na precipitação o sujeito deixe um pedaço dos bofes, não importa que seu estômago se pareça com uma fornalha de olaria digerindo tijolos requeimados. O essencial é andar aos trancos e barrancos.
Ninguém pensa em alternar a pressa com a calma. Não há tempo para isso. Viver é agitar-se, sair de si mesmo, estafar-se. Quem não faz isso não é digno de deitar-se numa cama à noite para gozar de uma insoniazinha permanente.
Um belo dia o apressado acorda abatido. Começa a querer mudar. Começa a pensar em gozar devagar aquilo que lhe custou tanta correria. Sentado na cama, de pijamas, com um cigarrinho a engomar-lhe os lábios, com um primeiro cafezinho, o homem pela primeira vez na vida 'deixa-se' cair novamente no travesseiro e manda a vida às favas. Vai começar a desmoralizar a insônia."
2 de abril de 1961, trecho selecionado por Cristiane Grandi.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Fatalmente
"...o impulso para amar, para encontrar e conhecer e mergulhar no outro, é o que nos traz para perto da vida. E é por isso que quando se está de braços abertos, se está dando as costas para a morte. Ou deixando, calmamente, tão calmamente quanto possível, que ela venha a seu tempo — porque fatalmente virá."
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