segunda-feira, 4 de abril de 2011

Acordei pensando sobre isso...

Eu acho até bonito essa coisa de amor incondicional. De amar o outro sem querer nada em troca, independente das circustâncias. Chego a desejar um amor assim (talvez quando eu for mãe, eu consiga), mas juro que acho impossível.

O amor não me parece linear, constante, retilíneo e uniforme. Ao contrário: avança, retrocede, tem altos e baixos e intensidades diferentes. E, pelo menos pra mim, está relacionado à reciprocidade. Não consigo amar quem me trata mal, por exemplo, ou quem me despreza. 

Mais ainda, eu amo um pouco mais e um pouco menos a cada dia, a cada circunstância. Me tratou de forma que não gostei? Gosto um pouco menos. Me mimou? Gosto um pouco mais. Fez algo que não gostei, mas que me fez aprender uma lição muito importante sobre a vida? Amo o dobro. Construiu coisas comigo? Hummm... imensurável.

Não quero parecer volátil ou superficial. Não tem nada de superficial nisso, talvez seja mais profundo do que eu possa imaginar. E isso não significa que eu vá desistir de um romance, por exemplo, porque a pessoa foi rude, e nem que eu vá odiar minha mãe porque ela não me fez uma gentileza. Não sou cheia de vontades (ao contrário, costumo mais fazer as vontades dos outros). Mas, naquele instante da decepção, o amor fica suspenso e permanece em mim um sentimento de rejeição. E, se as circunstância permanecem, cresce em mim esse sentimento ruim. Por isso não consigo conviver ou gostar de alguém que me faça mal....

É aquela velha história da folha de papel amassada.....

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