segunda-feira, 4 de março de 2013

Pessoas queridas.



Algumas pessoas se destacam para nós (...) Não importa quando as encontramos no nosso caminho. Parece que estão na nossa vida desde sempre e que mesmo depois dela permanecerão conosco. É tão rico compartilhar a jornada com elas que nos surpreende lembrar de que houve um tempo em que ainda não sabíamos que existiam. É até possível que tenhamos sentido saudade mesmo antes de conhecê-las. O que sentimos vibra além dos papéis, das afinidades, da roupa de gente que usam. Transcende a forma. Remete à essência. Toca o que a gente não vê. O que não passa. O que é (...) Com elas, o coração da gente descansa. Nós nos sentimos em casa, descalços, vestidos de nós mesmos. O afeto flui com facilidade rara. Somos aceitos, amados, bem-vindos, quando o tempo é de sol e quando o tempo é de chuva. Na expressão das nossas virtudes e na revelação das nossas limitações. Com elas, experimentamos mais nitidamente a dádiva da troca nesse longo caminho de aprendizado do amor.

(Ana Jácomo) 

Recebi hoje essa homenagem e fiquei emocionada. Tem gente que é mais que especial.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Esse é o clima de hoje!


Seja bem vindo, março!

"São as águas de março fechando o verão, é promessa de vida no MEU coração..."


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Ele se foi

Por: Thais Wadhy




Ele se foi.
Deixou pra trás a garrafa de vinho vazia
e as taças pela metade, abandonadas, interrompidas como a vida a dois.
Os pratos sujos, pratos limpos e as cartas na mesa.
O cheiro no travesseiro, o suor nos lençóis da cama,
as palavras no ar e o denso silêncio sobre a mesa da sala.
Deixou pra trás as certezas, um coração partido,
algumas lágrimas e a descrença no futuro.
Ele se foi.
Levou consigo sorrisos e lembranças, mesmo sem saber pra que;
levou seu amor e sua vida para pra outro lugar...
e deixou pra trás uma história, muitos planos e sonhos infinitos.
Ele foi ser feliz.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

La tortura

Nada como uma boa noite de sono

E depois de achar que estava mal humorada, chata, deprimida e anti-social, descobri que (quase!) tudo era a falta de uma BOA noite de sono. Dormi o sono dos justos, acordei renovada e com a alegria que me faltava há alguns dias (meses?). Que delícia! Senti falta desse pedaço de mim, da Thais forte e positiva!

Lições desta quinta-feira:

  • A verdade dói, mas liberta. Uma constatação antiga, mas comprovada na prática.
  • Nada como um dia após o outro e um sono agradável entre eles.
  • Somos ainda mais fortes quando PRECISAMOS ser. Nada como a necessidade de segurar uma barra.

A vida segue... ela urge. O tempo não pára, é inexorável.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A arrogância segundo os medíocres

Eu li esse texto hoje no blog AnsiaMente (link para o texto) e simplesmente AMEI. Por isso, compartilho com orgulho.O texto é de Carmen Guerreiro. Não a conheço, mas já gostei dela.




“Adorei o seu sapato”, disse uma amiga para mim certa vez.

“Legal, né? Eu comprei em uma feira de artesanato na Colômbia, achei super legal também”, eu respondi, de fato empolgada porque eu também adorava o sapato. Foi o suficiente para causar reticências quase visíveis nela e no namorado e, se não fosse chato demais, eles teriam dado uma risadinha e rolariam os olhos um para o outro, como quem diz “que metida”. Mas para meia-entendedora que sou, o “ah…” que ela respondeu bastou.

Incrível é que posso afirmar com toda convicção que, se tivesse comprado aquele sapato em um camelô da 25 de março, eu responderia com a mesma empolgação “Legal, né? Achei lá na 25!”. Só que aí sim eu teria uma reação positiva, porque comprar na 25 “pode”.

Experiências como essa fazem com que eu mantenha minhas viagens em 13 países, minha fluência em francês e meus conhecimentos sobre temas do meu interesse (linguística, mitologia, gastronomia etc) praticamente para mim mesma e, em doses homeopáticas, comente entre meu restrito círculo familiar e de amigos (aquele que a gente conta nos dedos das mãos).

Essa censura intelectual me deixa irritada. Isso porque a mediocridade faz com que muitos torçam o nariz para tudo aquilo que não conhecem, mas que socialmente é considerado algo de um nível de cultura e poder aquisitivo superior. E assim você vira um arrogante. Te repudiam pelo simples fato de você mencionar algo que tem uma tarja invisível de “coisa de gente fresca”.

Não importa que ele pague R$ 30 mil em um carro zero, enquanto você dirige um carro de mais 15 anos e viaja durante um mês a cada dois anos para o exterior gastando R$ 5 mil (dinheiro que você, que não quer um carro zero, juntou com o seu trabalho enquanto ele pagava parcelas de mil reais ao mês). Não importa que você conheça uma palavra em outra língua que expressa muito melhor o que você quer falar. Você não pode mencioná-la de jeito nenhum! Mas ele escreve errado o português, troca “c” por “ç”, “s” por “z” e tudo bem.

Não pode falar que não gosta de novela ou de Big Brother, senão você é chato. Não pode fazer referência a livro nenhum, ou falar que foi em um concerto de música clássica, ou você é esnobe. Não ouso sequer mencionar meus amigos estrangeiros, correndo o risco de apedrejamento.

Pagar R$200 em uma aula de francês não pode. Mas pagar mais em uma academia, sem problemas. Se eu como aspargos e queijo brie, sou “chique”. Mas se gasto os mesmos R$ 20 (que compra os dois ingredientes citados) em um lanche do Mc Donald’s, aí tudo bem. Se desembolso R$100 em uma roupa ou acessório que gosto muito, sou uma riquinha consumista. Mas gastar R$100 no salão de cabeleireiro do bairro pra ter alguém refazendo sua chapinha é considerado normal. Gastar de R$30 a R$50 em vinho (seco, ainda por cima) é um absurdo. Mas R$80 em um abadá, ou em cerveja ruim na balada, ou em uma festa open bar… Tranquilo!

Meu ponto é que as pessoas que mais exercem essa censura intelectual têm acesso às mesmas coisas que eu, mas escolhem outro estilo de vida. Que pode ser até mais caro do que o meu, mas que não tem a pecha de coisa de gente arrogante.

O dicionário Aulete define a palavra “arrogância” da seguinte forma:
  1. Ação ou resultado de atribui a si mesmo prerrogativa(s), direito(s), qualidade(s) etc.
  2. Qualidade de arrogante, de quem se pretende superior ou melhor e o manifesta em atitudes de desprezo aos outros, de empáfia, de insolência etc.
  3. Atitude, comportamento prepotente de quem se considera superior em relação aos outros; INSOLÊNCIA: “…e atirou-lhe com arrogância o troco sobre o balcão.” (José de Alencar, A viuvinha))
  4. Ação desrespeitosa, que revela empáfia, insolência, desrespeito: Suas arrogâncias ultrapassam todo limite.

Pois bem. Ser arrogante é, então, atribuir-se qualidades que fazem com que você se ache superior aos outros. Mas a grande questão é que em nenhum momento coloco que meus interesses por línguas estrangeiras, viagens, design, gastronomia e cultura alternativa são mais relevantes do que outros. Ou pior: que me fazem alguém melhor que os outros. São os outros que se colocam abaixo de mim por não ter os mesmos interesses, taxar esses interesses de “coisa de grã-fino” (sim, ainda usam esse termo) e achar que vivem em um universo dos “pobres legais”, ainda que tenham o mesmo salário que eu. E o pior é que vivem, mesmo: no universo da pobreza de espírito.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

....


Morro dos Ventos Uivantes



Acabei de ler o livro "O Morro dos Ventos Uivantes". Não sei se ainda tenho uma opinião formada sobre o livro. Foi escrito em torno de 1800, num outro contexto histórico, outra situação social e demográfica. Então, é preciso abstrair algumas coisas....

De maneira geral, é um livro que prende pelo suspense. É tanta maldade e situações injustas que a gente quer que tudo melhore, e continua lendo e lendo. Eu me angustiei junto com os personagens; quase pude sentir em mim as indignações, as dores da alma. Por isso, não é um livro "leve"; ele instiga e prende pelo pior, e não pela perspectiva de alegria e leveza.

O texto mostra um lado cruel do ser humano e como algumas relações podem ser doentias e degeneradas. Mostra também como muitas vezes somos influenciados pelo meio e que a é difícil florescer algo de bonito num terreno de ervas daninhas. Mas, quando tudo parece triste e a esperança parece estar morta junto com a paisagem de inverno, sempre algumas sutilezas - pitadas de beleza em meio ao horror e à angústia - dão um fôlego e renovam a alegria.

Não sei se indicaria... e não sei ainda que nota dar a esse livro....



domingo, 17 de fevereiro de 2013

Conversa franca

Eu e minha mania de colocar algumas pessoas num lugar tão imaculado e especial que mal consigo conceber que a pessoa seja capaz de ser má, de ser babaca ou de errar. Me pergunto: o que é isso, Thais, senão um equívoco?

Não existe no ser humano a pureza absoluta. O ser humano é bom e mau, é incrível e desprezível ao mesmo tempo. Todos nós somos assim, anjos e demônios convivendo dentro de um só coração, às vezes alimentando um ou outro com atitudes, pensamentos e reações.

E esse lugar reservado que você, bonita, insiste em preservar para as pessoas que admira e reconhece como "diferenciadas" não é mais do que uma prisão sufocante, tanto para você quanto pra elas. Porque não existe quem seja capaz de atender tanta expectativa de "santidade" e de atitudes "sábias", mesmo que queira. E, cá pra nós, quem seria o louco de querer viver assim? E seria justo aprisionar alguém para viver em função de expectativas infundadas de comportamento exemplar? E os pensamentos do outro lado, como ficam? Todo mundo quer ser livre para ter suas próprias ações, pensamentos e sentimentos..... e viver conforme seus próprios princípios. E por acaso a senhorita é a dona da verdade e detentora da sabedoria secular?

E você, minha cara... o que ganha com isso? Diga-me que se sente bem e feliz e eu lhe deixo em paz. Mas sei que não. Sei que esse seu jeito só lhe causa náusea, raiva, sofrimento, decepção - com os outros e consigo mesma. Então.... abandone os velhos padrões de comportamento. Essa sua religião não vai levar você a lugar nenhum. Liberte-se e vá viver livre. Deixe os outros livres também, para serem exatamente aquilo que querem. E não espere de ninguém mais do que aquilo que lhe oferecem de livre e espontânea vontade.....



The weight of my worries

 

 "A psychologist walked around a room while teaching stress management to an audience. As she raised a glass of water, everyone expected they'd be asked the "half empty or half full" question. Instead, with a smile on her face, she inquired: "How heavy is this glass of water?"

Answers called out ranged from 8 oz. to 20 oz.

She replied, "The absolute weight doesn't matter. It depends on how long I hold it. If I hold it for a minute, it's not a problem. If I hold it for an hour, I'll have an ache in my arm. If I hold it for a day, my arm will feel numb and paralyzed. In each case, the weight of the glass doesn't change, but the longer I hold it, the heavier it becomes." She continued, "The stresses and worries in life are like that glass of water. Think about them for a while and nothing happens. Think about them a bit longer and they begin to hurt. And if you think about them all day long, you will feel paralyzed – incapable of doing anything."

It’s important to remember to let go of your stresses. As early in the evening as you can, put all your burdens down. Don't carry them through the evening and into the night. Remember to put the glass down!"