segunda-feira, 26 de abril de 2010

Alinne Moraes


Nunca fui fã de novelas e costumo criticar suas futilidades e a forma como abordam os problemas sociais (muitas vezes, de maneira unilateral ou "maquiada"). Mas sabe que tenho achado bem bacana a repercussão da personagem Luciana, representada pela belíssima Alinne Moraes em "Viver a vida", novela das nove da Rede Globo!?! Depois de suas aparições com cadeira de rodas, ouvi até políticos em "A voz do Brasil" fazerem discursos sobre os problemas enfrentados por cadeirantes e deficientes físicos, principalmente ligados à mobilidade e ao acesso a locais públicos e privados. O Fantástico também fez uma pesquisa em várias capitais brasileiras para saber se os ônibus estavam preparados para atender os cadeirantes; não estavam (apenas Porto Alegre teve um resultado positivo, mas não satisfatório). Além disso, as pessoas ficam mais sensibilizadas e solidárias em relação aos problemas enfrentados pelos deficientes físicos.

Mas a televisão tem sempre que amenizar a realidade, né? Cá pra nós, ser cadeirante como a Luciana é "piece of cake" ou, no máximo, uma rapadura (que é dura, mas é doce): enfermeira e fisioterapeuta por conta da moça, uma casa equipada com aparelhos para que ela possa fazer os exercícios diários, médico dois em um (além de médico, é namorado: cuida e ama. Também, quem não gostaria de cuidar de Alinne Moraes?), um lugar gigante pra morar com toda a infraestrutura e vários empregados, a família que dá assistência e apoio, carro adaptado, a mãe que fica "por conta", festas animadíssimas, dinheiro para compras e luxos, celular. Me conta um caso real que seja assim?

Nenhum comentário:

Postar um comentário