terça-feira, 26 de novembro de 2013

Mimimi nas redes sociais.

As pessoas andam reclamando demais nas redes sociais. Indiretas, lições de moral, auto-ajuda e mais uma tanto de mimimi que enche o saco. O Instagram, que é um aplicativo para postar imagens, está ganhando do Facebook no quesito "frases feitas". Quando não é na legenda das fotos (hahaha tipo: a pessoa quer postar uma foto de si mesma, mas aí disfarça com uma frase "impactante" ou "filosófica", pra não ficar narcisista demais), a própria imagem é uma frase.

Enfim... a rede social é sua, você faz dela o que quiser. Mas....  quem sabe você não muda de idéia depois das considerações abaixo?

  1. "Não posso confiar em ninguém", e suas variações. Tem uma avalanche de pessoas postando suas decepções e desventuras. Fica a dica: o mundo está cheio de gente bacana! Digo por experiência própria: têm pessoas incríveis, confiáveis, honestas, agradáveis e companheiras no meu ciclo de amizades. Gente ruim existe e sempre existiu em todos os lugares. Então, não acha que é você quem está escolhendo mal não? Geralmente, as pessoas dão todos os indícios pra gente de quem elas são, talvez você não esteja vendo os sinais. Um exemplo? Se a pessoa fala mal dos outros pra você.... há grandes chances de ela falar mal de você pros outros também, não acha?  E outra: já se perguntou o que faz você se aproximar de uma pessoa? 
  2. "A culpa é do governo", e suas variações. Militantes, revoltados ou intelectuais de araque, que encontram frases feitas por aí e compartilham sem ao menos entender o que significam.  Entender e participar da vida política do país é dever de todo cidadão; eu acho que as pessoas deveriam se envolver mais. Mas não é o que acontece. Em grande partes das vezes, elas lêem as manchetes sem nenhum senso crítico e reproduzem ideologias sem se questionar. Simplesmente compartilham informações sem saber a fonte ou sem refletir sobre elas. O exemplo mais atual é o mensalão. Tem imbecil postando a foto do Joaquim Barbosa com frases do tipo "da próxima vez, não votem no PT". Como se o PSDB, PMDB, PSB e as dezenas de outros partidos que existem por aí fossem exemplos de virtude!!!!!  Sinceramente? Tudo farinha do mesmo saco. E será enquanto não tivermos uma participação ativa e consciente na vida política do país. E não estou falando só de voto.
  3.  Auto-ajuda. PRE-GUI-ÇA. O mané posta altas lições de moral, de vida, de virtude....  como se aquilo servisse pra todo mundo. Na verdade, a pessoa está falando pra si mesma, mas ela acha a constatação tão excepcional que não se contenta em ter aquilo só pra si: tem que compartilhar. Tipo: "vejam, gente... eu penso assim.... fui iluminado... vocês deveriam fazer isso também". Olha, fica a dica: seu egocentrismo é chato. Que tal deixar cada um encontrar seu caminho e suas respostas?
  4. Segredos pra ser feliz, segredos para ter sucesso, etc...  Fala sério!?! Você acha mesmo que tem segredo pra isso? Aliás, se essas dicas dos gurus da felicidade e do sucesso fossem eficazes, o mundo seria perfeito.
  5. Deus e igreja e suas derivações. Guarde pra si sua fé e sua religião. Ninguém é obrigado.

#prontofalei.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Bicho do mato


Bicho do mato. É assim que tenho me sentido nos últimos tempos, período no qual tenho vivenciado experiência incríveis em contato com a natureza e, claro, comigo mesma. O afastamento das tecnologias, do consumismo, das relações comerciais e das expectativas alheias (profissionais ou pessoais), mesmo que por poucos dias, fazem um bem danado pra alma, pro corpo, pro coração. Talvez porque nos colocam em contato com a nossa essência e ao lado de pessoas que compartilham filosofias similares. Ou talvez porque nos afastam da engrenagem do dia-a-dia, da rotina de trabalho, das pressões cotidianas do tempo e do dinheiro.

Não é fácil, mas posso dizer que é  o principal produto dessas experiências é "aprendizado". Aprender a respeitar as pessoas, a natureza, o ritmo de cada um. Aprender a respeitar a si mesmo, conhecer-se melhor, reconhecer limites. Aprender que é preciso pouco para viver bem e menos ainda para ser feliz.

Viva as coisas simples da vida!




quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Realidade




Sob céus de tons laranjas,
onde a brisa soprava fresca,
música saia das bocas dúbias,
embalando sonhos distantes.

Nas divagações sobre a vida,
a leveza se juntou ao amor.
E no conforto acolhedor dos braços
prendeu-se, tranquila, a liberdade.

A cada palavra, um suspiro;
a cada ideia, uma viagem.
No balanço das horas e das falas,
anoiteceu, plena, a felicidade.

Então, perdidas entre o relógio e o tempo,
outras verdades raiaram com a aurora.
Sob tanta luz e claridade,
revelaram outras cores e formas.

Exclamações curvaram-se à dúvida.
! ?

E o que parecia belo,
entre dourado e amarelo,
mostrou-se cruelmente... real.



quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Uma vez, fui viajar e não voltei

Retirei esse texto desse blog aqui: http://sigoescrevendo.wordpress.com/2013/08/26/uma-vez-fui-viajar-e-nao-voltei/. Simplesmente porque AMEI.




Uma vez fui viajar e não voltei. Não por rebeldia ou por ter decidido ficar; simplesmente mudei. Cruzei fronteiras que eu nunca imaginaria cruzar. Nem no mapa, nem na vida.

Fui tão longe que olhar para trás não era confortante, era motivador. Conheci o que posso chamar de professores e acessei conhecimentos que nenhum livro poderia me ensinar. Não por serem secretos, mas por serem vivos.

Acrescentei ao dicionário da minha vida novos significados para educação, medo e respeito. Reaprendi o valor de alguns gestos. Como quando criança, a espontaneidade de sorrisos e olhares faz valer a comunicação mais universal que há – a linguagem da alma.

 Fui acolhido por pessoas, famílias, estranhos, bancos e praças. Entre chãos e humanos, ambos podem ser igualmente frios ou restauradores.

Conheci ruas, estações, aeroportos e me orgulho de ter dificuldade em lembrar seus nomes. Minha memória compartilha do meu desejo de querer refrescar-se com novos e velhos ares.

Fiz amigos de verdade. Amigos de estrada não sucumbem ao espaço e nem ao tempo. Amigos de estrada cruzam distâncias; confrontam os anos. São amizades que transpassam verões e invernos com a certeza de novos encontros.

Vivi além da minha imaginação. Contrariei expectativas e acumulei riquezas imateriais. Permiti ao meu corpo e à minha mente experimentar outros estados de vivência e consciência. Redescobri o que me fascina. Senti calores no peito e dei espaço para meu coração acelerar mais do que uma rotina qualquer permitiria.

E quer saber? Conheci outras versões da saudade. Como nós, ela pode ser dura. Mas juro que tem suas fraquezas. Aliás, ela pode ser linda. Com ela, reavaliei meus abraços, dei mais respeito à algumas palavras e me apaixonei ainda mais por meus amigos e minha família.

E ainda tenho muito que aprender. Na verdade, tais experiências apenas me dirigem para uma certeza – que ainda tenho muito lugar para conhecer, pessoas a cruzar e conhecimento para experimentar.

Uma fez fui viajar… e foi a partir deste momento que entendi que qualquer viagem é uma ida sem volta.

(Marcelo Penteado)

terça-feira, 13 de agosto de 2013

A dignidade do leão

"... Não se consegue fazer de um leão um animal de carga. Um leão tem uma dignidade que nenhum outro animal pode suster; ele não tem qualquer tesouro, qualquer reino; sua dignidade está apenas no seu estilo de ser - destemido, sem medo do desconhecido, pronto para dizer 'não', até mesmo sob o risco de morte." Comentários de Osho sobre o Zarathustra de Nietzche

quarta-feira, 3 de julho de 2013

A gente muda, o mundo muda


Tenho buscado dar o melhor de mim para as pessoas.
Tenho sido o melhor que posso ser no cotidiano, avançando e evoluindo a cada dia.
Tenho tentado amar incondicionalmente, cuidar das pessoas queridas, praticar o bem.
Procuro dar mais do que receber; ouvir mais do que dizer, aceitar mais do que julgar, viver e valorizar as coisas simples da vida.

A recompensa é que viver tem sido uma deliciosa aventura, repleta de coisas boas e surpreendentes. Receber afeto das pessoas, receber dádivas da vida, receber amor espontâneo.

Não me lembro de ter sido tão feliz. A gente muda, o mundo muda.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Amor brando


Tem gente que é assim: chega devagar, como quem não quer nada. Jeitinho mineiro, come quieto. Come pelas beiradas. Começa com um olhar, um sorriso, uma palavra doce depois de um beijo quente. Chocolate com pimenta. Aos poucos, ganham a gente. Vão invadindo a cabeça em momentos inesperados e ocupando mais espaços no coração. Quando percebemos, o sentimento tomou nova forma, como aquele velho sapato que a gente tanto ama: tão confortável, perfeito pro nosso pé, pra nossa vida; pro nosso estilo. Mesmo desgastado, não conseguimos (ou não queremos!) deixá-lo de lado, porque o amamos desse jeito mesmo.

Gosto do conto da avenca, de Caio Fernando Abreu. Representação metafórica perfeita, que ilustra como os sentimentos podem crescer inesperadamente dentro de nós, principalmente quando é cuidado, cultivado. Achei que em mim você não fosse passar de uma flor de jardim, daquelas que enfeitam e perfumam nossos dias, mas que são temporárias, morrem naturalmente com o fim da estação. Amor fugaz, amor de verão. Mas o que posso fazer se, no terreno fértil do meu coração, o que era capim virou selva e as pequenas sementes de girassol se multiplicaram em campos floridos, a perder de vista?

Rezo para que tanta coisa bonita não se perca, não se queime como mato na seca do inverno, não se embriague nem se inunde de si mesmo, como as enchentes de verão. Que seja leve, doce, suave e colorido como primavera, e que se renove a cada outono. Amor brando.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Sentidos dos sentidos



Quero sim que você me dispa. Tire a armadura, a máscara, os escudos. Penetre fundo com o olhar e meta em mim todas as palavras obscenas, quentes, provocantes que possa imaginar.

Que leia cada linha do meu corpo do começo ao fim, de novo e de novo, até compreender tudo o que pulsa por dentro e exala pelos poros, até entender o que não tem explicação, mas tem sentido.

Que sinta mais que a pele macia e seu perfume suave; que perceba a energia que irradia da alma e do coração e sinta o cheiro sutil das vontades e das intenções.

Que o calor que emana do corpo suado desperte, além dos desejos e tentações, o acolhimento.

Quero que vibremos juntos de prazer e de alegria; do prazer carnal dos corpos trêmulos e da alegria honesta e espontânea de dois corações leves e marotos.

Que possamos gozar e gozar e gozar, com todos os sentidos que possam adquirir essa palavra.

Quero você por inteiro.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Partilha



Retirado do Facebook de Gabi Santos. Link abaixo.

"Se tem uma coisa que anda verdadeiramente me incomodando são as relações liquidas, a moda do “não se apegue”. No fundo todo mundo quer uma companhia, então, por que não conseguimos mais assumir isso?

Todos os dias vejo aqui pelo face dezenas de indiretas ou de “posts certeiros” cuspidos por pessoas que não tem coragem de dizer ao outro: “gosto de você e quero estar contigo”. Onde queremos chegar assim?

Vivemos dizendo coisinhas fofas de amor e de entrega quando na verdade, não conseguimos ao menos estar inteiros em nossas relações afetivas. Isso quando as temos, quando não trememos e desistimos ao primeiro sinal de dificuldade, à primeira necessidade de passar em cima do ego, de abrir mão.

Vivemos tempos de uma busca frenética pela liberdade, pela quebra de tabus e paradigmas. Perseguimos isso a todo custo, mesmo que para isso precisemos nos quebrar também.

 Pra mim já deu, tô no time dos românticos. Eu quero é muito carinho, entrega e companheirismo. Quero nudez (de corpo, alma e atitude), bebemorar a vida (com vinho, chá, cerveja e o que mais vier), invenções culinárias a dois, falar bobagem, telefonar sem medo de estar incomodando, receber sms desejando bom dia, sorvete ao cair da tarde, passeios descompromissados, programas a dois e com amigos. Não quero competição, nenhum joguinho.

Eu quero é partilha, chega de partir."


Texto de Gabi Santos: https://www.facebook.com/gabi.santos.902

segunda-feira, 6 de maio de 2013

A natureza e sua incrível capacidade de cura




Depois de pensar se teria sido por causa da água fria,
dos infinitos tons de verde (colírios para os olhos),
do sol radiante em um clima fresco de outono,
da adrenalina, da aventura e sensação de liberdade,
da companhia agradável das pessoas.
Cheguei à conclusão: é tudo mérito da natureza, 
em toda sua plenitude e complexidade.
Ela é capaz de curar todos os males da alma e do coração.
 
 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Stairway to heaven

Jogos Vorazes

Acabei de ler o primeiro livro de uma dita bem-sucedida trilogia, escrita por Suzanne Collins. O texto deu origem ao filme Jogos Vorazes, estrelado por Jennifer Lawrence.

A história se passa em uma nação chamada Panem, fundada após o fim da América do Norte. Formada por 12 distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital, sede do governo. Uma das formas com que demonstra seu poder sobre o resto do carente país é com os 'Jogos Vorazes', uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão (uma espécie de reality show!), na qual um casal de cada distrito (a partir dos 12 anos) é selecionado e obrigado a lutar até a morte. 24 jovens se degladiando numa arena especialmente construída para o evento, que apresenta diversas surpresas, das mais desagradáveis e mortíferas. Só há um vencedor.

De leitura fácil, agradável e texto simples (mas não banal), o livro consegue prender o leitor por causa do constante suspense, intercalado por momentos de reflexão da personagem principal. Apesar do contexto tão bizarro, há momentos de extrema delizadeza no livro.

Gostei e recomendo. Vou começar a ler o segundo livro, chamado "Em chamas".

A dialética do amor



Nos seus avanços e retrocessos,
o amor nos mostra que não é linerar
nem cronológico. 
Vem e vai, se transforma,
se relaciona e muda.
Amor é troca, é contradição,
é dúdiva, é síntese. 
O amor também é dialético.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Dentro e fora da gente

Tudo o que acontece conosco traz a semente da transformação. Se acontece uma vez, refletimos. Se acontece mais de uma vez, aprendemos. Como as crianças: ao longo da vida vão assimilando aprendizados com exemplos, repetições, reforços; nunca "de primeira".

Ainda que, em relação às crianças, estejamos mais maduros para absorver e aprender... e ainda que possamos contar com uma bagagem maior - a qual podemos fuçar para encontrar mais elementos para nossas decisões e pensamentos -  muitas vezes insistimos no mesmo erro, repetimos padrões... até verificarmos que determinada (re)ação não funciona - ou funciona melhor - e, então, mudamos. Quase nunca mudamos logo "de cara": as experiências repetidas é que nos fazem amadurecer e nos transformam.

Olhando hoje pra mim e também para as pessoas que as quais convivo, vejo gente diferente. "Você mudou, você não era assim", alguns dizem com pesar. Eu, digo com alegria. O processo constante de evolução exige mudanças, ainda bem. Algumas vezes, dolorosas, mas nem sempre; não aprendemos só na dor, ela não é requisito necessário. Experiências incríveis e alegres têm muito a nos ensinar, basta estarmos abertos, atentos.

Eu mudo, tu mudas, ele muda, nós mudamos, vós mudais, eles mudam. Alguns com mais rapidez, outros com menos. Mas a dialética da vida e o tempo são implacáveis: provocam mudanças dentro e fora da gente. Sábios aqueles que lidam melhor com isso, que conseguem absorver a vida e suas lições para se tornarem pessoas melhores, mais humanas e brandas. Que aprendem a viver plenamente, a serem menos egoísta, a construirem relações baseadas no amor e na generosidade, a compreenderem e respeitarem o outro (ainda que exerçam a individualidade).

Ah, como a vida em sociedade poderia ser mais fácil se cada um fizesse de si um exemplo a ser seguido!




quarta-feira, 10 de abril de 2013

Are we with the right partner?

I found the text below in a FaceBook page. Thats a very good way to see the relationships. That's why I wanted to sharethe text.






During a seminar, a woman asked," How do I know if I am with the right person?". The author then noticed that there was a large man sitting next to her so he said, "It depends. Is that your partner?" In all seriousness, she answered "How do you know?".

Let me answer this question because the chances are good that it's weighing on your mind replied the author. Here's the answer. Every relationship has a cycle… In the beginning; you fall in love with your partner. You anticipate their calls, want their touch, and like their idiosyncrasies. Falling in love wasn't hard. In fact, it was a completely natural and spontaneous experience. You didn't have to DO anything. That's why it's called "falling" in love. People in love sometimes say, "I was swept of my feet."Picture the expression. It implies that you were just standing there; doing nothing, and then something happened TO YOU. Falling in love is a passive and spontaneous experience. But after a few months or years of being together, the euphoria of love fades. It's a natural cycle of EVERY relationship.

Slowly but surely, phone calls become a bother (if they come at all), touch is not always welcome (when it happens), and your spouse's idiosyncrasies, instead of being cute, drive you nuts. The symptoms of this stage vary with every relationship; you will notice a dramatic difference between the initial stage when you were in love and a much duller or even angry subsequent stage. At this point, you and/or your partner might start asking, "Am I with the right person?". And as you reflect on the euphoria of the love you once had, you may begin to desire that experience with someone else. This is when relationships breakdown.

The key to succeeding in a relationship is not finding the right person; it's learning to love the person you found. People blame their partners for their unhappiness and look outside for fulfillment. Extramarital fulfillment comes in all shapes and sizes. Infidelity is the most common. But sometimes people turn to work, a hobby, friendship, excessive TV, or abusive substances. But the answer to this dilemma does NOT lie outside your relationship. It lies within it.

I'm not saying that you couldn't fall in love with someone else. You could. And TEMPORARILY you'd feel better. But you'd be in the same situation a few years later. Because (listen carefully to this): The key to succeeding in a Relationship is not finding the right person; it's learning to love the Person you found.

SUSTAINING love is not a passive or spontaneous experience. You have to work on it day in and day out. It takes time, effort, and energy. And most importantly, it demands WISDOM. You have to know WHAT TO DO to make it work. Make no mistake about it.

Love is NOT a mystery. There are specific things you can do (with or without your partner), Just as there are physical laws Of the universe (such as gravity), there are also laws for relationships. If you know how to apply these laws, the results are predictable.

Love is therefore a "decision". Not just a feeling.

A criança que vive em mim



Definitivamente, sou amante das coisas simples da vida, ainda que admire certa sofisticação em alguns aspectos. É que às vezes um elogio, um bilhete, uma mimo, uma mensagem despretensiosa, uma brincadeira inteligente ou mesmo senso de humor aguçado têm mais efeito que pedras preciosas, diamantes raros, presentes caros, flores. Prefiro um sorriso sincero a uma caixa de chocolates; troco um final de semana de luxo por uma surpresa agradável em plena segunda-feira; um sábado à luz de velas pode ser mais romântico que as luzes da Torre Eiffel e não há iluminação no mundo que substitua o encantamento que causa em mim a luz da lua.

Mas "como assim?", podem perguntar.  Respondo prontamente: tem coisas que a gente não explica, não são racionais. Podem ser bobas, pequenas; podem parecer idiotas e até infantis. Mas preciso delas para me sentir mais alegre, vida, inteira, segura, querida; ou mesmo para sorrir sozinha em uma noites solitárias, olhando com os olhos brilhantes para o infinito ou para a noite estrelada.

Sinto que permanece vivo em mim esse espírito de criança: simples, ingênuo e brincalhão.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Pessoas queridas.



Algumas pessoas se destacam para nós (...) Não importa quando as encontramos no nosso caminho. Parece que estão na nossa vida desde sempre e que mesmo depois dela permanecerão conosco. É tão rico compartilhar a jornada com elas que nos surpreende lembrar de que houve um tempo em que ainda não sabíamos que existiam. É até possível que tenhamos sentido saudade mesmo antes de conhecê-las. O que sentimos vibra além dos papéis, das afinidades, da roupa de gente que usam. Transcende a forma. Remete à essência. Toca o que a gente não vê. O que não passa. O que é (...) Com elas, o coração da gente descansa. Nós nos sentimos em casa, descalços, vestidos de nós mesmos. O afeto flui com facilidade rara. Somos aceitos, amados, bem-vindos, quando o tempo é de sol e quando o tempo é de chuva. Na expressão das nossas virtudes e na revelação das nossas limitações. Com elas, experimentamos mais nitidamente a dádiva da troca nesse longo caminho de aprendizado do amor.

(Ana Jácomo) 

Recebi hoje essa homenagem e fiquei emocionada. Tem gente que é mais que especial.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Esse é o clima de hoje!


Seja bem vindo, março!

"São as águas de março fechando o verão, é promessa de vida no MEU coração..."


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Ele se foi

Por: Thais Wadhy




Ele se foi.
Deixou pra trás a garrafa de vinho vazia
e as taças pela metade, abandonadas, interrompidas como a vida a dois.
Os pratos sujos, pratos limpos e as cartas na mesa.
O cheiro no travesseiro, o suor nos lençóis da cama,
as palavras no ar e o denso silêncio sobre a mesa da sala.
Deixou pra trás as certezas, um coração partido,
algumas lágrimas e a descrença no futuro.
Ele se foi.
Levou consigo sorrisos e lembranças, mesmo sem saber pra que;
levou seu amor e sua vida para pra outro lugar...
e deixou pra trás uma história, muitos planos e sonhos infinitos.
Ele foi ser feliz.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

La tortura

Nada como uma boa noite de sono

E depois de achar que estava mal humorada, chata, deprimida e anti-social, descobri que (quase!) tudo era a falta de uma BOA noite de sono. Dormi o sono dos justos, acordei renovada e com a alegria que me faltava há alguns dias (meses?). Que delícia! Senti falta desse pedaço de mim, da Thais forte e positiva!

Lições desta quinta-feira:

  • A verdade dói, mas liberta. Uma constatação antiga, mas comprovada na prática.
  • Nada como um dia após o outro e um sono agradável entre eles.
  • Somos ainda mais fortes quando PRECISAMOS ser. Nada como a necessidade de segurar uma barra.

A vida segue... ela urge. O tempo não pára, é inexorável.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A arrogância segundo os medíocres

Eu li esse texto hoje no blog AnsiaMente (link para o texto) e simplesmente AMEI. Por isso, compartilho com orgulho.O texto é de Carmen Guerreiro. Não a conheço, mas já gostei dela.




“Adorei o seu sapato”, disse uma amiga para mim certa vez.

“Legal, né? Eu comprei em uma feira de artesanato na Colômbia, achei super legal também”, eu respondi, de fato empolgada porque eu também adorava o sapato. Foi o suficiente para causar reticências quase visíveis nela e no namorado e, se não fosse chato demais, eles teriam dado uma risadinha e rolariam os olhos um para o outro, como quem diz “que metida”. Mas para meia-entendedora que sou, o “ah…” que ela respondeu bastou.

Incrível é que posso afirmar com toda convicção que, se tivesse comprado aquele sapato em um camelô da 25 de março, eu responderia com a mesma empolgação “Legal, né? Achei lá na 25!”. Só que aí sim eu teria uma reação positiva, porque comprar na 25 “pode”.

Experiências como essa fazem com que eu mantenha minhas viagens em 13 países, minha fluência em francês e meus conhecimentos sobre temas do meu interesse (linguística, mitologia, gastronomia etc) praticamente para mim mesma e, em doses homeopáticas, comente entre meu restrito círculo familiar e de amigos (aquele que a gente conta nos dedos das mãos).

Essa censura intelectual me deixa irritada. Isso porque a mediocridade faz com que muitos torçam o nariz para tudo aquilo que não conhecem, mas que socialmente é considerado algo de um nível de cultura e poder aquisitivo superior. E assim você vira um arrogante. Te repudiam pelo simples fato de você mencionar algo que tem uma tarja invisível de “coisa de gente fresca”.

Não importa que ele pague R$ 30 mil em um carro zero, enquanto você dirige um carro de mais 15 anos e viaja durante um mês a cada dois anos para o exterior gastando R$ 5 mil (dinheiro que você, que não quer um carro zero, juntou com o seu trabalho enquanto ele pagava parcelas de mil reais ao mês). Não importa que você conheça uma palavra em outra língua que expressa muito melhor o que você quer falar. Você não pode mencioná-la de jeito nenhum! Mas ele escreve errado o português, troca “c” por “ç”, “s” por “z” e tudo bem.

Não pode falar que não gosta de novela ou de Big Brother, senão você é chato. Não pode fazer referência a livro nenhum, ou falar que foi em um concerto de música clássica, ou você é esnobe. Não ouso sequer mencionar meus amigos estrangeiros, correndo o risco de apedrejamento.

Pagar R$200 em uma aula de francês não pode. Mas pagar mais em uma academia, sem problemas. Se eu como aspargos e queijo brie, sou “chique”. Mas se gasto os mesmos R$ 20 (que compra os dois ingredientes citados) em um lanche do Mc Donald’s, aí tudo bem. Se desembolso R$100 em uma roupa ou acessório que gosto muito, sou uma riquinha consumista. Mas gastar R$100 no salão de cabeleireiro do bairro pra ter alguém refazendo sua chapinha é considerado normal. Gastar de R$30 a R$50 em vinho (seco, ainda por cima) é um absurdo. Mas R$80 em um abadá, ou em cerveja ruim na balada, ou em uma festa open bar… Tranquilo!

Meu ponto é que as pessoas que mais exercem essa censura intelectual têm acesso às mesmas coisas que eu, mas escolhem outro estilo de vida. Que pode ser até mais caro do que o meu, mas que não tem a pecha de coisa de gente arrogante.

O dicionário Aulete define a palavra “arrogância” da seguinte forma:
  1. Ação ou resultado de atribui a si mesmo prerrogativa(s), direito(s), qualidade(s) etc.
  2. Qualidade de arrogante, de quem se pretende superior ou melhor e o manifesta em atitudes de desprezo aos outros, de empáfia, de insolência etc.
  3. Atitude, comportamento prepotente de quem se considera superior em relação aos outros; INSOLÊNCIA: “…e atirou-lhe com arrogância o troco sobre o balcão.” (José de Alencar, A viuvinha))
  4. Ação desrespeitosa, que revela empáfia, insolência, desrespeito: Suas arrogâncias ultrapassam todo limite.

Pois bem. Ser arrogante é, então, atribuir-se qualidades que fazem com que você se ache superior aos outros. Mas a grande questão é que em nenhum momento coloco que meus interesses por línguas estrangeiras, viagens, design, gastronomia e cultura alternativa são mais relevantes do que outros. Ou pior: que me fazem alguém melhor que os outros. São os outros que se colocam abaixo de mim por não ter os mesmos interesses, taxar esses interesses de “coisa de grã-fino” (sim, ainda usam esse termo) e achar que vivem em um universo dos “pobres legais”, ainda que tenham o mesmo salário que eu. E o pior é que vivem, mesmo: no universo da pobreza de espírito.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

....


Morro dos Ventos Uivantes



Acabei de ler o livro "O Morro dos Ventos Uivantes". Não sei se ainda tenho uma opinião formada sobre o livro. Foi escrito em torno de 1800, num outro contexto histórico, outra situação social e demográfica. Então, é preciso abstrair algumas coisas....

De maneira geral, é um livro que prende pelo suspense. É tanta maldade e situações injustas que a gente quer que tudo melhore, e continua lendo e lendo. Eu me angustiei junto com os personagens; quase pude sentir em mim as indignações, as dores da alma. Por isso, não é um livro "leve"; ele instiga e prende pelo pior, e não pela perspectiva de alegria e leveza.

O texto mostra um lado cruel do ser humano e como algumas relações podem ser doentias e degeneradas. Mostra também como muitas vezes somos influenciados pelo meio e que a é difícil florescer algo de bonito num terreno de ervas daninhas. Mas, quando tudo parece triste e a esperança parece estar morta junto com a paisagem de inverno, sempre algumas sutilezas - pitadas de beleza em meio ao horror e à angústia - dão um fôlego e renovam a alegria.

Não sei se indicaria... e não sei ainda que nota dar a esse livro....



domingo, 17 de fevereiro de 2013

Conversa franca

Eu e minha mania de colocar algumas pessoas num lugar tão imaculado e especial que mal consigo conceber que a pessoa seja capaz de ser má, de ser babaca ou de errar. Me pergunto: o que é isso, Thais, senão um equívoco?

Não existe no ser humano a pureza absoluta. O ser humano é bom e mau, é incrível e desprezível ao mesmo tempo. Todos nós somos assim, anjos e demônios convivendo dentro de um só coração, às vezes alimentando um ou outro com atitudes, pensamentos e reações.

E esse lugar reservado que você, bonita, insiste em preservar para as pessoas que admira e reconhece como "diferenciadas" não é mais do que uma prisão sufocante, tanto para você quanto pra elas. Porque não existe quem seja capaz de atender tanta expectativa de "santidade" e de atitudes "sábias", mesmo que queira. E, cá pra nós, quem seria o louco de querer viver assim? E seria justo aprisionar alguém para viver em função de expectativas infundadas de comportamento exemplar? E os pensamentos do outro lado, como ficam? Todo mundo quer ser livre para ter suas próprias ações, pensamentos e sentimentos..... e viver conforme seus próprios princípios. E por acaso a senhorita é a dona da verdade e detentora da sabedoria secular?

E você, minha cara... o que ganha com isso? Diga-me que se sente bem e feliz e eu lhe deixo em paz. Mas sei que não. Sei que esse seu jeito só lhe causa náusea, raiva, sofrimento, decepção - com os outros e consigo mesma. Então.... abandone os velhos padrões de comportamento. Essa sua religião não vai levar você a lugar nenhum. Liberte-se e vá viver livre. Deixe os outros livres também, para serem exatamente aquilo que querem. E não espere de ninguém mais do que aquilo que lhe oferecem de livre e espontânea vontade.....



The weight of my worries

 

 "A psychologist walked around a room while teaching stress management to an audience. As she raised a glass of water, everyone expected they'd be asked the "half empty or half full" question. Instead, with a smile on her face, she inquired: "How heavy is this glass of water?"

Answers called out ranged from 8 oz. to 20 oz.

She replied, "The absolute weight doesn't matter. It depends on how long I hold it. If I hold it for a minute, it's not a problem. If I hold it for an hour, I'll have an ache in my arm. If I hold it for a day, my arm will feel numb and paralyzed. In each case, the weight of the glass doesn't change, but the longer I hold it, the heavier it becomes." She continued, "The stresses and worries in life are like that glass of water. Think about them for a while and nothing happens. Think about them a bit longer and they begin to hurt. And if you think about them all day long, you will feel paralyzed – incapable of doing anything."

It’s important to remember to let go of your stresses. As early in the evening as you can, put all your burdens down. Don't carry them through the evening and into the night. Remember to put the glass down!"

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Cura

 


"A cura para tudo é sempre água salgada: o suor, as lágrimas ou o mar." Isak Dinesen


E quando se tem insônia?


"Às vezes, é preciso dormir, dormir muito. Não para fugir, mas para descansar a alma dos sentimentos. Quem nasceu com a sensibilidade exacerbada sabe o quão difícil é engolir a vida. Porque tudo, absolutamente tudo devora a gente."

- Marla de Queiroz.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A verdade dói, mas liberta


Take your time


A falta que faz.....

Por: Thais Wadhy



Lá estava ela, deitada no sofá a ler um livro qualquer. Não estava muito interessada, a leitura era uma espécie de passatempo para afastar o tédio e o cansaço que estava de si mesma e de seus pensamentos. Se pudesse, tiraria férias de sua subjetividade. Mas não podia; teria que se aguentar naqueles momentos de crise e de transformações. Então, utilizava de alguns artifícios, como a leitura.

Gostava de ler, principalmente livros que traziam algum tipo de reflexão sobre a vida, as pessoas, as formas de se relacionar com o mundo. Estes traziam pra ela nova perspectiva, era como um sopro de consciência. Mas não era o caso do que estava lendo. Não queria nada que provocasse ainda mais pensamentos e devanios. Queria tranquilidade, serenidade.

Era um dia preguiçoso, sem muitas expectativas. Um domingo morno, parado, o vento soprava tímido. O tempo parecia suspenso. Até que, em meio à leitura, o seu celular apita, avisando que uma mensagem havia chegado. Era ele: seu último amor, cujo término havia sido dolorido, triste, mal resolvido. A ruptura era um dos assuntos que ocupavam frequentemente seus pensamentos e lhe tiravam o sono. Nos últimos meses, vasculhava sua memória em busca do que havia feito de errado e em busca de respostas para a situação atual. O que havia acontecido com os dois? Por que...?

Com certo receio, pegou o celular e leu a mensagem; pensou se responderia. Eram frases banais, do dia-a-dia, nada de mais. Isso a deixou ainda mais intrigada, pois há tempos não tinham contato... e agora palavras assim, soltas? Será que já havia superado o trauma do término, que tudo já havia passado pra ele? Será que estava pronto para viver com ela uma amizade? ? Ela não sabia se estava pronta. Sentia a falta dele, mesmo que não assumisse com frequência, tentando sempre mudar o foco. Ficou olhando para o aparelho, lendo e relendo cada palavra escrita, tentando decifrar mistérios ocultos, encontrar recados nas entrelinhas. Nada.

Uma onda de melancolia invadiu seu coração. Tudo o que sentia veio à tona como um vulcão em erupção; uma avalanche de emoções que arrancaram qualquer barreira que ela porventura havia instalado em si mesma. Reviveu em sua mente por alguns momentos a relação acabada e sentiu em cada milímetro do corpo todas as misturas de sensações que lhe provocava; queria tanto poder falar com ele o quanto sentia pelo término.... Se imaginava dizendo....

Sinto falta dos seus beijos doces e apaixonados, da sua mão de longos dedos envolvendo a minha cintura por baixo da blusa; do toque despretensioso em minhas coxas; do seu cheiro envolvente ao me abraçar. Do jeito intenso de fazermos amor com o corpo e com a alma, das horas intermináveis de brincadeiras na cama. Das declarações de amor eterno e das trilhas sonoras que pareciam ter sido compostas pra gente. Da minha cabeça deitada em seu peito, do seu jeito sem graça de rir das minhas cutucadas. Dos planos, dos projetos, da vida a dois, dos desejos e sonhos. Do silêncio que tudo dizia entre nós, dos olhares confortantes e compreensivos, das longas e agradáveis conversas antes de dormir, do nosso jeito moleque e brincalhão. Da nossa maneira peculiar de trocar ideias, falar sobre a vida e compreender nosso lugar junto no universo. De poder ligar a qualquer hora do dia ou da noite para ouvir palavras de conforto e carinho. De ter com quem contar nas horas incertas e nos momentos de insegurança.  Do seu jeito de me envolver em seus braços e me apertar forte, das noites mal dormidas assistindo filmes e DVD's. Das contradições, que sempre me fizeram amadurecer e ser uma pessoa melhor a cada dia; aliás, sinto falta do seu jeito de me fazer querer ser uma pessoa melhor a cada dia. Do seu jeito carinhoso de falar comigo e das frases arrogantes ditas de brincadeira. Das mensagens fora de hora, das fotos trocadas, do seu sorriso e da sua gargalhada. Do seu jeito tímido e às vezes ranzinza, dos poucos momentos extrovertidos nos quais pouco lhe reconhecia. Das viagens e dos planos de viagens, de caminhar de mãos dadas. Do seu jeito peculiar de me acolher e confortar. Das experiências vividas, das recordações e do que poderia ter sido. Sinto falta até da saudade... que hoje nem é mais saudade, só ausência.....


E então, esgotada, chorou.




I do


E a vontade de conhecer o mundo está cada vez mais forte. Espírito livre. Quero conhecer o mundo, novas pessoas, coisas diferentes. Me redescobrir, conhecendo outros mundos e outras perspectivas. A vida é curta demais pra gente nascar e morrer no mesmo lugar.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Conversa de adulto



Por: Thais Wadhy




- Oi. Obrigada por vir.   Como é bom recebê-lo de novo em minha casa, adoro quando você me abraça desse jeito... tenho que ficar nas pontas dos pés para lhe alcançar, é prazeroso.... Como seu abraço é confortável e aconchegante! E seu cheiro... saudades do seu cheiro. Aff, já estou chorando.... Espere, não faça essa expressão, não me olhe com esse olhar de quem vai contar uma tragédia.... 

 - Obrigada por me convidar, a gente precisava mesmo conversar. Me dá um copo d’água?

- Água? Sim, claro, vou buscar!   Mas sente-se e fique quieto porque hoje tenho muita coisa para lhe falar... porque pensei tanto, tanto..... e me preparei para falar, porque eu nunca consigo dizer o que eu realmente quero em essência... sou sempre tão prática e atrapalhada.... digo umas coisas pensando em outras..... por isso gosto de escrever, porque consigo estruturar melhor as ideias e.... 

- Valeu. Legal as mudanças que fez por aqui.

- É...    Que bom que notou, algumas foram feitas pensando em você. Eu me sinto melhor quando mudo o ambiente de forma a refletir o que eu sinto e penso. Será que está triste demais? Coloquei enfeites coloridos para disfarçar... 
- Sua água!    mas... não vamos desviar, por favor... eu tenho tanta, tanta coisa para lhe dizer..... não sei por onde começo... *suspiro*....    

- Não sei por onde começo.

- Comece pelo essencial. O que você quer conversar?

- Senti sua falta. Queria conversar sobre a gente.

- Também senti. Pode falar....

- É que....     já não cabe dentro de mim tanto sentimento contido, não vivido, trancado. Incrível a capacidade dos sentimentos de nos sufocar; é como se eu estivesse imersa em águas turvas: não enxergo, me falta o ar ou mesmo um sopro de brisa. Perdi a leveza e a fluidez. É dura a dor de um amor não esgotado, um amor interrompido. O que restou dele está trancado dentro de mim e, apesar de sua pureza, já não serve para nada: “tornar o amor real é expulsá-lo de você para que ele possa ser de alguém...”. E já que não pode ser mais seu, o que EU vou fazer com ele? E o que fazer com aquilo que não foi vivido com intensidade e plenitude? O que fazer com o estoque de sonhos e desejos, com projetos não realizados, planos não concretizados? 

- Diga, estou esperando....

- Desculpe, estou organizando meus pensamentos para dizer.... bom....    Queria que fosse possível abandonar resquícios, os restos desse amor que um dia transbordou e foi maior que o mundo. Mas não, eles estão aqui guardados e não consigo deixá-los, porque são grandes e fortes demais para serem abandonados, ignorados, largados de lado. Eles ficam aqui dentro de mim, como uma vontade reprimida, um “pra sempre” que não quer acabar. É demais querer ser feliz? Não, não é apego, meu amor. Também não é a incapacidade de dar a volta por cima. Eu poderia. Mas é que, com o coração partido e o espírito derrotado, não tenho forças para seguir em frente sozinha, nem para fazer outros planos, porque para isso preciso repensar e reinventar toda a minha vida. Porque você ainda está em todos os planos que tenho, em todas as minhas vontades, desejos e aspirações. Você está em tudo o que eu sempre quis pra minha vida. Você é parte do sonho.... 

 - Vai ficar assim, em silêncio?

- Não, não... é que estou buscando uma forma de dizer o que sinto....

- Está com a expressão de angústia.

- Estou?   Não são os “se’s” que pesam, é a vida que parece não ter mais sentido se você não está lá, em tudo que vislumbro pro futuro. Você não é um acréscimo no plano da minha vida, você é o coração do plano. O que ser sem você estar lá? Ainda não sei desenhar essa perspectiva....Dizem que casa é onde o coração da gente está. Esse meu coração atrevido, que não sai de você, está me fazendo pagar caro demais pelo aluguel. Com você, ele se sente em paz, e eu me sinto plena e compreendida. Me sinto em equilíbrio comigo mesma e com o mundo. E agora você não está mais aqui.... Era pra ser uma história linda de final feliz, meu amor... como novela que, após os percalços, tudo se ajeita. Mas a vida não é ficção. Será que algumas pessoas não têm aptidão para tanta felicidade? 
 - Será que algumas pessoas não têm aptidão para tanta felicidade?

- Como assim? Está doida?

- Sei lá, a gente.... a gente era feliz. Eu sinto sua falta, sabe.

- Sei.... também sinto. Mas não estou entendendo aonde quer chegar.

 - Bom, como dizer isso?    Nosso amor era bonito, meu bem. Juntos éramos imbatíveis e tínhamos todos os sonhos do mundo. Alcançaríamos o paraíso trilhando juntos as estradas, de mãos dadas. E nem mesmo precisava de destino final, bastava o prazer de caminhar lado a lado. Viver cada dia com plenitude, amor e simplicidade. Viver a vida, isso fica martelando ainda na minha cabeça... viver a vida... viver a vida....
 - Viver a vida. A gente queria viver junto.... e agora estamos separados.

- Mas você não quis mais, disse que estava confusa e queria terminar.

 - Eu sei... mas eu sinto sua falta. Eu queria que a gente conversasse e buscasse uma saída. Eu não quero viver sem você....      Ah, meu amor, às vezes fecho os olhos e volto nessa época. O êxtase do encontro, do reencontro. Cada mensagem, cada palavra, cada encontro era pleno em si. O mundo poderia acabar que seríamos felizes... até que o que acabou mesmo foi o que tornava tudo mais colorido: nosso relacionamento. Quando foi que começamos a correr demais na estrada da vida? Quando foi que, confesso, não pude mais acompanhar seu ritmo; que soltamos nossas mãos e passamos a caminhar sozinhos, mesmo pertos um do outro? Quando foi que nos afastamos? 

- Eu sofri demais com tudo isso, você sabe. Muita água passou por debaixo da ponte....

- Eu sei, por isso te chamei pra você vir aqui e a gente conversar.... pra esclarecer alguns pontos. Eu errei com você, eu sei..... mas... foram as circunstâncias.... eu não sabia como agir e....     Eu me perdi. Eu, que sou racional e preciso sempre compreender as coisas e controlá-las, perdi o controle; fiquei confusa em meio a tantas mudanças. Surtei por não me permiti perder as rédeas e as estribeiras, ficar vulnerável e exposta; deveria entender que não há problema nisso quando temos alguém para nos amparar, como você sempre fez. Afinal, as relações também são para isso, não é? 
 - ...e pisei na bola.

- Olha, eu entendo, mas eu conheci outra pessoa.....

- É? *Suspiros*.   A vida prega peças na gente, meu amor. Achei que o mundo fosse parar para eu ajustar as idéias e consertar as feridas do coração. Mas ele não pára. A vida segue, ela urge. E então, você cansou de esperar por mim ao longo dos caminhos tortuosos e decidiu seguir por outra direção; optou por abandonar os planos e os projetos nos quais depositamos expectativas e vontades. Nada mais justo quando parecia que eu os havia abandonado primeiro.... Mas não, não foi abandono. Eu demorei, mas reencontrei novamente a trilha da minha vida, reencontrei aquela onde estão as coisas essenciais, especiais, bonitas e humanas; aquela na qual você estava, sempre esteve e da qual eu havia me desviado. Tarde demais? Parece que sim, porque você já não está mais nesse lugar, já tomou outro rumo.... 

 - Sim...

- E então, o que faremos? Vai continuar com essa pessoa que conheceu?     Me pergunto novamente, meu amor, o que faço com tudo que restou? O que fazer com o estoque de sonhos e desejos? Com projetos não realizados, planos não concretizados? O que fazer da minha vida se você permeia toda ela, não só no passado, mas principalmente no futuro? O que fazer se ainda não vislumbro um caminho no qual você não esteja? São infinitos os questionamentos. Há dias esperando por mim, eu sei, mas não os enxergo. Não os desejo, nem os almejo. A visão é turva e me sinto presa, incapaz de dar um passo a frente. Como se esperasse, em vão, o seu resgate. Digo “em vão” porque sei que nossas escolhas tem propósitos e consequências, e tenho a certeza de que tomou sua decisão ciente disso. Então, o que me resta? Não sei o que me resta.... 

- Acho que o que está feito, está feito. A decisão já foi tomada. É isso....

- Mas você não gosta mais de mim?   E tudo que vivemos? Você vai largar? E a nossa história, e os anos de cumplicidade e companheirismo? Não faça isso, meu amor, não faça isso... 

- Gosto, mas muita coisa mudou....

- Então cada um segue seu rumo?   Me questiono se devo lutar por você ou aceitar a mão cruel do destino. Sei que a nossa subjetividade é fluida e que tudo é questão de tempo. Que, em breve, provavelmente estaremos os dois em cantos distintos buscando construir a vida e a felicidade, talvez até mesmo nos moldes que um dia fizemos juntos... mas estaremos separados! Então essa alternativa é uma abstração que ainda não consigo conceber..... eu não quero....

- Sim, é o  melhor a fazer agora. A vida segue....

- Assim?   Disse que lhe faria confissões de adolescente e estamos mantendo essa civilizada conversa de adultos! E eu nem consegui escancarar meu coração! Queria dizer “eu assumo!”.... 

-*Suspiros*

- É, talvez você tenha razão....   Eu assumo que sofro absolutamente por não ter você ao meu lado. Isso é muito juvenil? Sofrer assim? Sofro por não me recuperado antes de tanta tragédia emocional e por você não ter tido um pouco mais de paciência para me esperar; sofro pelos encontros e desencontros, pelas palavras não ditas nos momentos certos (e foram muitas) e por não ter me permito ser adolescente antes, quando ainda estava em tempo. Não quero abrir mão de você, espere.... 

 - Bom, vou indo. Boa noite....

- Já?    Espere, meu amor, não vá. Quero lhe dizer tanta coisa.... eu queria falar tudo que ainda está preso aqui dentro e ouvir tudo o que você pensa e sente sobre isso tudo... se abra comigo! Conte-me suas mágoas, seus receios, suas angústias. Fique, vamos tentar reconstruir o que se perdeu. Não vá... por favor, não vá.

- Sim, acho que já dissemos tudo. Você está calada hoje. A não ser que tenha algo mais a dizer....

- Bom, acho que......    Calada? Como, calada? Por dentro, grito sentimentos e emoções. Mas tem um nó na garganta que me impede de falar. Ah, meu amor, espero que você esteja feliz, que tenha valido a pena mudar de percurso. Ou espero que, se não, reconheça e também procure outros caminhos, procure se reinventar. Quem sabe nessas buscas a gente não se encontra novamente? O mundo dá voltas.... e eu te quero tanto! Será que você ainda gosta de mim? Será que deixou de me amar? Queria tanto um abraço seu, um beijo....fique mais um pouco e eu vou dizer tudo que está na minha cabeça e no meu coração, prometo....
- .... acho que não....  Acho que dissemos tudo....

- Fique bem.

- Boa noite e cuide-se.    Meu amor....

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Estado de espírito

Sobre o livro "A conspiração franciscana"


O livro de John Sack é cansativo e, apesar de algumas passagens interessantes, não chega a ser bom. Parece uma cópia do estilo Dan Brown (Código da Vinci, Anjos e Demônios), mas não com a mesma capacidade de prender o leitor ou de provocar reflexões acerca do tema.

Em alguns trechos, o autor me ganhou pela forma como descreveu as cenas, transmitindo emoção. Em outras, foi detalhista e enfadonho. E acho que cenas primordiais faltaram uma descrição mais tocante.

Enfim.... um livro longo que se torna ainda mais longo no decorrer da leitura. De 1 a 5, nota 2.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Sobre o livro "Feliz por nada"


O livro é fácil de ler, suave. Em duas noites, antes de dormir, consegui finalizá-lo. Por essa mesma razão, não acrescenta tanto.... e acredito que é esse o propósito: por ser um livro de crônicas, não tem a intenção de ser intenso e profundo, nem mesmo de causar um rebuliço em nossos princípios e pensamentos.

Eu não gostei tanto; prefiro aqueles escritos que mexem comigo e que me fazem ter outra perspectivas acerca do mundo. Martha apresenta seus olhares sobre as situações cotidianas, sem aprofundar tanto, sem querer transformar a nossa. É leve e não tem nenhuma pretensão; e talvez seja por essa razão que eu tenha conseguido chegar até o final: porque é despretensioso. Não gosto de textos que se superestimam.

Martha escreve com a delicadeza, a inteligência e a leveza que lhe são peculiares. Gosto dela, gosto do jeito que ela escreve. Gosto de sua visão sobre a vida, as situações e as pessoas (mesmo que discorde em alguns pontos). Mas, no caso de "Feliz por nada", preferiria ler cada texto em uma página de jornal, por exemplo. Como alguém que apresenta sua opinão (de forma clara e brilhante) sobre os fatos. E não todas reunidas num livro. Acabou se tornando um livro em que  título fala mais do que os próprios textos.

Em algumas crônicas, senti certa arrogância da autora. Excesso de segurança e autoestima? Não sei, mas pra mim isso teve seu lado bom: pude sentir em cada linha a personalidade dela e quase a ouvi falar. Deu credibilidade ao texto, confiança. Acabei achando graça do jeito pretensioso.

Nota de 1 a 5 para o livro? 3. Nota para Martha? 5, sempre.




terça-feira, 15 de janeiro de 2013

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

26 Lições que gostaria que minha filha aprendesse sobre relacionamentos

 Pessoal, li e achei muito interessante, resolvi compartilhar. O original está aqui, ó: 

http://www.casalsemvergonha.com.br/2012/05/04/25-licoes-que-eu-gostaria-que-minha-filha-aprendesse-sobre-relacionamentos/.




Se as pessoas soubessem como cada palavra dita a uma criança se calcifica naquela alma em desenvolvimento, parariam de falar tanta besteira. As meninas, principalmente, acabam crescendo ouvindo que homem não presta, que se explorar sua sexualidade vai ser vista como puta, que só existe homem cafajeste no mundo, entre outras barbaridades.

Pensando nisso, e sem querer entrar no mérito da criação dos filhos, comecei a pensar quais conselhos daria para minha filha sobre homens e sobre relacionamentos, caso viesse a ter um algum dia. Se eles seriam bons e eficientes, só daria pra saber colocando em prova. Mas essa lista acaba servindo também pra meninas crescidas que viraram mulheres, aquelas que deixaram de acreditar no amor por causa de ensinamentos malucos que tiveram que aprender na infância.

Leia e se gostar, anote, pra sua filha ou quem sabe pra você. Pode ser mais útil do que você imagina:

  1. No mundo há sombra e há luz. Há o podre e o maduro. O bonito e o feio. A escolha vai ser sempre sua.
  2. Você nunca vai encontrar um homem legal pra sua vida se não faz ideia de quem está procurando. 
  3. Use mais vestidos. Eles te deixam linda. 
  4. Nunca beije alguém que não consegue te olhar nos olhos. 
  5. O problema não está em quantos meninos você beija. Está na quantidade de pessoas que ficam sabendo disso. 
  6. Sabe aquele menino mais bonito da festa? O mais popular? Aquele que as meninas pagam um pau? Fuja dele. Alguém que só se garante pelo externo, jamais terá algo bonito internamente pra te oferecer. 
  7. Aliás, seja gentil com aquele menino feio e desengonçado que revelou gostar de você. Nunca, jamais, seja irresponsável com o sentimento de outra pessoa. 
  8. Se você não dá conta, não provoque. 
  9. Decotes exagerados e saias curtas funcionam pra quem não tem mais nada pra mostrar além do corpo. Tenho certeza que esse não é o seu caso. 
  10. Diga sempre o que sente, mesmo que riam de você. Somente as pessoas estúpidas não sabem valorizar a sinceridade. 
  11. Nunca gaste tempo com um amor mal-correspondido. Aliás, se afaste de qualquer coisa que tenha a palavra “mal” no nome. 
  12. Você vai sofrer por amor. É inevitável. Sofra, chore, aprenda com a dor e se levante depressa. Só sofre demais por alguém quem não tem amor próprio. 
  13. Por falar nisso, ame-se muito. Você vai ter que passar o resto da sua vida na sua companhia, então é melhor começar a resolver quaisquer problemas que tenha com a sua pessoa. 
  14. Não seja ciumenta e não aceite que sejam com você. Ciúme é coisa de gente egoísta. 
  15. Meninos bonitos demais atraem concorrentes demais. Seja esperta – procure pela beleza interior (e não acredite em quem te disser que isso é bobagem).
  16. Nunca dê um presente sem um cartão com algo escrito por você. Essa é uma oportunidade única de soltar aquelas palavras que travam na garganta.
  17. Tenha camisinha na sua bolsa. Não confie na responsabilidade masculina.
  18. Não gaste tempo demais com unhas e cabelo. Um dia você vai aprender que há milhares de coisas mais importantes nas quais depositar seu tempo. 
  19. Não cultive amor por buquê de flores. Elas morreram pra enfeitar seu quarto. Ensine seus amores que, se forem te presentear com flores, que elas estejam num vaso. 
  20. Use seu cérebro pra pensar - ele não tem esse tamanho todo à toa. 
  21. Confie nas pessoas até que elas te dêem motivos para deixar de confiar. Quando isso acontecer, se afaste pra sempre. 
  22. Não volte para um amor antigo. É como um livro que você já leu e já conhece o final. 
  23. Seja direta com homens – eles são péssimos com indiretas. 
  24. Convide-o pra assistir um por-do-sol com você. Se ele não achar nada demais nisso, fuja. 
  25. Não peça conselhos para amigas com vidas amorosas catastróficas. Na dúvida, se tranque no quarto até encontrar as respostas. 
  26. Aliás, não escute conselhos de meros mortais – inclusive os meus. Todas as respostas que você precisa estão dentro de você. Se achar difícil, desligue o iPhone e a TV que elas surgirão.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Você



"(...) quando descobri que é sempre só você que me entende do início ao fim....
E é só você que tem a cura pro meu vício de insistir nessa saudade que eu sinto
de tudo que eu ainda não vi..."