Tudo o que acontece conosco traz a semente da transformação. Se acontece uma vez, refletimos. Se acontece mais de uma vez, aprendemos. Como as crianças: ao longo da vida vão assimilando aprendizados com exemplos, repetições, reforços; nunca "de primeira".
Ainda que, em relação às crianças, estejamos mais maduros para absorver e aprender... e ainda que possamos contar com uma bagagem maior - a qual podemos fuçar para encontrar mais elementos para nossas decisões e pensamentos - muitas vezes insistimos no mesmo erro, repetimos padrões... até verificarmos que determinada (re)ação não funciona - ou funciona melhor - e, então, mudamos. Quase nunca mudamos logo "de cara": as experiências repetidas é que nos fazem amadurecer e nos transformam.
Olhando hoje pra mim e também para as pessoas que as quais convivo, vejo gente diferente. "Você mudou, você não era assim", alguns dizem com pesar. Eu, digo com alegria. O processo constante de evolução exige mudanças, ainda bem. Algumas vezes, dolorosas, mas nem sempre; não aprendemos só na dor, ela não é requisito necessário. Experiências incríveis e alegres têm muito a nos ensinar, basta estarmos abertos, atentos.
Eu mudo, tu mudas, ele muda, nós mudamos, vós mudais, eles mudam. Alguns com mais rapidez, outros com menos. Mas a dialética da vida e o tempo são implacáveis: provocam mudanças dentro e fora da gente. Sábios aqueles que lidam melhor com isso, que conseguem absorver a vida e suas lições para se tornarem pessoas melhores, mais humanas e brandas. Que aprendem a viver plenamente, a serem menos egoísta, a construirem relações baseadas no amor e na generosidade, a compreenderem e respeitarem o outro (ainda que exerçam a individualidade).
Ah, como a vida em sociedade poderia ser mais fácil se cada um fizesse de si um exemplo a ser seguido!
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