"Toda mudança cobra um alto preço emocional. Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza. Mas então chega o depois da coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face. Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna. Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho. Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar. Olhe-se no espelho…" (Lya Luft)
sábado, 20 de dezembro de 2014
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
Resignificar
Silêncio e reclusão são, muitas vezes, fundamentais. Só assim entramos em contato com nosso íntimo para então, repensar e resignificar a nossa vida, nossos sonhos e desejos.
Mas tão importante quanto entrar no casulo e renovar-se, é sair dele para ser borboleta. Pulsar diante do desejo, ter forças para mudar, ser outra pessoa e seguir outros caminhos. Desapegar e saber perder também fazem parte do processo, porque para cada escolha, há uma renúncia! Então... coragem!
"Choramos a perda de outras pessoas. Mas vamos chorar também a perda de nós mesmos - das antigas definições das quais nossa imagem dependia. Os fatos da nossa história pessoal nos redefinem. O modo pelo qual os outros nos veêm nos redefinem. E em vários pontos de nossa vida teremos de abandonar a auto imagem antiga para seguir em frente."
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Hello, vida
Hoje estive pensando, refletindo sobre minhas atitudes, escolhas e sentimentos. O mundo dá tantas voltas! Ainda bem que estou atenta para perceber o seu movimento.
Não tenho a pretensão de ser o centro do universo, mas com certeza estou no centro da minha existência e quero perceber meu lugar aqui. Ter consciência de qual lugar ocupo no planeta e na vida das pessoas.
Ah, as pessoas.... sou tão grata por ter gente tão especial perto de mim! Grata por convivências que me ajudam a enxergar a vida sob perspectivas diferentes e, consequentemente, a ampliar o meu olhar sobre o mundo e sobre mim mesma. Grata quando construo laços de afeto e amizade que valem a pena. Grata pelas experiências de exercício pleno da liberdade em suas diversas esferas: sexual, emocional, racional, as quais me ajudam a crescer e evoluir.
Energias, movimentos, idéias, é bom demais dividi-los! São experiências como essas que dão sentido à vida e a fazem ser plena. “Ver o mundo. Encontrar o outro. Sentir. Esse é o propósito da vida”. Nas palavras de Alexander Supertramp (Into the Wild): “happiness is only real when shared”. É sempre bom compartilhar vivências que “somam” e “acrescentam”, independente da forma (de amor, de amizade ou qualquer outra coisa). Isso me ajuda a perceber de forma ainda mais clara que realmente não é possível viver numa caixa, por maior que ela seja. Preciso de mais: de tudo o que o mundo pode oferecer.
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Física da Procura
“No final, eu acabei acreditando em uma coisa que eu chamo de 'física da procura'. A força 'in natura' governada por leis tão verdadeiras quanto às leis da gravidade. A regra da física da procura é mais ou menos assim:
'Se você for corajoso o bastante para deixar tudo para trás que é familiar e cômodo, que pode ser qualquer coisa desde a sua casa até a amargura de antigos ressentimentos, e planejar uma viagem de busca verdadeira tanto externa quanto interna... E se você estiver realmente disposto a considerar tudo o que acontecer com você nessa viagem como uma pista... E se você aceitar todos os que encontrar ao longo desse caminho como professores... E se estiver preparado acima de tudo a enfrentar e perdoar algumas realidades bem difíceis sobre si mesmo... A verdade não será negada a você.'"
(Liz Gilbert)
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Coragem
CORAGEM!
"Mais vale errar, se arrebentando, do que poupar-se para nada.
O único clamor da vida é por mais vida, bem vivida."
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Vai ser livre!
Vai sem direção, vai ser livre
A tristeza não, não resiste
Solte seus cabelos ao vento, não olhe pra trás
Ouça o barulhinho que o tempo no seu peito faz...
Faça sua dor dançar,
Atenção para escutar esse movimento que trás paz
Cada folha que cair, cada nuvem que passar
Ouve a terra respirar pelas portas e janelas das casas
Atenção para escutar o que você quer saber de verdade!
A tristeza não, não resiste
Solte seus cabelos ao vento, não olhe pra trás
Ouça o barulhinho que o tempo no seu peito faz...
Faça sua dor dançar,
Atenção para escutar esse movimento que trás paz
Cada folha que cair, cada nuvem que passar
Ouve a terra respirar pelas portas e janelas das casas
Atenção para escutar o que você quer saber de verdade!
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Tudo passa
Uma vez li um texto que dizia:
"O amor é doce, mas quando ele se vai (...) não existe sabor mais amargo ou dor mais profunda. Parece que nunca vai passar, que a dor nunca cessa. Até que a gente aprende que tudo faz parte de um ciclo."
Entender essas fases da vida talvez faça com que a angústia fique mais suportável; ou então que fiquemos mais fortes por causa do tal "impulso vital", que Caio Fernando Abreu descreveu: "Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca"."
A questão é que não importa o qual conscientes estamos sobre o ciclo do fim de uma relação: temos que lidar com todas as etapas, do começo ao fim. Juntar os cacos do coração, aceitar a dor, lidar com a tristeza, recompor-se.
Diria que a primeira etapa é aquela das insônias, em que a gente passa o filme da relação e dos diálogos na cabeça, procurando erros e acertos. Ficamos com raiva, nos sentimos culpados... pouca coisa faz sentido. Cansados, passamos para a fase dos sonos pesados, que acordamos ainda com a sensação de não termos dormido nada.
Cafés amargos para acordar e enfrentar o dia, ou uma corrida matinal para ativar as endorfinas. Trabalho, muito trabalho. Aí a gente chega em casa e bate o vazio, a saudade, a raiva e a vontade de ligar... de perguntar se a pessoa já tem alguém. "Tenho certeza que sim", pensamos. Dói.
Tem a etapa de introspecção: lemos livros, escutamos música, queremos ficar e ficamos mais sozinhos. Sair e conhecer pessoas é a última coisa que queremos fazer, porque ninguém parece ser tão interessante, ninguém parece mexer com a gente da mesma forma. Até que a gente se rende (por "impulso vital" ou por pressão) e começa a sair com os amigos, conhecer pessoas, compartilhar sorrisos. Não é que faz bem?
É durante esses momentos que entendemos melhor o sentido de "nada como um dia após o outro", principalmente se esses dias forem cheios de vida e cheios daquilo que nos faz bem. A dor começa a ficar menor. E, aos poucos, a gente vai se permitindo. Até que a gente começa a entender a relação como parte do passado. E nos libertamos, enfim.
Não há como fugir da dor; ela é inevitável. Não há como não sentir angústia ou tristeza, a não ser que não tenha amado de fato. Tudo isso faz parte. Enfrentar essas etapas nos permite ficar inteiros novamente para começar de novo, para acreditar de novo. E se fosse pra dar um conselho, diria: concentre-se em si mesmo. Construa-se, compreenda-se, faça as coisas que enchem seu coração de alegria. Se não sabe o que te alegra, olhe pra dentro e procure se conhecer melhor. Isso é um poderoso remédio. Ah, e atividades físicas. Se as pessoas soubessem o poder que elas têm de nos deixar melhor, mais confiantes e felizes......
"O amor é doce, mas quando ele se vai (...) não existe sabor mais amargo ou dor mais profunda. Parece que nunca vai passar, que a dor nunca cessa. Até que a gente aprende que tudo faz parte de um ciclo."
Entender essas fases da vida talvez faça com que a angústia fique mais suportável; ou então que fiquemos mais fortes por causa do tal "impulso vital", que Caio Fernando Abreu descreveu: "Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca"."
A questão é que não importa o qual conscientes estamos sobre o ciclo do fim de uma relação: temos que lidar com todas as etapas, do começo ao fim. Juntar os cacos do coração, aceitar a dor, lidar com a tristeza, recompor-se.
Diria que a primeira etapa é aquela das insônias, em que a gente passa o filme da relação e dos diálogos na cabeça, procurando erros e acertos. Ficamos com raiva, nos sentimos culpados... pouca coisa faz sentido. Cansados, passamos para a fase dos sonos pesados, que acordamos ainda com a sensação de não termos dormido nada.
Cafés amargos para acordar e enfrentar o dia, ou uma corrida matinal para ativar as endorfinas. Trabalho, muito trabalho. Aí a gente chega em casa e bate o vazio, a saudade, a raiva e a vontade de ligar... de perguntar se a pessoa já tem alguém. "Tenho certeza que sim", pensamos. Dói.
Tem a etapa de introspecção: lemos livros, escutamos música, queremos ficar e ficamos mais sozinhos. Sair e conhecer pessoas é a última coisa que queremos fazer, porque ninguém parece ser tão interessante, ninguém parece mexer com a gente da mesma forma. Até que a gente se rende (por "impulso vital" ou por pressão) e começa a sair com os amigos, conhecer pessoas, compartilhar sorrisos. Não é que faz bem?
É durante esses momentos que entendemos melhor o sentido de "nada como um dia após o outro", principalmente se esses dias forem cheios de vida e cheios daquilo que nos faz bem. A dor começa a ficar menor. E, aos poucos, a gente vai se permitindo. Até que a gente começa a entender a relação como parte do passado. E nos libertamos, enfim.
Não há como fugir da dor; ela é inevitável. Não há como não sentir angústia ou tristeza, a não ser que não tenha amado de fato. Tudo isso faz parte. Enfrentar essas etapas nos permite ficar inteiros novamente para começar de novo, para acreditar de novo. E se fosse pra dar um conselho, diria: concentre-se em si mesmo. Construa-se, compreenda-se, faça as coisas que enchem seu coração de alegria. Se não sabe o que te alegra, olhe pra dentro e procure se conhecer melhor. Isso é um poderoso remédio. Ah, e atividades físicas. Se as pessoas soubessem o poder que elas têm de nos deixar melhor, mais confiantes e felizes......
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Com amor....
Querido D.,
Tenho pensado em você mais do que o habitual. Quantas saudades sinto de nós dois! Sinto falta do seu carinho, da sua amizade, do seu companheirismo, do seu humor duvidoso, do jeito que me toca. De seus cheiros e sabores. Sinto falta do que eu sou quando estou ao seu lado, do nosso estilo de vida, das coisas simples da vida - que fazem muito mais sentido pra gente.
Longe de você me sinto metade. Não me entenda mal, não sou dependente emocionalmente e nem espero que você me complete. Você me conhece bem e sabe que sou mulher forte, inteira, resolvida e independente. Mas o que acontece é algo um tanto quanto complicado: longe de você não sou tão eu e nem tão cheia de mim. Falta preencher aquele cantinho reservado para as emoções mais puras e autênticas.
Longe de você a vida é agradável, mas não é plena. Falta sentir a alegria quase sufocante que transborda de mim em sorrisos e brincadeiras; a vontade de crescer, evoluir e ser sempre uma pessoa melhor. Olha, isso é muito importante: com você, sou uma pessoa melhor, sou o melhor que posso ser, ainda que não seja perfeita. E, apesar das brigas eventuais e das desavenças, com você tudo é mais gostoso. "As coisas lindas são mais lindas quando você está...".
Às vezes me questiono: é normal sentir isso? Vou sentir isso novamente por outra pessoa? Poxa... se isso for único e especial (!!!), é doloroso pensar que deixei passar; que deixei você passar. Afinal, qual o sentido da vida se não for compartilhar com quem se ama as pequenas doses diárias de alegria, os momentos de leveza e plenitude, as risadas e as filosofias "de boteco"? Sou amante das coisas simples da vida.... e isso tenho com você. É assim que me sinto realizada e feliz!
Uma vez ou outra penso que a vida é injusta. Mas depois varro esse pensamento da cabeça, porque detesto me fazer de vítima. Então concluo: injustos somos nós.... somos injustos com a gente mesmo, com os outros, com a vida. Muitas vezes boicotamos a nossa própria felicidade, você não acha? Tudo em nome da razão.... (uma razão burra, diga-se de passagem).
D., sinto sua falta. "Cadê você? Que solidão... Esquecera de mim?".
Com amor,
Sua Gatinha.
Tenho pensado em você mais do que o habitual. Quantas saudades sinto de nós dois! Sinto falta do seu carinho, da sua amizade, do seu companheirismo, do seu humor duvidoso, do jeito que me toca. De seus cheiros e sabores. Sinto falta do que eu sou quando estou ao seu lado, do nosso estilo de vida, das coisas simples da vida - que fazem muito mais sentido pra gente.
Longe de você me sinto metade. Não me entenda mal, não sou dependente emocionalmente e nem espero que você me complete. Você me conhece bem e sabe que sou mulher forte, inteira, resolvida e independente. Mas o que acontece é algo um tanto quanto complicado: longe de você não sou tão eu e nem tão cheia de mim. Falta preencher aquele cantinho reservado para as emoções mais puras e autênticas.
Longe de você a vida é agradável, mas não é plena. Falta sentir a alegria quase sufocante que transborda de mim em sorrisos e brincadeiras; a vontade de crescer, evoluir e ser sempre uma pessoa melhor. Olha, isso é muito importante: com você, sou uma pessoa melhor, sou o melhor que posso ser, ainda que não seja perfeita. E, apesar das brigas eventuais e das desavenças, com você tudo é mais gostoso. "As coisas lindas são mais lindas quando você está...".
Às vezes me questiono: é normal sentir isso? Vou sentir isso novamente por outra pessoa? Poxa... se isso for único e especial (!!!), é doloroso pensar que deixei passar; que deixei você passar. Afinal, qual o sentido da vida se não for compartilhar com quem se ama as pequenas doses diárias de alegria, os momentos de leveza e plenitude, as risadas e as filosofias "de boteco"? Sou amante das coisas simples da vida.... e isso tenho com você. É assim que me sinto realizada e feliz!
Uma vez ou outra penso que a vida é injusta. Mas depois varro esse pensamento da cabeça, porque detesto me fazer de vítima. Então concluo: injustos somos nós.... somos injustos com a gente mesmo, com os outros, com a vida. Muitas vezes boicotamos a nossa própria felicidade, você não acha? Tudo em nome da razão.... (uma razão burra, diga-se de passagem).
D., sinto sua falta. "Cadê você? Que solidão... Esquecera de mim?".
Com amor,
Sua Gatinha.
terça-feira, 30 de setembro de 2014
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Visita constante....
Algumas vezes, a Mudança chega de mansinho lá em casa. Enquanto preparo o café, ela se senta à mesa e espera. Ficamos em silêncio até eu me dar conta de que já não tenho mais manteiga na geladeira. "Não tem manteiga?", ela questiona. "Não.". Antigos hábitos que se foram. Depois ela também sai de fininho, da mesma forma que veio. Deixa sempre uma lembrança e a certeza de que vai voltar.
Mas nem sempre a presença dela é assim, tão calma e singela. Já entrou batendo as portas da casa e do coração. Nessas circunstâncias, esbravejei e gritei palavras absurdas como "sempre" e "nunca". Ela então se vira pra mim com expressão firme e, ao mesmo tempo, fraternal. "Dói, mas é necessário", ela diz com o olhar. E arremata: "eu avisei que voltaria...".
A Mudança já me encontrou por acaso em alguns lugares especiais. Assim, despretensiosamente. Esses são os melhores encontros, leves e agradáveis. É quando me dou conta do quanto gosto de sua companhia. Então até faço a ela convites informais: "Venha, chegue mais!" E ela vem, mesmo que já a tenha rejeitado em outras ocasiões. A Mudança não é orgulhosa. E ela sabe que é muito melhor chegar quando é convidada!
Mudança esteve aqui nos últimos dias. Acho que, por temer que não fosse recebê-la de braços abertos (já que esse ano ela me visitou em demasia), disfarçou-se de acaso e até de angústia. Quando percebi que era ela, encarei-a por alguns minutos e franzi a testa. Não gostei da atitude. Forcei um sorriso sem graça e ameacei virar as costas. Foi então que a Lucidez, que não encontrava há algumas semanas, chegou de repente e, vendo a situação, falou baixinho umas palavras em meu ouvido. Sorri, agradeci. Abracei a Mudança fortemente, com lágrimas nos olhos. Lucidez juntou-se pra formar um abraço triplo, que dura até hoje. Obrigada, minhas amigas!
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Pico da Bandeira
Foi mais um final de semana em meio a tantas belezas e... alegrias compartilhadas. Aqui, cabe ressaltar a importância do compartilhar. Toda vez que estou em um lugar muito bonito ou extraordinário, gosto de ficar um pouco sozinha, contemplativa. Observo, deixo o ambiente me emocionar, sinto cada minuto com uma intensidade tão absurda que parece que parei no tempo; penso, reflito, entro para dentro de mim. Depois, quando já absorvi tudo aquilo que está ao meu redor, bate em mim uma forte necessidade de poder compartilhar com aqueles que amo toda a magia daquele momento. Por isso, gosto muito de ir a esses lugares com pessoas queridas e com quem tenho afinidades: vira uma troca de experiências enriquecedora, que me alegra infinitamente. Por isso ressaltei: "alegrias compartilhadas"... Foi um elemento fundamental.
Bom, voltando.... Lugar especial, pessoas especiais. Quer combinação mais rica? Sinto que somo mais vida em meus dias a cada expediência como esta... multiplicando felicidades! Claro que há momentos de tristeza, raiva, angústia, solidão, desespero - os quais são importantes, porque me ajudam a amadurecer, a valorizar o bom e lidar melhor com os percalços. Ótima receita pro equilíbrio, algo que almejo.
Sou otimista, positiva e, ainda assim, me surpreendo com frequência com situações e pessoas - no bom sentido. Há os que dizem que o otimista se decepciona mais porque espera sempre o melhor e "a vida é dura, minha cara". Então, penso que devo ser mesmo privilegiada: minha vida é dura, mas é uma delícia! E viver intensamente, plenamente e de forma verdadeira é uma dádiva. E confesso: não tenho vivido essas decepções sobre as quais tanto me alertam. Minhas surpresas, na grande maioria das vezes, são gostosas demais!
Quando fui convidada pra subir de novo o Pico da Bandeira para ver o sol nascer, coisa que não consegui fazer da outra vez que estive lá (em fevereiro), pensei:
- Amo mato, adoro fazer trekking e montanhismo. Qualquer convite para curtir a natureza é bem vindo e sempre imagino que será incrível.
- O convite veio de uma pessoa que gosto muito e, mesmo não conhecendo bem o grupo, imaginei que fossem pessoas legais, já que eram muito queridas por essa minha amiga.
- A pessoa que eu mais queria que fosse (Douglas, companheiro e parceiro não só para as coisas de mato) topou ir conosco.
- Estava doida pra ver o sol nascer no Pico da Bandeira.
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Lutas e batalhas
Há guerras duras e lutas sangrentas ao longo da vida
e a cada dia matamos muito mais do que um leão.
Nadamos contra a correnteza,
atravessamos rios,
contornamos abismos,
sobrevivemos a tempestades,
escalamos os obstáculos e os muros que nos impedem de seguir em frente!
Enfrentamos com coragem fortes inimigos:
O tempo, os medos, os baldes de água fria.
Alguns deles, aparecem em pele de cordeiro;
em forma de promessas de um futuro perfeito!
"Dê-me seu esforço e seu tempo e lhe darei dinheiro!
E, claro, uma dose de entretenimento!
Se não bastar, dou-lhe entorpecentes: drogas, futebol, religião!
Assim, você se esquece aquilo que te move..."
Sim, matamos mais do que um leão por dia...
mas nessas batalhas, fiquemos atentos
para que entre tantos alvos e tantos objetivos,
não matemos nossos sonhos....
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
I know.... this is goodbye
I've got our love to remember
that will never change
I have you in my head
And no, I'll never hold you
And I'm still asking why
I guess that this is goodbye
My dreams suddenly seems so empty
I can go it on my own
Though I feel like playin' the end
And for what feels like the first time
I don't know where you are tonight
I guess that this is goodbye
We lived half our lives together
Cloud full of tears it's a lot of weight to bear
And the sun, it may be shining
But there's an ocean in my eyes
'Cause I know that this is goodbye
I'll know that this means goodbye
that will never change
I have you in my head
And no, I'll never hold you
And I'm still asking why
I guess that this is goodbye
My dreams suddenly seems so empty
I can go it on my own
Though I feel like playin' the end
And for what feels like the first time
I don't know where you are tonight
I guess that this is goodbye
We lived half our lives together
Cloud full of tears it's a lot of weight to bear
And the sun, it may be shining
But there's an ocean in my eyes
'Cause I know that this is goodbye
I'll know that this means goodbye
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Última gota
Mais uma vez, dei uma sumida do blog. Não sei se é a vida cotidiana que atropela ou se são as parafernálias digitais que nos distraem do que é realmente importante. O tempo não se torna mais curto, nós é que nos distraímos facilmente com tanto engodo.
Bom, mas não posso me queixar do tempo, ou da falta dele. Sempre me organizo para viver tudo o que considero essencial. O sumiço, portanto, foi causado por outros fatores. A verdade é que procurei não dar brechas pra aflorar sentimentos que se acumulavam dentro de mim. Sabe como é, né? Escrever requer uma abertura das portas da percepção e do coração. E tinha tanta coisa acontecendo no campo das emoções (e fora dele) que achei melhor deixar tudo guardadinho, intocado, até que eu tivesse um tempo para pensar, refletir e processar elementos tão paradoxais. Ah, essa enxurrada de pensamentos que pendem para um lado e para o outro! Sem saber como lidar, engato a primeira e vou, devagar, atropelando as coisa e tentando me convencer de escolhas nem sempre acertadas.
Gostaria de lidar melhor com as emoções. Eu não economizo em senti-las, mas nem sempre sei o que fazer com o que sinto. Depois de me entorpecer por sentimentos intensos de todos os tipos, vem aquela forte vontade de racionalizar, de entender e, por fim, controlar o incontrolável. Por que não viver intensamente até o último pulsar do coração, custe o que custar? Tudo tem seu preço, suas consequências. Acho que considero certos custos altos demais....
Comigo é assim: a razão tenta colocar ordem na casa, buscando a calma, a serenidade e a maturidade. Mas pouco a pouco os sentimentos vão se acumulando. Não é preciso tempestade e furacão para provocar uma explosão incontrolável das emoções. Sem uma maneira de sair ou extravasar, gota a gota os sentimentos acabam vindo à tona e simplesmente transbordam.
Hoje transbordo por todos os lados e de todas as formas. Aqueles dias em que a gente está à flor da pele.
Bom, mas não posso me queixar do tempo, ou da falta dele. Sempre me organizo para viver tudo o que considero essencial. O sumiço, portanto, foi causado por outros fatores. A verdade é que procurei não dar brechas pra aflorar sentimentos que se acumulavam dentro de mim. Sabe como é, né? Escrever requer uma abertura das portas da percepção e do coração. E tinha tanta coisa acontecendo no campo das emoções (e fora dele) que achei melhor deixar tudo guardadinho, intocado, até que eu tivesse um tempo para pensar, refletir e processar elementos tão paradoxais. Ah, essa enxurrada de pensamentos que pendem para um lado e para o outro! Sem saber como lidar, engato a primeira e vou, devagar, atropelando as coisa e tentando me convencer de escolhas nem sempre acertadas.
Gostaria de lidar melhor com as emoções. Eu não economizo em senti-las, mas nem sempre sei o que fazer com o que sinto. Depois de me entorpecer por sentimentos intensos de todos os tipos, vem aquela forte vontade de racionalizar, de entender e, por fim, controlar o incontrolável. Por que não viver intensamente até o último pulsar do coração, custe o que custar? Tudo tem seu preço, suas consequências. Acho que considero certos custos altos demais....
Comigo é assim: a razão tenta colocar ordem na casa, buscando a calma, a serenidade e a maturidade. Mas pouco a pouco os sentimentos vão se acumulando. Não é preciso tempestade e furacão para provocar uma explosão incontrolável das emoções. Sem uma maneira de sair ou extravasar, gota a gota os sentimentos acabam vindo à tona e simplesmente transbordam.
Hoje transbordo por todos os lados e de todas as formas. Aqueles dias em que a gente está à flor da pele.
domingo, 18 de maio de 2014
Eu ando pelo mundo prestando atenção....
Quando preguiçosamente abro os olhos pela manhã, não é a só a luz do sol que me desperta para mais um dia de alegria: é a consciência. Mesmo depois de lindos sonhos, pesadelos pavorosos, de sono profundo ou mesmo de uma noite mal dormida, acordar é despertar. Não há espaço para mal humor. Em segundos, uma energia me preenche e sinto que vou transbordar de felicidade. Não há nada especial, não há ocasiões e nem eventos; é só o meu coração se enchendo de vida!
Estou viva, me sinto viva! O que pulsa dentro de mim é tão poderoso que não permite que permaneça quieta: me empurra da cama pra vida. Mentalmente, faço planos e fico entusiasmada com tantas possibilidades que vislumbro: posso ser tudo aquilo que eu quiser. Esse idéia é clara como a luz do sol. E nesse momento a liberdade repousa em meu ombro, leve como pluma. Sorrio. Bom dia!
Sim, tenho problemas; tenho angústias que me sufocam e medos que paralisam. Mas há coisas mais poderosas do que isso. Existe a força e a coragem do leão que vive dentro de mim; nas horas que se sente ameaçado, ele ruge alto, sacode a juba, mostra as garras e os dentes e enfrenta o desafio. E existe o amor... um amor que vibra aqui dentro e dá sentido ao sinuoso caminho da existência. Amor pelas pessoas, pela natureza, pela beleza de ser. É o que faz tudo valer a pena....
Por isso, não há motivos para infelicidade, apesar dos pesares.A vida é uma só. É única, é presente, é aqui e agora, é dádiva. Não dá pra ignorar que o tempo é único e é curto demais para desperdícios. Só quero viver e amar. :-)
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Pensando....
Tem horas que penso....
em mim...
em como me tornei o que sou....
e fico feliz!
Feliz com o percurso,
feliz com o resultado.
Feliz comigo mesma.
em mim...
em como me tornei o que sou....
e fico feliz!
Feliz com o percurso,
feliz com o resultado.
Feliz comigo mesma.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
A insustentável leveza do ser
“O homem, porque não tem senão uma vida, não tem nenhuma possibilidade de verificar a hipótese através de experimentos, de maneira que não saberá nunca se errou ou acertou ao obedecer a um sentimento. Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado.
(...)
Pelo fato da vida ser, relativamente, tão curta e não comportar “reprises”, para emendarmos nossos erros, somos forçados a agir, na maior parte das vezes, por impulsos, em especial nos atos que tendem a determinar nosso futuro. Somos como atores convocados a representar uma tragédia (ou comédia), sem ter feito um único ensaio, apenas com uma ligeira e apressada leitura do script. Nunca saberemos, de fato, se a intuição que nos determinou seguir certo sentimento foi correta ou não. Não há tempo para essa verificação.
Por isso, precisamos cuidar das nossas emoções com carinho muito especial."
(...)
Pelo fato da vida ser, relativamente, tão curta e não comportar “reprises”, para emendarmos nossos erros, somos forçados a agir, na maior parte das vezes, por impulsos, em especial nos atos que tendem a determinar nosso futuro. Somos como atores convocados a representar uma tragédia (ou comédia), sem ter feito um único ensaio, apenas com uma ligeira e apressada leitura do script. Nunca saberemos, de fato, se a intuição que nos determinou seguir certo sentimento foi correta ou não. Não há tempo para essa verificação.
Por isso, precisamos cuidar das nossas emoções com carinho muito especial."
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Ah, o amor....
"Relacionamento significa algo completo, acabado, fechado. O amor nunca é um relacionamento: amor é relacionar-se; é sempre um rio fluindo, interminável."
"Amor é divertimento".
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Nunca namore uma garota que viaja....
Bacana demais esse texto, resolvi compartilhar:
She’s the one with the messy unkempt hair colored by the sun. Her skin is now far from fair like it once was. Not even sun kissed. It’s burnt with multiple tan lines, wounds and bites here and there. But for every flaw on her skin, she has an interesting story to tell.
Don’t date a girl who travels. She is hard to please. The usual dinner-movie date at the mall will suck the life out of her. Her soul craves for new experiences and adventures. She will be unimpressed with your new car and your expensive watch. She would rather climb a rock or jump out of an airplane than hear you brag about it.
Don’t date a girl who travels because she will bug you to book a flight every time there’s an airline seat sale. She wont party at Republiq. And she will never pay over $100 for Avicii because she knows that one weekend of clubbing is equivalent to one week somewhere far more exciting. Chances are, she can’t hold a steady job. Or she’s probably daydreaming about quitting. She doesn’t want to keep working her ass off for someone else’s dream. She has her own and is working towards it. She is a freelancer. She makes money from designing, writing, photography or something that requires creativity and imagination. Don’t waste her time complaining about your boring job.
Don’t date a girl who travels. She might have wasted her college degree and switched careers entirely. She is now a dive instructor or a yoga teacher. She’s not sure when the next paycheck is coming. But she doesn’t work like a robot all day, she goes out and takes what life has to offer and challenges you to do the same.
Don’t date a girl who travels for she has chosen a life of uncertainty. She doesn’t have a plan or a permanent address. She goes with the flow and follows her heart. She dances to the beat of her own drum. She doesn’t wear a watch. Her days are ruled by the sun and the moon. When the waves are calling, life stops and she will be oblivious to everything else for a moment. But she has learned that the most important thing in life isn’t surfing.
Don’t date a girl who travels as she tends to speak her mind. She will never try to impress your parents or friends. She knows respect, but isn’t afraid to hold a debate about global issues or social responsibility. She will never need you. She knows how to pitch a tent and screw her own fins without your help.
She cooks well and doesn’t need you to pay for her meals. She is too independent and wont care whether you travel with her or not. She will forget to check in with you when she arrives at her destination. She’s busy living in the present. She talks to strangers. She will meet many interesting, like-minded people from around the world who share her passion and dreams. She will be bored with you.
So never date a girl who travels unless you can keep up with her. And if you unintentionally fall in love with one, don’t you dare keep her. Let her go.
Em Português: http://vagabundoprofissional.com/2014/01/28/nunca-namore-uma-garota-que-viaja/
She’s the one with the messy unkempt hair colored by the sun. Her skin is now far from fair like it once was. Not even sun kissed. It’s burnt with multiple tan lines, wounds and bites here and there. But for every flaw on her skin, she has an interesting story to tell.
Don’t date a girl who travels. She is hard to please. The usual dinner-movie date at the mall will suck the life out of her. Her soul craves for new experiences and adventures. She will be unimpressed with your new car and your expensive watch. She would rather climb a rock or jump out of an airplane than hear you brag about it.
Don’t date a girl who travels because she will bug you to book a flight every time there’s an airline seat sale. She wont party at Republiq. And she will never pay over $100 for Avicii because she knows that one weekend of clubbing is equivalent to one week somewhere far more exciting. Chances are, she can’t hold a steady job. Or she’s probably daydreaming about quitting. She doesn’t want to keep working her ass off for someone else’s dream. She has her own and is working towards it. She is a freelancer. She makes money from designing, writing, photography or something that requires creativity and imagination. Don’t waste her time complaining about your boring job.
Don’t date a girl who travels. She might have wasted her college degree and switched careers entirely. She is now a dive instructor or a yoga teacher. She’s not sure when the next paycheck is coming. But she doesn’t work like a robot all day, she goes out and takes what life has to offer and challenges you to do the same.
Don’t date a girl who travels for she has chosen a life of uncertainty. She doesn’t have a plan or a permanent address. She goes with the flow and follows her heart. She dances to the beat of her own drum. She doesn’t wear a watch. Her days are ruled by the sun and the moon. When the waves are calling, life stops and she will be oblivious to everything else for a moment. But she has learned that the most important thing in life isn’t surfing.
Don’t date a girl who travels as she tends to speak her mind. She will never try to impress your parents or friends. She knows respect, but isn’t afraid to hold a debate about global issues or social responsibility. She will never need you. She knows how to pitch a tent and screw her own fins without your help.
She cooks well and doesn’t need you to pay for her meals. She is too independent and wont care whether you travel with her or not. She will forget to check in with you when she arrives at her destination. She’s busy living in the present. She talks to strangers. She will meet many interesting, like-minded people from around the world who share her passion and dreams. She will be bored with you.
So never date a girl who travels unless you can keep up with her. And if you unintentionally fall in love with one, don’t you dare keep her. Let her go.
Em Português: http://vagabundoprofissional.com/2014/01/28/nunca-namore-uma-garota-que-viaja/
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Travessia transformadora
No final do ano passado, resolvi fazer - junto com uma pessoa muito querida - um passeio diferente para aproveitar o recesso. Depois de algumas pesquisas via web e conversas, decidimos fazer a famosa travessia Lapinha da Serra - Tabuleiro,
em Minas Gerais.
Para quem não conhece, Lapinha da Serra é um pequeno distrito que fica ali na região da Serra do Cipó. Um arraialzinho de menos de 1000 pessoas e lindas paisagens. Sempre tive vontade de conhecer Lapinha (assim como tenho vontade de conhecer milhares de outros lugares), mas nunca tinha tido a oportunidade. Então, isso tornou o passeio ainda mais excitante.
Tabuleiro é um distrito de Conceição do Mato Dentro, que conheci de fato em novembro do ano passado. Um lugar sensacional que mexeu tanto comigo que resolvi colocar a foto da cachoeira como capa do blog.
Vou contar um pouco sobre a aventura!
Tudo começou em Belo Horizonte, no dia 26 de dezembro. Apesar das fortes chuvas e da previsão de tempestade para os dias seguintes, eu e Douglas resolvemos pegar o boi pelo chifre e embarcar no ônibus para Santana do Riacho. Isso porque não há ônibus para Lapinha, é preciso parar lá para depois seguir viagem.
Quando descemos do ônibus em Santana, mais dois "bichos-do-mato" também desceram com suas mochilas. Então, fizemos amizade e eles se juntaram à gente, pois o destino era o mesmo. E nós quatro, apesar do peso da mochila e do sol quente (contrariando previsões), decidimos enfrentar os 13km e ir à pé para Lapinha. Era o "ensaio geral" para a travessia que estava por vir!
Um pouco depois do meio do caminho, uma boa alma resolveu nos dar carona de uma maneira bem inusitada! Foi uam carona super bem vinda, pois o sol estava castigando. Além disso, era preciso poupar forças para a travessia!
Chegamos em Lapinha por volta de 15:30hs! Ainda dava tempo de armar a barraca e curtir as cachoeiras da região. Afinal, um mergulho era mais que merecido!
A travessia começaria no dia seguinte. Então, aproveitamos para fazer uma refeição reforçada (na Confraria, um barzinho delícia que tem na cidade) e descansar. Fomos pro camping e os planos era dormir bem cedo. Só não contávamos com a tempestade que caiu sobre Lapinha naquela noite! Vento, relâmpagos e trovoadas de dar medo. A barraca inundou! Mas ainda bem que toda a água caiu apenas de noite, então Lapinha amanheceu assim, alagada mas ensolarada:
O primeiro dia de viagem foi o mais punk. Já sabia disso, só não sabia que seria tanto! Caminhar com mochila nas costas é outra história, ainda mais em subidas e descidas. Logo na saída do arraial, é preciso subir a íngreme subida até o Pico da Lapinha. Seria mais fácil se não tivesse o peso nas costas...
Horas de caminhada e ainda não tinha acabado até chegar no Pico da Lapinha! A subida até o topo é opcional (a trilha continua sem passar pelo topo), mas vale a pena deixar a mochila na base da montanha e subir pra dar uma espiada. A vista é essa:
Passada essa etapa, era hora de caminhar até o Pico do Breu e depois subir o pico. Dá pra fazer uma trilha sem subir e descer o Pico do Breu, mas a turma era "casca grossa" e resolvemos fazer a caminhada "nível avançado".
São quase 1.700m de altitude, e a caminhada é punk. Pra vocês terem uma idéia, é esse pico aqui:
Pra deixar tudo mais emocionante, uma chuva forte caiu quando chegamos ao pico! Deu um medo danado de sermos atingidos por um raio.
Além do frio por causa da água gelada, descer o pico pelo outro lado ficou mais escorregadio e mais difícil. Já eram quase 18hs e era preciso chegar ao local do acampamento antes de escurecer para armar as barracas e comer algo. Por causa da pressão do tempo e da condição climática desfavorável, ninguém se atentou para tirar fotos lá do alto. Mas a vista é sensacional, com 360graus de paisagens a perder de vista.
Apesar da pressão e da dificuldade, conseguimos chegar à Prainha antes do sol se por. "Mortos", mas vivos! ;-)
Quando chegamos lá, encontramos o Justino, um "amigo" que conhecia de nome. Na verdade, amigo de uma amiga, que estava fazendo a travessia com ela e mais duas pessoas. Tínhamos planejado nos encontrar em Lapinha para seguirmos juntos, mas nos desencontramos, porque em Lapinha não pega celular. Por um lado, foi bom não ter encontrado com eles, pois o grupo dele fez a travessia sem passar pelo Pico do Breu. Mas foi ótimo encontrarmos com ele na Prainha, porque tivemos a certeza de estarmos no caminho certo! Deu mais segurança, porque por toda a rota fomos confiando no GPS.
Justino estava acampado com a Patrícia, a Raquel e o Thiago na casa da Dona Ana Benta, que é o ponto onde as pessoas param para acampar, tomar banho quente e comer. A casa fica a 2km da Prainha. Mas ele nos avisou que a casa estava vazia, então resolvemos acampar ali mesmo. Banho no rio gelado, comida e, depois, "cama"! Ou melhor, saco de dormir e barraca!
Combinamos de encontrar com Justino no Curral de Pedra no dia seguinte. O destino do segundo dia era a casa da Dona Maria e do Seu Zé. Uma caminhada mais leve: aproximadamente 8km. A idéia era deixar as mochilas nesse local e explorar a parte alta da Cachoeira de Tabuleiro, a 6km de distância de lá; depois, voltar mais 6km para comer a famosa comidinha do Seu Zé e acampar por lá, com direito a banho quente e banana do pé.
O "quarteto" de juntou ao grupo do Justino no dia seguinte e seguimos até a casa da Dona Maria. Chegamos lá na hora do almoço.
Barracas armadas e era hora de seguir para Tabuleiro! Uma caminhada confusa, mas agradável pelos campos rupestres até chegar ao destino: a parte alta de Tabuleiro. Sem mochila, tudo ficou mais fácil. Mas ainda assim, é preciso ter energia pra seguir!
Fiquei emocionada quando cheguei ao topo da Cachoeira de Tabuleiro. É a coisa mais linda do mundo, uma energia inexplicável. Pena que não deu pra chegar na queda, porque o rio estava cheio demais.
Depois de alguns mergulhos e contemplação ali no Mirante, era hora de voltar para o ponto de pouso. Comer e descansar para a caminhada do dia seguinte.
Mal amanheceu e todos nós começamos a nos preparar para a caminhada do terceiro dia.
Nesse ponto, o grande grupo se separou e o quarteto inicial voltou a trilhar junto, rumo à parte baixa do Tabuleiro. Justino e sua turma foram para Três Barras. Nosso roteiro era outro: chegar até a portaria do parque, deixar as mochilas e ir até a parte baixa da Cachoeira do Tabuleiro. E olha a vista do percurso!
Um pouco antes de meio dia, chegamos à sede do parque. Deixamos a mochila e de lá, a aventura continuou pela trilha até a parte baixa de Tabuleiro! Por pouco, não pudemos visitar a parte baixa de Tabuleiro: por causa das chuvas, o rio estava cheio e havia risco de tromba d'água. E, para quem não sabe, a caminhada para chegar até a cachoeira é pelo leito do rio, um cânion que enche facilmente quando chove.
Mas deu tudo certo! E, depois do esforço, a recompensa!
E assim terminou a nossa aventura de fim de ano. Da cachoeira, seguimos para o arraial e fomos ter o merecido descanso no EcoHostel local. No dia seguinte, embarcamos no ônibus para Conceição do Mato Dentro e, de lá, cada dupla seguiu seu rumo!
Foram quase 50km de caminhada na Serra do Espinhaço e pelos campos rupestres! Rimos muito, ficamos encabulados com as paisagens, sentimos medo e nos transformamos durante o percurso, cada um à sua maneira. Foi um passeio sensacional que deixou muitas histórias pra contar. Saldo positivo do recesso de fim de ano!
Para quem não conhece, Lapinha da Serra é um pequeno distrito que fica ali na região da Serra do Cipó. Um arraialzinho de menos de 1000 pessoas e lindas paisagens. Sempre tive vontade de conhecer Lapinha (assim como tenho vontade de conhecer milhares de outros lugares), mas nunca tinha tido a oportunidade. Então, isso tornou o passeio ainda mais excitante.
A Serra do Espinhaço vista de Lapinha. |
Tabuleiro é um distrito de Conceição do Mato Dentro, que conheci de fato em novembro do ano passado. Um lugar sensacional que mexeu tanto comigo que resolvi colocar a foto da cachoeira como capa do blog.
Poço do Val - Tabuleiro |
Vou contar um pouco sobre a aventura!
Tudo começou em Belo Horizonte, no dia 26 de dezembro. Apesar das fortes chuvas e da previsão de tempestade para os dias seguintes, eu e Douglas resolvemos pegar o boi pelo chifre e embarcar no ônibus para Santana do Riacho. Isso porque não há ônibus para Lapinha, é preciso parar lá para depois seguir viagem.
Igreja - Santana do Riacho |
Descando pós almoço na pracinha. |
Quando descemos do ônibus em Santana, mais dois "bichos-do-mato" também desceram com suas mochilas. Então, fizemos amizade e eles se juntaram à gente, pois o destino era o mesmo. E nós quatro, apesar do peso da mochila e do sol quente (contrariando previsões), decidimos enfrentar os 13km e ir à pé para Lapinha. Era o "ensaio geral" para a travessia que estava por vir!
Pausa para descanso! |
Um pouco depois do meio do caminho, uma boa alma resolveu nos dar carona de uma maneira bem inusitada! Foi uam carona super bem vinda, pois o sol estava castigando. Além disso, era preciso poupar forças para a travessia!
Carona no caminhão de brita! |
Chegamos em Lapinha por volta de 15:30hs! Ainda dava tempo de armar a barraca e curtir as cachoeiras da região. Afinal, um mergulho era mais que merecido!
Delicia de poço! |
A travessia começaria no dia seguinte. Então, aproveitamos para fazer uma refeição reforçada (na Confraria, um barzinho delícia que tem na cidade) e descansar. Fomos pro camping e os planos era dormir bem cedo. Só não contávamos com a tempestade que caiu sobre Lapinha naquela noite! Vento, relâmpagos e trovoadas de dar medo. A barraca inundou! Mas ainda bem que toda a água caiu apenas de noite, então Lapinha amanheceu assim, alagada mas ensolarada:
O primeiro dia de viagem foi o mais punk. Já sabia disso, só não sabia que seria tanto! Caminhar com mochila nas costas é outra história, ainda mais em subidas e descidas. Logo na saída do arraial, é preciso subir a íngreme subida até o Pico da Lapinha. Seria mais fácil se não tivesse o peso nas costas...
Subindo a trilha rumo ao Pico da Lapinha |
Horas de caminhada e ainda não tinha acabado até chegar no Pico da Lapinha! A subida até o topo é opcional (a trilha continua sem passar pelo topo), mas vale a pena deixar a mochila na base da montanha e subir pra dar uma espiada. A vista é essa:
Vista do Pico da Lapinha |
Passada essa etapa, era hora de caminhar até o Pico do Breu e depois subir o pico. Dá pra fazer uma trilha sem subir e descer o Pico do Breu, mas a turma era "casca grossa" e resolvemos fazer a caminhada "nível avançado".
São quase 1.700m de altitude, e a caminhada é punk. Pra vocês terem uma idéia, é esse pico aqui:
Pra deixar tudo mais emocionante, uma chuva forte caiu quando chegamos ao pico! Deu um medo danado de sermos atingidos por um raio.
Além do frio por causa da água gelada, descer o pico pelo outro lado ficou mais escorregadio e mais difícil. Já eram quase 18hs e era preciso chegar ao local do acampamento antes de escurecer para armar as barracas e comer algo. Por causa da pressão do tempo e da condição climática desfavorável, ninguém se atentou para tirar fotos lá do alto. Mas a vista é sensacional, com 360graus de paisagens a perder de vista.
Apesar da pressão e da dificuldade, conseguimos chegar à Prainha antes do sol se por. "Mortos", mas vivos! ;-)
Estamos sem registros da Prainha, então pegamos fotos na web! |
Prainha |
Quando chegamos lá, encontramos o Justino, um "amigo" que conhecia de nome. Na verdade, amigo de uma amiga, que estava fazendo a travessia com ela e mais duas pessoas. Tínhamos planejado nos encontrar em Lapinha para seguirmos juntos, mas nos desencontramos, porque em Lapinha não pega celular. Por um lado, foi bom não ter encontrado com eles, pois o grupo dele fez a travessia sem passar pelo Pico do Breu. Mas foi ótimo encontrarmos com ele na Prainha, porque tivemos a certeza de estarmos no caminho certo! Deu mais segurança, porque por toda a rota fomos confiando no GPS.
Justino estava acampado com a Patrícia, a Raquel e o Thiago na casa da Dona Ana Benta, que é o ponto onde as pessoas param para acampar, tomar banho quente e comer. A casa fica a 2km da Prainha. Mas ele nos avisou que a casa estava vazia, então resolvemos acampar ali mesmo. Banho no rio gelado, comida e, depois, "cama"! Ou melhor, saco de dormir e barraca!
Combinamos de encontrar com Justino no Curral de Pedra no dia seguinte. O destino do segundo dia era a casa da Dona Maria e do Seu Zé. Uma caminhada mais leve: aproximadamente 8km. A idéia era deixar as mochilas nesse local e explorar a parte alta da Cachoeira de Tabuleiro, a 6km de distância de lá; depois, voltar mais 6km para comer a famosa comidinha do Seu Zé e acampar por lá, com direito a banho quente e banana do pé.
O "quarteto" de juntou ao grupo do Justino no dia seguinte e seguimos até a casa da Dona Maria. Chegamos lá na hora do almoço.
Barracas armadas e era hora de seguir para Tabuleiro! Uma caminhada confusa, mas agradável pelos campos rupestres até chegar ao destino: a parte alta de Tabuleiro. Sem mochila, tudo ficou mais fácil. Mas ainda assim, é preciso ter energia pra seguir!
Mirante da Cachoeira do Tabuleiro (parte alta) |
Fiquei emocionada quando cheguei ao topo da Cachoeira de Tabuleiro. É a coisa mais linda do mundo, uma energia inexplicável. Pena que não deu pra chegar na queda, porque o rio estava cheio demais.
Depois de alguns mergulhos e contemplação ali no Mirante, era hora de voltar para o ponto de pouso. Comer e descansar para a caminhada do dia seguinte.
Casa da Dona Maria de do Seu Zé. |
Mal amanheceu e todos nós começamos a nos preparar para a caminhada do terceiro dia.
Amanhecer na casa da Dona Maria e do Seu Zé. |
Amanhecer na casa da Dona Maria e do Seu Zé. |
Nesse ponto, o grande grupo se separou e o quarteto inicial voltou a trilhar junto, rumo à parte baixa do Tabuleiro. Justino e sua turma foram para Três Barras. Nosso roteiro era outro: chegar até a portaria do parque, deixar as mochilas e ir até a parte baixa da Cachoeira do Tabuleiro. E olha a vista do percurso!
Um pouco antes de meio dia, chegamos à sede do parque. Deixamos a mochila e de lá, a aventura continuou pela trilha até a parte baixa de Tabuleiro! Por pouco, não pudemos visitar a parte baixa de Tabuleiro: por causa das chuvas, o rio estava cheio e havia risco de tromba d'água. E, para quem não sabe, a caminhada para chegar até a cachoeira é pelo leito do rio, um cânion que enche facilmente quando chove.
Mas deu tudo certo! E, depois do esforço, a recompensa!
Tabuleiro - parte baixa |
Tabuleiro - parte baixa. |
E assim terminou a nossa aventura de fim de ano. Da cachoeira, seguimos para o arraial e fomos ter o merecido descanso no EcoHostel local. No dia seguinte, embarcamos no ônibus para Conceição do Mato Dentro e, de lá, cada dupla seguiu seu rumo!
Foram quase 50km de caminhada na Serra do Espinhaço e pelos campos rupestres! Rimos muito, ficamos encabulados com as paisagens, sentimos medo e nos transformamos durante o percurso, cada um à sua maneira. Foi um passeio sensacional que deixou muitas histórias pra contar. Saldo positivo do recesso de fim de ano!
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