segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Pensamentos soltos


No ônibus que peguei hoje para vir ao trabalho, tinham aqueles textos escritos em folha A4, plastificadas, presas ao encosto do banco. É um projeto da prefeitura, de incentivo à leitura, eu acho.

Na verdade, nunca vi ninguém lendo aqueles textos. As pessoas lêem? Alguém lê? Eu leio. Alguns textos são muito interessantes; outros, divertidos; outros, abstratos demais. Mas fico pensando se cumprem o objetivo que tem....

No banco que sentei hoje tinha uma frase bastante intrigante, mas pouco prática. Dizia: dando nomes, perdemos o sentido natural (ou será "pleno"?) das coisas. Algo assim. Bah! O que interessa é que o autor quis dizer que conceituar as coisas as limitam. E é verdade. Mas já imaginou tudo sem um conceito? Daríamos significados tão subjetivos que a nossa comunicação seria um caos.

A cadeira não é só uma cadeira. É o assento do avô, o lugar onde ele se sentava para embalar os netos no colo. Tem cheiro de infância.
O carro? O carro é o instrumento de poder, status, sedução.
Cabelos modernos? Representam um estilo de vida.

Sim, tudo na vida tem muito mais significado do que o seu conceito em si. Atribuímos significado aos objetos, às pessoas, aos cheiros, às sensações, às compras que realizamos. Ou você acha que uma mulher compra sapatos porque precisa? Já perguntou quantos pares de diferentes cores ela tem no armário?

Como profissional de marketing, penso muito nisso. No significado da compra, na experiência de consumo. O que ela representa? Que significado tem cada coisa/situação/sentimento em nossa vioda cotidiana?

Vale a pena refletir....


2 comentários: