
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Em tempos de reflexão....
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
Ela é a minha cara
Causa reboliço aonde passa,
Desce mais redondo que a cachaça...
Ela é a fulana de tal,
O seu palácio vai do Leme ao Pontal,
É a minha mais entre as dez mais.
Ela é gente bem,
Por isso mesmo não dá mole a ninguém,
Mas um dia eu faço ela sambar.
Ela é o colírio da moçada
Quando chega pára a batucada.
Ela é o jazzy,
E há quem diga que parece um rapaz,
Mas quem fala é louco pra encarar.
Ela é minha cara
E nem me olha quando a gente se esbarra,
Mas um dia eu faço ela sambar.
Tira onda de granfina, mas pra mim é só a mina
Que enfeitiçou meu coração.
Vai que um dia pinta um clima
E ela vem parar na minha
E eu vou comer na sua mão...
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Beija eu
Seja eu!
Seja eu!
Deixa que eu seja eu
E aceita
O que seja seu
Então deita e aceita eu...
Molha eu!
Seca eu!
Deixa que eu seja o céu
E receba
O que seja seu
Anoiteça e amanheça eu...
Beija eu!
Beija eu!
Beija eu, me beija
Deixa
O que seja ser...
Então beba e receba
Meu corpo no seu
Corpo eu, no meu corpo
Deixa!
Eu me deixo
Anoiteça e amanheça...
sábado, 12 de dezembro de 2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Conclusões
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Beijo
Beijo deveria acender luzes pelo corpo da gente. E quando a energia elétrica entrasse em pane, bastaria que demonstrássemos nosso amor pelas pessoas queridas e qualquer escuridão terminaria...
Mas beijo não é assim. É particular e a gente escolhe em quem quer dar. Porque beijo é um presente que precisa de vontade para ser oferecido. E talvez seja melhor que assim seja: não tão anônimo, não tão sem motivo, nunca forçado, ainda que possa ser pedido. Porque um beijo pode valer mais que a lucidez de uma vida inteira".
sábado, 5 de dezembro de 2009
Cansou....
"Quando cansei de esperar você
Vi minha estrela maior renascer
Vi minha vida mais colorida
Cheia de encanto e de mais prazer.
Vi quando o mar se abriu
Deixando passar todo o meu sentimento
Até na chuva e no vento
Vi a luz da poesia.
Brilhando no alvorecer
Quando deixei de amar
E esperar por você"
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Tem limites
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Morte anormal.
A arte de ser feliz

terça-feira, 1 de dezembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Sejamos delicados
Tirado do blog "Mulheres que amam demais"que, por sua vez, tirou do "Vira do avesso". Leia na íntegra: http://kamikamisa.wordpress.com/2009/11/17/sejamos-delicados/
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Again.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Para.... Nóia!

Clamo por liberdade de querer, e nem sempre a exerço! Aliás, parece que quanto mais quero, mais confusa fico. Eu quero o que eu quero, ou eu quero querer o que eu não quero, ou eu não quero querer o que eu quero?
E tenho que confessar: ao longo da minha história, momentos chaves foram decididos com base nessa mesma pergunta. A pergunta está feita; ela motiva e conduz a muitos caminhos. Mas a resposta? Não sei!
Aliás, essa coisa de história é um saco. Acontece uma coisa uma vez, aí depois acontece algo similar e a gente fica com receio de estar acontecendo de novo, e aí a gente muda a conduta por causa disso, e acaba errando de novo por não querer errar ou pelo medo de errar!
A verdade é que... a razão não pára de gritar. Gritar pra que? O silêncio fala ao coração.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
sábado, 7 de novembro de 2009
Melhor?
(Caio Fernando Abreu)
Um pouco mais de paciência....

quinta-feira, 5 de novembro de 2009
É preciso saber viver.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
O retorno da rebeldia
Caminhos
"(…) Você não vai encontrar caminho nenhum fora de você. E você sabe disso. O caminho é in, não off. Você não vai encontrá-lo em Deus nem na maconha, nem mudando para Nova York, nem".
_
domingo, 25 de outubro de 2009
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Emoções.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Reflexões
Às vezes termina para preservar a felicidade da memória."
(Fabrício Carpinejar)
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Burn
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Espinhos
Jubuda

Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que se lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante".
Martha Medeiros
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Sobre jardins e borboletas
A gente acredita na ilusão. De que está tudo bem, de que vai passar. E vai mesmo. Vai passar a dor, depois de secar por dentro, de tanta lágrima posta pra fora, de tanto sentimento esmagado ou mal cuidado, que nem aquelas flores no jardim, castigadas pelo sol e sem nem um pingo de água pra dar a esperança de mais um tempinho de vida, de mais um suspiro, uma corzinha só; tão seca que chega a doer, e faz aquele barulho peculiar de coisa morta, de planta morta. Aí passa a dor, porque não tem mais o que doer, tá tudo seco, sem vida; e a gente sente um vazio, sente falta até da dor, e sente também uma tristeza morna, sem brilho, e um desgosto por ter acreditado na ilusão ou por não ter acreditado em outra ilusão, e sente saudades do que foi e do que não foi e do que poderia ter sido. É assim que a gente faz, a gente não, EU faço assim, me proclamo racional, de besta que sou, e como se não bastasse acho que sei bem o que quer o coração, que é tudo fase e que não se demora. A gente (a gente?) só não percebe que às vezes a cabeça engana, porque a cabeça não age sozinha, e tem um monte de coisas dando palpite, e a mais forte delas é o medo, que se impõe, com aquele pose de corretíssimo, de "eu te disse!". Que medo? Você sabe: medo de tentar, de sofrer, de ter sido em vão, de repetir o erro, de fazer mais do mesmo, de ser burra. Aí a gente corre pro outro lado, tropeça na vaidade e no individualismo, e naquele argumento vazio de que 'sou livre e faço o que quero', e na bandeira da independência e da auto-suficiência. Quanta bobagem!
Saudade
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Voltas
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
O segredo do sucesso

É, não há planejamento que sustente as regalias do coração. E, pensando bem, seria sem graça se a gente pudesse prever os sentimentos e organizá-los. A razão equilibra a orquestra regida pelo coração, mas essa área é dele, e ele não larga as rédeas, e talvez nem deva largar. Afinal, o coração não é tão burro assim, ele sabe o que faz. E a razão está sempre lá, de conselheira.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Bagunça.

(Trecho tirado do livro UMA VIDA INVENTADA, de Maitê Proença).
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Sina nossa
Tirado do blog liricass.blogspot.com. Leia na íntegra clicando aqui.
sábado, 26 de setembro de 2009
Sai dessa

Sonhei que existia uma avenida
Sem entrada e sem saída pra gente comemorar
Toda hora, todo dia, toda vida
Na tristeza e na alegria, sem platéia e sem patrão
Hoje eu sonhei que cerveja sai da bica
No banheiro não tem fila nem existe contramão
Que o trabalho é ali na nossa esquina
E depois do meio dia, nem polícia e nem ladrão
Sonhei, como faço todo dia
Como você não sabia, meu senhor não levo a mal
A beleza, o amor, a fantasia
O que tece e o que desfia não se aprende no jornal
E nem vou levar a culpa de ser povo e ser artista
Sai dessa, moço, por favor não crie clima
Seu buraco é mais embaixo
Nosso astral é mais em cima.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Não sei.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Oh, my God!
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Girassol
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
A dialética das mudanças
Bom, isso me fez refletir sobre inovação. Inovar é mesmo criar um carro ainda mais bonito e cheio de recursos?"
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
03hs
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Caminhada
''Ando sentindo saudades de você. O detalhe é que quando paro, também sinto! Nada que um beijo e um abraço não resolvam, mas isso só até a próxima caminhada ou até o próximo banco de uma praça florida e perfumada de poesia".
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Setembro

E, sabe de uma coisa? Já é primavera em mim.
Mineirês.
Felipe Peixoto Braga Netto
(Felipe afirma que não é jornalista, não é publicitário, nunca publicou crônicas ou contos, não é, enfim, literariamente falando, muita coisa, segundo suas palavras. Mora em Belo Horizonte e ama Minas Gerais. Ele diz que nunca publicou nada, mas a crônica que apresentamos foi extraída do livro "As coisas simpáticas da vida", Landy Editora, São Paulo (SP) - 2005, pág. 82.)

Carlos Drummond de Andrade
Gente, simplificar é um pecado. Se a vida não fosse tão corrida, se não tivesse tanta conta para pagar, tantos processos — oh sina — para analisar, eu fundaria um partido cuja luta seria descobrir as falas de cada região do Brasil.
Cadê os lingüistas deste país? Sinto falta de um tratado geral das sotaques brasileiros. Não há nada que me fascine mais. Como é que as montanhas, matas ou mares influem tanto, e determinam a cadência e a sonoridade das palavras?
É um absurdo. Existem livros sobre tudo; não tem (ou não conheço) um sobre o falar ingênuo deste povo doce. Escritores, ô de casa, cadê vocês? Escrevam sobre isto, se já escreveram me mandem, que espero ansioso.
Um simples" mas" é uma coisa no Rio Grande do Sul. É tudo menos um "mas" nordestino, por exemplo. O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar. Porque, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar, sensual e lindo (das mineiras)
ficou de fora?
Porque, Deus, que sotaque! Mineira devia nascer com tarja preta avisando: ouvi-la faz mal à saúde. Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: só isso? Assino achando que ela me faz um favor.
Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma. Certa vez quase propus casamento a uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque.
Mas, se o sotaque desarma, as expressões são um capítulo à parte. Não vou exagerar, dizendo que a gente não se entende... Mas que é algo delicioso descobrir, aos poucos, as expressões daqui, ah isso é...
Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas. Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho (não dizem: pode parar, dizem: "pó parar". Não dizem: onde eu estou?, dizem: "ôncôtô?"). Parece que as palavras, para os mineiros, são como aqueles chatos que pedem carona. Quando você percebe a roubada, prefere deixá-los no caminho.
Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem — lingüisticamente falando — apenas de uais, trens e sôs. Digo-lhes que não.
Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade. Fala que ele é bom de serviço. Pouco importa que seja um juiz, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô. Se der no couro — metaforicamente falando, claro — ele é bom de serviço. Faz sentido...
Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: "cê tá boa?" Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa, é como perguntar a um peixe se ele sabe nadar. Desnecessário.
Há outras. Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada. Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: — Mexe com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc).
O verbo "mexer", para os mineiros, tem os mais amplos significados. Quer dizer, por exemplo, trabalhar. Se lhe perguntarem com o que você mexe, não fique ofendido. Querem saber o seu ofício.
Os mineiros também não gostam do verbo conseguir. Aqui ninguém consegue nada. Você não dá conta. Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz:
— Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não, sô.
Esse "aqui" é outro que só tem aqui. É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase. É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: é uma forma de dizer, olá, me escutem, por favor. É a última instância antes de jogar
um pão de queijo na cabeça do interlocutor.
Mineiras não dizem "apaixonado por". Dizem, sabe-se lá por que, "apaixonado com". Soa engraçado aos ouvidos forasteiros. Ouve-se a toda hora: "Ah, eu apaixonei com ele...". Ou: "sou doida com ele" (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro). Elas vivem apaixonadas com
alguma coisa.
Que os mineiros não acabam as palavras, todo mundo sabe. É um tal de bonitim, fechadim, e por aí vai. Já me acostumei a ouvir: "E aí, vão?". Traduzo: "E aí, vamos?". Não caia na besteira de esperar um "vamos" completo de uma mineira. Não ouvirá nunca.
Na verdade, o mineiro é o baiano lingüístico. A preguiça chegou aqui e armou rede. O mineiro não pronuncia uma palavra completa nem com uma arma apontada para a cabeça.
Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com todo respeito, a mineira. Nada pessoal. Aqui certas regras não entram. São barradas pelas montanhas. Por exemplo: em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar, vai dizer:
— Eu preciso de ir.
Onde os mineiros arrumaram esse "de", aí no meio, é uma boa pergunta. Só não me perguntem. Mas que ele existe, existe. Asseguro que sim, com escritura lavrada em cartório. Deixa eu repetir, porque é importante. Aqui em Minas ninguém precisa ir a lugar nenhum. Entendam... Você não precisa ir, você "precisa de ir". Você não precisa viajar, você "precisa de viajar". Se você chamar sua filha para acompanhá-la ao supermercado, ela reclamará:
— Ah, mãe, eu preciso de ir?
No supermercado, o mineiro não faz muitas compras, ele compra um tanto de coisa. O supermercado não estará lotado, ele terá um tanto de gente. Se a fila do caixa não anda, é porque está agarrando lá na frente. Entendeu? Deus, tenho que explicar tudo. Não vou ficar procurando
sinônimo, que diabo. E não digo mais nada, leitor, você está agarrando meu texto. Agarrar é agarrar, ora!
Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena, suspirará:
— Ai, gente, que dó.
É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras. Eu aviso que vá se apaixonar na China, que lá está sobrando gente. E não vem caçar confusão pro meu lado.
Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro "caça confusão". Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele "vive caçando confusão".
Para uma mineira falar do meu desempenho sexual, ou dizer que algo é muitíssimo bom (acho que dá na mesma), ela, se for jovem, vai gritar: "Ô, é sem noção". Entendeu, leitora? É sem noção! Você não tem, leitora, idéia do tanto de bom que é. Só não esqueça, por favor, o "Ô" no começo, porque sem ele não dá para dar noção do tanto que algo é sem noção, entendeu?
Ouço a leitora chiar:
— Capaz...
Vocês já ouviram esse "capaz"? É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer "tá fácil que eu faça isso", com algumas toneladas de ironia. Gente, ando um péssimo tradutor. Se você propõe a sua namorada um sexo a três (com as amigas dela), provavelmente ouvirá um "capaz..." como resposta. Se, em vingança contra a recusa, você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: "ô dó dôcê". Entendeu agora?
Não? Deixa para lá. É parecido com o "nem...". Já ouviu o "nem..."?
Completo ele fica:
- Ah, nem...
O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou não fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum. Você diz: "Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?". Resposta: "nem..." Ainda não entendeu? Uai, nem é nem. Leitor, você é meio burrinho ou é impressão?
A propósito, um mineiro não pergunta: "você não vai?". A pergunta, mineiramente falando, seria: "cê não anima de ir"? Tão simples. O resto do Brasil complica tudo. É, ué, cês dão umas volta pra falar os trem...
Certa vez pedi um exemplo e a interlocutora pensou alto:
— Você quer que eu "dou" um exemplo...
Eu sei, eu sei, a gramática não tolera esses abusos mineiros de conjugação. Mas que são uma gracinha, ah isso lá são.
Ei, leitor, pára de babar. Que coisa feia. Olha o papel todo molhado. Chega, não conto mais nada. Está bem, está bem, mas se comporte.
Falando em "ei...". As mineiras falam assim, usando, curiosamente, o "ei" no lugar do "oi". Você liga, e elas atendem lindamente: "eiiii!!!", com muitos pontos de exclamação, a depender da saudade...
Tem tantos outros... O plural, então, é um problema. Um lindo problema, mas um problema. Sou, não nego, suspeito. Minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras. Aliás, deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão. Se você, em conversa, falar:
— Ah, fui lá comprar umas coisas...
— Que' s coisa? — ela retrucará.
Acreditam? O plural dá um pulo. Sai das coisas e vai para o que.
Ouvi de uma menina culta um "pelas metade", no lugar de "pela metade". E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará:
— Ele pôs a culpa "ni mim".
A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios, em Minas... Ontem, uma senhora docemente me consolou: "preocupa não, bobo!". E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras, nem se espantam. Talvez se espantassem se ouvissem um: "não se preocupe", ou algo assim. A fórmula mineira é sintética. E diz tudo.
Até o tchau. em Minas. é personalizado. Ninguém diz tchau pura e simplesmente. Aqui se diz: "tchau pro cê", "tchau pro cês". É útil deixar claro o destinatário do tchau. O tchau, minha filha, é prôcê, não é pra outra entendeu?
Deve haver, por certo, outras expressões... A minha memória (que não ajuda muito) trouxe essas por enquanto. Estou, claro, aberto a sugestões. Como é uma pesquisa empírica, umas voluntárias ajudariam... Exigência: ser mineira. Conversando com lingüistas, fui informado: é prudente que tenham cabelos pretos, espessos e lisos, aquela pele bem branquinha... Tudo, naturalmente, em nome da ciência. Bem, eu me explico: é que, características à parte, as conformações físicas influem no timbre e som da voz, e eu não posso, em honrados assuntos mineiros, correr o risco de ser inexato, entendem?
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Plenitude
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
A pessoa errada

- "Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução".
Nietzsche
Tirado do blog "Mulheres que amam demais"
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Paradoxo.

Agora, quando tudo é flor em mim, reina o inverno em meus textos... tão murchos, tão cinzas, tão frios....
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Desejos, necessidades, vontades.

"Angustiada, percebe que está realimentando um ciclo movido pelos desejos, necessidades e vontades. Pensa no que quer, no que pode, no que precisa. Depois pensa que pensa demais, e resolve agir. Mas as ações não fazem sentido porque, sem planejamento, ela não sabe onde chegar. Então, novamente retoma os pensamentos que a deixam angustiada, e tem a sensação de estar presa em sua própria vida. Nesse momento, reflete sobre a liberdade. Como gosta de ser livre! Deseja ser livre, mas... a vida chega bruta para colocar regras e rédeas.
E nesse espaço de confusões, o ciclo formado por limites e quereres volta a ser alimentado."
Brigas nunca mais

Chegou, sorriu, venceu, depois chorou
Então fui eu quem consolou sua tristeza
Na certeza de que o amor tem dessas fases más
Que é bom para fazer as pazes.
E ele então me socorreu
E o nosso amor mostrou que veio pra ficar
Mais uma vez, por toda a vida
Bom é mesmo amar em paz
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Oh, life!
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
A cisterna contém, a fonte transborda
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Leoa

thais wadhy
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Liberdade...?

"A mulher apresentava um ar de liberdade, caminhando com passos tranquilos e seguros, sempre em frente. Os sapatos eram negros, de salto alto, pareciam colocá-la mais perto das nuvens. Os longos cabelos voavam, formando um emaranhado com o qual ela não parecia se importar. O sol brilhava pra ela, quase numa atitude de contemplação . De vez em quando, fechava os olhos e sorria suavemente, como se o sopro do vento lhe fizesse carícias ocultas. Agilmente, parou em frente a uma sorveteria, da qual saiu em poucos minutos, segurando o delicioso picolé em formato fálico. Voltou a caminhar em sua marcha firme e delicada, como se pisasse em um palco. Olhou para o picolé sem culpa e levou-o até a boca; uma suave mordida quebrou a crosta de chocolate e as papilas encontraram o doce creme escondido; a língua começou a se deliciar, lambendo a macia espuma em movimentos leves, quase obscenos. Então, chupou a guloseima, sem ânsia, com a mesma delicadeza de sempre, fazendo expressões de gozo contido. Chegou a fechar os olhos novamente e, desta vez, parecia pensar que era mesmo livre e plena. Irradiava energia. Então, em um breve momento, parou, jogou fora os restos de seu instrumento de prazer, passos os dedos pelo cabelos e prendeu-os com um lápis, deixando cair alguns fios, respirou fundo e entrou em um dos prédios comerciais daquela louca cidade. Voltara para a sua rotina esmagadora. Talvez não fosse tão livre assim."
sábado, 15 de agosto de 2009
Alba
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
A casa dos espíritos
Nuvem boa
"i don't know what to say when i'm near you
meu coração nem tenta entender
what i see is the beauty of beauty
e o universo esperando pra ver
o amor te fazer compreender que eu sou seu
e só sei te querer
silly me, pretty you, lovely lua no céu
prateando de azul meu sonhar com você
eu diria um dia esquisito
if i don't see the light on your face
seu olhar é o lugar mais bonito
when you smile to me só uma vez
outra vez, what to say ? se eu só sei te dizer
what i say - i love you
bobo eu, sem você, pela rua, no breu
antes de conhecer esse sol que você me deu
voa, nuvem boa
fly me to the sweet moon
on a toy ballon, num vento à toa
nuvem boa
que me leva
no colo que você me dá"
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Sucesso profissional atrapalha a vida amorosa de mulheres
Enquanto a carreira brilha, o romance empalidece: esse gráfico perverso afeta as mulheres, mas não os homens em altos cargos. CLAUDIA foi atrás de números, análise de especialistas e histórias reais
Por: Isabela Leal

Embora o estudo tenha abordado o mundo corporativo, ele reflete a realidade de mulheres das mais diversas áreas: para todas é um desafio unir realização profissional e pessoal. “Pesquisamos um universo de 1034 profissionais que exercem cargos de presidente, vice-presidente, gerente e diretor executivo empregados nas 500 Maiores S.A. (ranking anual do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas, que elege as 500 maiores empresas do Brasil), sendo 25% mulheres e 75% homens. Nessa amostra, 80% dos homens são casados, ante apenas 20% das mulheres”, revela a professora Betania Tanure.
O motivo dessa disparidade é óbvio para a pesquisadora. “Num país latino, o papel da mulher é cuidar da harmonia das relações sociais, das tarefas domésticas, da educação dos filhos e se desdobrar em dez. Mesmo ganhando mais do que o marido, ela não se isenta dessa missão”, afirma Betania. “Toda escolha implica renúncias e, hoje, a balança pende para o trabalho”, diz a psicóloga Rita Khater, professora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCamp).
“O problema é que essa opção pode trazer perdas irreparáveis”, enfatiza Luiz Cuschnir, psiquiatra e coordenador dos grupos de gênero do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Ele lembra que uma casa não é feita apenas de quatro paredes e contas a pagar, mas também de aconchego – e isso depende da proximidade do casal e do nível de afinidade que ele tem no intervalo extratrabalho. O drama é que esse intervalo está cada vez menor, mas boa parte das mulheres quer conciliar e não escolher entre profissão e amor. “Todas as conquistas são importantes para elas. A carreira e o convívio com a família são realizações diferentes que se completam”, resume Cuschnir.
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Olha, tenho que dizer que eu já encontrei uma solução para isso! (risos!).
