Ontem olhei e vi. Vi a beleza da pele marcada pelas histórias nem sempre invejáveis, mas cheias de emoções, da barba ruiva, dos lábios macios, do sorriso sincero, do cabelo loiro arrepiado, da nuca curta, do peito aberto e das mãos pequenas.
Ontem olhei, vi e observei. O sem-jeito tentando ser gentil, a praticidade tentando ser sensível, o carinho espontâneo, a vontade, a tímida maneira de ser delicado e objetivo ao mesmo tempo, de ser razão e emoção; a forma como tomba a cabeça pra ganhar cafuné e fecha os olhos pra sentir o toque.
Ontem olhei e vi a beleza que irradia de dentro pra fora, e que de fora encontra uma bela moldura para compor o conjunto. Uma moldura que nem sempre combina, mas que mesmo quando não combina, encanta, como aquelas pessoas que, sem jeito para vestir, acabam criando um estilo todo próprio, mais interessante do que as modas das passarelas ou grifes.
Ontem vi com os olhos do coração.
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