Que "viver é pra quem tem coragem" eu já sabia. Mas me dei conta de que amor também. Em tempos de relações descartáveis e de individualismo exacerbado, amar é praticamente um ato revolucionário. Afinal, dá trabalho doar para o outro nosso tempo, energia, sentimentos; ou exercer a tolerância e a paciência; ou ainda abrir as portas de casa e do coração.
Depois de tanto silêncio e reclusão, almejo que venham tempos de muito amor na minha vida. Porque coragem eu tenho!
Quero alguém que chegue como sopro de brisa, de mansinho, e encontre aconchego nos meus braços e coração. Que venha para somar planos, afetos, cuidados, gentilezas, desejos.
Quero caminhar de mãos dadas nas trilhas da vida, desbravando o mundo e o que há de mais íntimo dentro de mim. Explorar o universo ao meu redor e o infinito particular.
Quero olhos tranquilos de quem contempla paisagens e fogosos de quem deseja com intensidade; corpos que se entregam e se incendeiam, ombros que acolhem, mãos que apoiam, palavras que acalmam.
Quero abraços sinceros, beijos apaixonados, silêncios esclarecedores.
Quero o toque que, como música, faz dançar meu corpo. Quero o sussurro que arrepia, voz que tranquiliza, o cheiro que embriaga, o gosto que vicia.
Que alguém por inteiro para, juntos, transbordarmos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário