sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Física da Procura
“No final, eu acabei acreditando em uma coisa que eu chamo de 'física da procura'. A força 'in natura' governada por leis tão verdadeiras quanto às leis da gravidade. A regra da física da procura é mais ou menos assim:
'Se você for corajoso o bastante para deixar tudo para trás que é familiar e cômodo, que pode ser qualquer coisa desde a sua casa até a amargura de antigos ressentimentos, e planejar uma viagem de busca verdadeira tanto externa quanto interna... E se você estiver realmente disposto a considerar tudo o que acontecer com você nessa viagem como uma pista... E se você aceitar todos os que encontrar ao longo desse caminho como professores... E se estiver preparado acima de tudo a enfrentar e perdoar algumas realidades bem difíceis sobre si mesmo... A verdade não será negada a você.'"
(Liz Gilbert)
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Coragem
CORAGEM!
"Mais vale errar, se arrebentando, do que poupar-se para nada.
O único clamor da vida é por mais vida, bem vivida."
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Vai ser livre!
Vai sem direção, vai ser livre
A tristeza não, não resiste
Solte seus cabelos ao vento, não olhe pra trás
Ouça o barulhinho que o tempo no seu peito faz...
Faça sua dor dançar,
Atenção para escutar esse movimento que trás paz
Cada folha que cair, cada nuvem que passar
Ouve a terra respirar pelas portas e janelas das casas
Atenção para escutar o que você quer saber de verdade!
A tristeza não, não resiste
Solte seus cabelos ao vento, não olhe pra trás
Ouça o barulhinho que o tempo no seu peito faz...
Faça sua dor dançar,
Atenção para escutar esse movimento que trás paz
Cada folha que cair, cada nuvem que passar
Ouve a terra respirar pelas portas e janelas das casas
Atenção para escutar o que você quer saber de verdade!
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Tudo passa
Uma vez li um texto que dizia:
"O amor é doce, mas quando ele se vai (...) não existe sabor mais amargo ou dor mais profunda. Parece que nunca vai passar, que a dor nunca cessa. Até que a gente aprende que tudo faz parte de um ciclo."
Entender essas fases da vida talvez faça com que a angústia fique mais suportável; ou então que fiquemos mais fortes por causa do tal "impulso vital", que Caio Fernando Abreu descreveu: "Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca"."
A questão é que não importa o qual conscientes estamos sobre o ciclo do fim de uma relação: temos que lidar com todas as etapas, do começo ao fim. Juntar os cacos do coração, aceitar a dor, lidar com a tristeza, recompor-se.
Diria que a primeira etapa é aquela das insônias, em que a gente passa o filme da relação e dos diálogos na cabeça, procurando erros e acertos. Ficamos com raiva, nos sentimos culpados... pouca coisa faz sentido. Cansados, passamos para a fase dos sonos pesados, que acordamos ainda com a sensação de não termos dormido nada.
Cafés amargos para acordar e enfrentar o dia, ou uma corrida matinal para ativar as endorfinas. Trabalho, muito trabalho. Aí a gente chega em casa e bate o vazio, a saudade, a raiva e a vontade de ligar... de perguntar se a pessoa já tem alguém. "Tenho certeza que sim", pensamos. Dói.
Tem a etapa de introspecção: lemos livros, escutamos música, queremos ficar e ficamos mais sozinhos. Sair e conhecer pessoas é a última coisa que queremos fazer, porque ninguém parece ser tão interessante, ninguém parece mexer com a gente da mesma forma. Até que a gente se rende (por "impulso vital" ou por pressão) e começa a sair com os amigos, conhecer pessoas, compartilhar sorrisos. Não é que faz bem?
É durante esses momentos que entendemos melhor o sentido de "nada como um dia após o outro", principalmente se esses dias forem cheios de vida e cheios daquilo que nos faz bem. A dor começa a ficar menor. E, aos poucos, a gente vai se permitindo. Até que a gente começa a entender a relação como parte do passado. E nos libertamos, enfim.
Não há como fugir da dor; ela é inevitável. Não há como não sentir angústia ou tristeza, a não ser que não tenha amado de fato. Tudo isso faz parte. Enfrentar essas etapas nos permite ficar inteiros novamente para começar de novo, para acreditar de novo. E se fosse pra dar um conselho, diria: concentre-se em si mesmo. Construa-se, compreenda-se, faça as coisas que enchem seu coração de alegria. Se não sabe o que te alegra, olhe pra dentro e procure se conhecer melhor. Isso é um poderoso remédio. Ah, e atividades físicas. Se as pessoas soubessem o poder que elas têm de nos deixar melhor, mais confiantes e felizes......
"O amor é doce, mas quando ele se vai (...) não existe sabor mais amargo ou dor mais profunda. Parece que nunca vai passar, que a dor nunca cessa. Até que a gente aprende que tudo faz parte de um ciclo."
Entender essas fases da vida talvez faça com que a angústia fique mais suportável; ou então que fiquemos mais fortes por causa do tal "impulso vital", que Caio Fernando Abreu descreveu: "Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca"."
A questão é que não importa o qual conscientes estamos sobre o ciclo do fim de uma relação: temos que lidar com todas as etapas, do começo ao fim. Juntar os cacos do coração, aceitar a dor, lidar com a tristeza, recompor-se.
Diria que a primeira etapa é aquela das insônias, em que a gente passa o filme da relação e dos diálogos na cabeça, procurando erros e acertos. Ficamos com raiva, nos sentimos culpados... pouca coisa faz sentido. Cansados, passamos para a fase dos sonos pesados, que acordamos ainda com a sensação de não termos dormido nada.
Cafés amargos para acordar e enfrentar o dia, ou uma corrida matinal para ativar as endorfinas. Trabalho, muito trabalho. Aí a gente chega em casa e bate o vazio, a saudade, a raiva e a vontade de ligar... de perguntar se a pessoa já tem alguém. "Tenho certeza que sim", pensamos. Dói.
Tem a etapa de introspecção: lemos livros, escutamos música, queremos ficar e ficamos mais sozinhos. Sair e conhecer pessoas é a última coisa que queremos fazer, porque ninguém parece ser tão interessante, ninguém parece mexer com a gente da mesma forma. Até que a gente se rende (por "impulso vital" ou por pressão) e começa a sair com os amigos, conhecer pessoas, compartilhar sorrisos. Não é que faz bem?
É durante esses momentos que entendemos melhor o sentido de "nada como um dia após o outro", principalmente se esses dias forem cheios de vida e cheios daquilo que nos faz bem. A dor começa a ficar menor. E, aos poucos, a gente vai se permitindo. Até que a gente começa a entender a relação como parte do passado. E nos libertamos, enfim.
Não há como fugir da dor; ela é inevitável. Não há como não sentir angústia ou tristeza, a não ser que não tenha amado de fato. Tudo isso faz parte. Enfrentar essas etapas nos permite ficar inteiros novamente para começar de novo, para acreditar de novo. E se fosse pra dar um conselho, diria: concentre-se em si mesmo. Construa-se, compreenda-se, faça as coisas que enchem seu coração de alegria. Se não sabe o que te alegra, olhe pra dentro e procure se conhecer melhor. Isso é um poderoso remédio. Ah, e atividades físicas. Se as pessoas soubessem o poder que elas têm de nos deixar melhor, mais confiantes e felizes......
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Com amor....
Querido D.,
Tenho pensado em você mais do que o habitual. Quantas saudades sinto de nós dois! Sinto falta do seu carinho, da sua amizade, do seu companheirismo, do seu humor duvidoso, do jeito que me toca. De seus cheiros e sabores. Sinto falta do que eu sou quando estou ao seu lado, do nosso estilo de vida, das coisas simples da vida - que fazem muito mais sentido pra gente.
Longe de você me sinto metade. Não me entenda mal, não sou dependente emocionalmente e nem espero que você me complete. Você me conhece bem e sabe que sou mulher forte, inteira, resolvida e independente. Mas o que acontece é algo um tanto quanto complicado: longe de você não sou tão eu e nem tão cheia de mim. Falta preencher aquele cantinho reservado para as emoções mais puras e autênticas.
Longe de você a vida é agradável, mas não é plena. Falta sentir a alegria quase sufocante que transborda de mim em sorrisos e brincadeiras; a vontade de crescer, evoluir e ser sempre uma pessoa melhor. Olha, isso é muito importante: com você, sou uma pessoa melhor, sou o melhor que posso ser, ainda que não seja perfeita. E, apesar das brigas eventuais e das desavenças, com você tudo é mais gostoso. "As coisas lindas são mais lindas quando você está...".
Às vezes me questiono: é normal sentir isso? Vou sentir isso novamente por outra pessoa? Poxa... se isso for único e especial (!!!), é doloroso pensar que deixei passar; que deixei você passar. Afinal, qual o sentido da vida se não for compartilhar com quem se ama as pequenas doses diárias de alegria, os momentos de leveza e plenitude, as risadas e as filosofias "de boteco"? Sou amante das coisas simples da vida.... e isso tenho com você. É assim que me sinto realizada e feliz!
Uma vez ou outra penso que a vida é injusta. Mas depois varro esse pensamento da cabeça, porque detesto me fazer de vítima. Então concluo: injustos somos nós.... somos injustos com a gente mesmo, com os outros, com a vida. Muitas vezes boicotamos a nossa própria felicidade, você não acha? Tudo em nome da razão.... (uma razão burra, diga-se de passagem).
D., sinto sua falta. "Cadê você? Que solidão... Esquecera de mim?".
Com amor,
Sua Gatinha.
Tenho pensado em você mais do que o habitual. Quantas saudades sinto de nós dois! Sinto falta do seu carinho, da sua amizade, do seu companheirismo, do seu humor duvidoso, do jeito que me toca. De seus cheiros e sabores. Sinto falta do que eu sou quando estou ao seu lado, do nosso estilo de vida, das coisas simples da vida - que fazem muito mais sentido pra gente.
Longe de você me sinto metade. Não me entenda mal, não sou dependente emocionalmente e nem espero que você me complete. Você me conhece bem e sabe que sou mulher forte, inteira, resolvida e independente. Mas o que acontece é algo um tanto quanto complicado: longe de você não sou tão eu e nem tão cheia de mim. Falta preencher aquele cantinho reservado para as emoções mais puras e autênticas.
Longe de você a vida é agradável, mas não é plena. Falta sentir a alegria quase sufocante que transborda de mim em sorrisos e brincadeiras; a vontade de crescer, evoluir e ser sempre uma pessoa melhor. Olha, isso é muito importante: com você, sou uma pessoa melhor, sou o melhor que posso ser, ainda que não seja perfeita. E, apesar das brigas eventuais e das desavenças, com você tudo é mais gostoso. "As coisas lindas são mais lindas quando você está...".
Às vezes me questiono: é normal sentir isso? Vou sentir isso novamente por outra pessoa? Poxa... se isso for único e especial (!!!), é doloroso pensar que deixei passar; que deixei você passar. Afinal, qual o sentido da vida se não for compartilhar com quem se ama as pequenas doses diárias de alegria, os momentos de leveza e plenitude, as risadas e as filosofias "de boteco"? Sou amante das coisas simples da vida.... e isso tenho com você. É assim que me sinto realizada e feliz!
Uma vez ou outra penso que a vida é injusta. Mas depois varro esse pensamento da cabeça, porque detesto me fazer de vítima. Então concluo: injustos somos nós.... somos injustos com a gente mesmo, com os outros, com a vida. Muitas vezes boicotamos a nossa própria felicidade, você não acha? Tudo em nome da razão.... (uma razão burra, diga-se de passagem).
D., sinto sua falta. "Cadê você? Que solidão... Esquecera de mim?".
Com amor,
Sua Gatinha.
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