O encontro havia sido marcado para o meio-dia. Era um encontro despretensioso e amigável depois de alguns meses de rusgas e atritos. Quando desligou o telefone, pensou em quanto tempo haviam perdido em discussões ou - pior - em silêncio. Percebeu o quanto tinha sido importante, então, a última conversa - clara e aberta, sem armaduras ou ataques. Sorriu por dentro.
Enquanto tomava banho, pensou no que diria ao encontrar alguém que tanto representava em sua vida. O almoço poderia dar início a nova etapa, a um outro nível de convivência, mas não sabia como tudo poderia fluir. Absorta, lavou os cabelos longos, ensaboou delicadamente o corpo. Como gostava da sensação do sabonete na pele, deslizando pelas curvas, suave e perfumado! Sentia seu próprio toque enquanto imagens eróticas e abstratas vinham à sua cabeça, compondo situações e cenários imaginários. "Estou viajando!", concluiu.
Voltou a si, finalizou o banho e enxugou-se um pouco mais rápido do que fazia normalmente, demonstrando uma ponta de ansiedade que, até então, não havia percebido. Então, deu alguns passos até o espelho e olhou bem para si, admirando os próprios traços e até as imperfeições. Virou-se de perfil, encolheu a barriga, segurou os próprios seios, empinou a bunda. Depois segurou os cabelos, deixando cair alguns fios pelo rosto, e sorriu. Debruçou-se sobre a pia até chegar bem perto de seu próprio reflexo, encarou-se e então olhou pra dentro de si, pela íris, a vasculhar o que estaria causando aquela ponta de desconforto. Respirou fundo e pesado até embaçar o vidro. Recuou, pensativa. Não tinha certeza sobre o que sentia. Logo ela, tão convicta de suas verdades. Talvez estivesse começando a perceber que a razão nem sempre "tem razão".
No quarto, hidratou seu corpo vagarosamente, como sempre fazia, sentindo e acariciando cada parte do corpo: braços, costas, barriga.... pernas e coxas. Pensou no que usaria e escolheu, na cabeça, um vestido fresco, solto e feminino que gostava de usar nas ocasiões que queria se sentir bonita e confortável. Vestiu-se e, em seguida, maquiou-se levemente, ressaltando o olhar frágil e misterioso, que esconde segredos e até as próprias forças. Sentiu-se leve, finalmente. Todo o ritual de cuidar de si mesma fez bem para corpo, alma e coração. Estava certa de que aquele encontro só faria bem aos dois.
Voltou a si, finalizou o banho e enxugou-se um pouco mais rápido do que fazia normalmente, demonstrando uma ponta de ansiedade que, até então, não havia percebido. Então, deu alguns passos até o espelho e olhou bem para si, admirando os próprios traços e até as imperfeições. Virou-se de perfil, encolheu a barriga, segurou os próprios seios, empinou a bunda. Depois segurou os cabelos, deixando cair alguns fios pelo rosto, e sorriu. Debruçou-se sobre a pia até chegar bem perto de seu próprio reflexo, encarou-se e então olhou pra dentro de si, pela íris, a vasculhar o que estaria causando aquela ponta de desconforto. Respirou fundo e pesado até embaçar o vidro. Recuou, pensativa. Não tinha certeza sobre o que sentia. Logo ela, tão convicta de suas verdades. Talvez estivesse começando a perceber que a razão nem sempre "tem razão".
No quarto, hidratou seu corpo vagarosamente, como sempre fazia, sentindo e acariciando cada parte do corpo: braços, costas, barriga.... pernas e coxas. Pensou no que usaria e escolheu, na cabeça, um vestido fresco, solto e feminino que gostava de usar nas ocasiões que queria se sentir bonita e confortável. Vestiu-se e, em seguida, maquiou-se levemente, ressaltando o olhar frágil e misterioso, que esconde segredos e até as próprias forças. Sentiu-se leve, finalmente. Todo o ritual de cuidar de si mesma fez bem para corpo, alma e coração. Estava certa de que aquele encontro só faria bem aos dois.
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