domingo, 31 de outubro de 2010

Como esquecer...

"Ele conta que Sandro saiu de lá há meia hora, combalido. O babaca de roupas italianas desapareceu, deixando em seu lugar um sujeito esmagado com a besteira que fez. Quer a ajuda de Hugo para convencer Lisa a pelo menos conversar com ele. Ainda que sua dor seja genuína e ele reconheça ter grelhado Lisa em chapa quente, isso bastará? O balé humano de proximidade e recuo - barcarola ou ritournelle? me dá um certo enjôo marítimo. Ondas breves com prazos de validade escritos no tempo. Ela ainda não quer ver Sandro pela frente, mas vai querer, e talvez tenha razão. Não há mesmo muitos lugares para ir, garota. Sandro não mudou, quem muda tanto assim? Mas valerá a pena jogar às traças alguns poucos anos de felicidade recém-polida porque no pantanoso futuro o mesmo homem que implora a sua volta cometerá a ofensa imperdoável? Só espero que da próxima vez você saque mais rápido, Lisa. Os grandes pistoleiros do Oeste também morreram, mas pelo menos afundaram atirando..."

Trecho do livro "Como Esquecer", de Myriam Campello.

Escolhas

Leitura, caminhada e música me trazem sempre bons pensamentos!

Adoro a capacidade do ser humano de se surpreender, de analisar, avaliar, ponderar, resistir, mudar, transformar, evoluir e, de repente.... O insight, a luz! Não holofotes, porque luz demais também nos cega, mas a luz que clareia a escuridão e os pensamentos nebulosos, nos ajuda a ver os pequenos sinais divinos e ilumina os caminhos e as escolhas....

Ah! as escolhas.... muitas vezes nos enganamos, achando que podemos nos abster de nossas escolhas e das responsabilidades que elas geram. Empurramos com a barriga e deixamos que o tempo nos mostre o melhor caminho. Mas isso não passa de ilusão. Abster-se ou deixar de decidir também é uma escolha, ainda que covarde. A espera também é uma escolha, ainda que cômoda. Escolhemos a todo momento todo, e às vezes escolhemos o tempo, mesmo sem querer; e depois achamos que podemos simplesmente voltar atrás, refazer as circunstâncias pra escolher de novo, quando o tempo já passou e deixou tudo aparentemente mais nítido; mas esse mesmo tempo deixou feridas e levou consigo brilhos e belezas de outrora.... e... há coisas que não voltam mais...

"Tempo tem importância. Afinal, é a moeda da vida, a única que não permite substituição ou barganhas".

thais wadhy

sábado, 30 de outubro de 2010

Someday I'll be Saturday night. Not today.


Estou introvertida, introspectiva, absorta em meus pensamentos. Curtindo minha dor, minhas lamúrias, minhas mágoas e minhas esquisitices. Chega de encontros, redes sociais ou telefonemas. Não quero nada disso. Quero ler, beber vinho, ficar bêbada, assistir filmes ruins, não falar com ninguém. Não quero compromissos sociais, nem sorrisos falsos, nem "linhas", nem agrados (meus ou dos outros). Quero eu comigo mesma. Enfrentar meus medos, encarar a solidão, perdoar meus erros e aceitar meus defeitos. Quero ser minha companhia nesse sábado que mais parece quarta-feira de cinzas.

Expectativas.

Ah, expectativas... quantos castelos construídos - e destruídos - em seu nome.

Tempo.


"O tempo é a maior distância entre dois lugares".

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Conflitos internos.

‎"Se um desejo surgir em você, não tente lutar com ele. Isso é fútil. Ninguém pode lutar com um desejo. Isso também é tolice, porque sempre que você começa a lutar com alguma coisa dentro de você, você estarálutando consigo mesmo, você se tornará esquizofrênico, sua personalidade será partida."

Osho. rsrs.

Dúvidas?


"Tentar deixar a pergunta dormir um pouco pode ser a melhor maneira de abrir espaço para a resposta acordar"...

(frase roubada do FB de M.T.).

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Relembrando coisas básicas

  • Praticamente todas as pessoas sentem as mesmas coisas, só não ao mesmo tempo.
  • Pessoas são imprevisíveis.
  • Em relação aos sentimentos, deixar-se levar é melhor que tentar controlar tudo.
  • Ficar pensando demais sobre a mesma coisa não fará surgir nada de bom.

sábado, 23 de outubro de 2010

Percebendo

Difícil aceitar que você tinha razão, porque aceitar essa verdade seria atestar o fim. Está atestado: você tinha razão.

Metade é pouco.

"Não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha à mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar..."

Mais Caio.

"Me queira bem. Estou te querendo muito bem neste minuto. Tinha vontade que você estivesse aqui e eu pudesse te mostrar muitas coisas, grandes, pequenas, e sem nenhuma importância, algumas. Fique feliz, fique bem feliz, fique bem claro, queira ser feliz. Você é muito linda e eu tento te enviar a minha melhor vibração de axé. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim." (C.F.A).

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pronto. Falei.

Está acontecendo o que já era previsto. Era e não era....

Essa coisa mal resolvida existia, mas foi deixada para depois, para um momento em que as circunstâncias fossem mais favoráveis ou que pudéssemos ter a coragem de enfrentar os medos, os problemas e a sensação de desconfiança. "Tudo acontece na hora certa", foi esse o argumento. Mas quem sabe qual é a hora certa? Para você, passado; para mim, presente. But maybe we're wrong.

Não sei, mas acredito que o momento certo é aquele em que ambas as partes estão prontas, amadurecidas e preparadas para dar um passo adiante; prontas para fazer escolhas. O presente passou enquanto eu ainda processava minhas subjetividades; agora que já as processei, o presente virou passado e tornou-se a hora de você processar as suas subjetividades. Quem sabe o futuro, quando este se tornar presente? Aí nem seria "presente", seria "dádiva"!

É... ainda acho que nada está perdido. O que tiver que ser, será! E será na hora certa, quando nossos tempos estiverem sincronizados. Sem comodismo, mas também sem pressões. Sinceramente? Mais do que esperar esse momento - ou induzi-lo, ou tentar construi-lo - espero que saibamos percebê-lo, senti-lo para, então, lidarmos com ele.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Água com sal

"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, [pelo muito que me amaram e eu não amei] pelo que tentei ser correto e não foram comigo, [ou vice-versa]. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso. A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão." (C.F.A.)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Não deveria....

"Que imensa miséria o grande amor - depois do não, depois do fim - reduzir-se a duas ou três frases frias ou sarcásticas." (C.F.A.)

domingo, 17 de outubro de 2010

O caminho é in, e não off.

"Penso em você apesar de não sentir sua falta e muito menos sua presença. Penso em você porque sinto um vazio, que eu não sei do quê e nem por quê. Revelo, então, mais uma vez, minha estupidez, já que não é você quem vai me salvar e nem muito menos me catapultar pra uma dimensão mais tranquila e menos ansiosa de coisas que não têm nome." (C.F.A.)

sábado, 16 de outubro de 2010

Escrever....

"Quando se deseja realmente dizer alguma coisa, as palavras são inúteis. Remexo o cérebro e elas vêm, não raras, mas toneladas. Deixam sempre um gosto de poeira na boca - a poeira do que se tentava expressar, e elas dissolveram. Quanto mais palavras ocorrem para vestir uma idéia, mais essa idéia resiste a ser identificada. As sucessivas roupas sufocam a sua nudez. E todas as palavras são uma grande bolha de sabão, às vezes brilhante, mas circundando o vazio. Ah, se eu pudesse escrever com os olhos, com as mãos, com os cabelos - com todos esses arrepios estranhos que um entardecer de outono, como o de hoje, provoca na gente." (C.F.A.)

Perder.

"A arte de perder não é difícil de dominar
Tantas coisas parecem cheias da intenção de serem perdidas
Que sua perda não é um desastre.
Perca alguma coisa todos os dias
Aceite o contra-tempo de perder as chaves da porta
...A hora gasta inútilmente.
A arte de perder não é difícil de dominar..."

Elizabeth Bishop...

Um pouco de política


DOIS PESOS


Por: Maria Rita Kehl

Fonte: Estadão


Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.

Se o povão das chamadas classes D e E - os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil - tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por "uma prima" do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da "esmolinha" é político e revela consciência de classe recém-adquirida.

O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de "acumulação primitiva de democracia".

Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.

Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.


Resultado do texto:

A psicanalista Maria Rita Kehl foi demitida pelo Jornal O Estado de S. Paulo depois de ter escrito, no último sábado (2), artigo sobre a "desqualificação" dos votos dos pobres. O texto, intitulado "Dois pesos...", gerou grande repercussão na internet e mídias sociais nos últimos dias.

A jornalista falou a Terra Magazine sobre as consequências do seu artigo:
- Fui demitida pelo jornal o Estado de S. Paulo pelo que consideraram um "delito" de opinião (...) Como é que um jornal que anuncia estar sob censura, pode demitir alguém só porque a opinião da pessoa é diferente da sua?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

E se?

"Disse o 'não' com a vontade do 'sim'.
E se deixei passar?
E se te deixei passar?"

(Milena Pitombo)

Post falando de post

A gente começa a postar no blog despretensiosamente, pra suprir aquela vontade louca de escrever sobre o que a gente sente e pensa... e nossas frustrações, alegrias, vontades, desejos, sonhos, desesperos. Realmente não importa se lêem nossos textos, se apreciam nossas imagens ou videos. O que importa é escrever, colocar pra fora o que transborda por dentro. E aí, vão aparecendo os seguidores. Um, dois, sete, vários. Alguns comentam, outros não. Mas, nesse momento, a gente se sente observado. Dá até um orgulho, a gente se sente grande, importante, quase uma escritora, quem sabe Clarice ou Martha. Aí vão aparecendo os comentários, as observações, as ponderações. E então.... ficamos viciados nisso! Fica quase impossível escrever só pra gente mesmo... queremos saber se tem alguém no mundo que nos percebe pra compartilhar nossa visão da vida e das coisas e dos sentimentos e das questões político-filosóficas e sociais... ou das bobagens e besteiras que fazem parte do cotidiano e que nos fazem rir ou perceber o quanto nossos problemas são pequenos perante esse mundão de Deus!

Aff! Peterson, cadê você?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Coração de moça

"Eu guardo as minhas rejeições em vidrinhos rotulados com o nome deles. Eu sou mole demais por dentro pra deixar todo mundo ver. Eu deixo pra quem eu acho que pode comigo. Ninguém sabe. Mas eu tenho coração de moça." (Fernanda Young)

Roubado do FB de R.C.

Transitoriedade


Pode podar, cortar, dilacerar. Arrancar as folhas e deixar morrer as flores. É temporário. Minhas raízes são fortes e minha estrutura também. Depois renasço, forte, vistosa, perfumada e colorida. Outono e inverno são estações que precedem a primavera. Morre-se para nascer de novo, ainda mais forte.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

In.


"Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos".

Impossível tirar da cabeça o que não sai do coração....

Love of my life....

Love of my life, you've hurt me
You've broken my heart, now you leave me...
Love of my life can't you see?
Bring it back, bring it back,
Don't take it away from me
Because you don't know
What it means to me....

Love of my life don't leave me,
You've taken my love, now desert me
Love of my life can't you see?
Bring it back bring it back,
Don't take it away from me,
Because you don't know
What it means to me....

You will remember
When this is blown over,
And everythings all by the way,
When I grow older,
I will be there at your side,
To remind you how I still love you
I still love you....

Hurry back hurry back
Don't take it away from me,
Because you don't know
What it means to me...

Love of my life

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Eu quem?

"I was bruised and battered and I couldn't tell what I felt
I was unrecognizable to myself
I saw my reflection in a window I didn't know my own face..."

(B.S. - Streets of Philadelphia)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Obrigada

Agradeço...... o amor incondicional, a tolerância, a compreensão, a ajuda, o desprendimento, a dedicação, os abraços de conforto, o carinho acolhedor, a admiração, o desejo.

Agradeço pelas múltiplas funções de suas mãos, que se estenderam para ajudar e acolher ou que me empurraram para algo melhor, ou que me tocaram e despiram nos momentos de desejo. Pela boca que disse tantas palavras doces e algumas verdades ásperas, e que nos momentos de intimidade sussuraram frases proibidas e censuradas. Por essa mesma boca que beijou, sedenta, e conheceu tantos labirintos da carne. Pelos ouvidos, ou pelo ouvido, aquele que soube ouvir as piadas, os desabafos, as palavras de carinho e as ideias mirabolantes dos momentos de inspiração.

Agradeço pelos momentos... por todos eles: de alegria, de tristeza, de tensão, de amizade, de prazer, de descontração, de amor.

Sou grata por tudo isso, e muito mais. Obrigada. Obrigada por existir... na minha vida.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Numa segunda-feira à noite....

Por: thais wadhy


Lá fora a chuva cai, forte. Ouço os pingos cantarem pra mim, como canção de ninar. Paz, tranquilidade... momento bom e oportuno para pensar na vida.

Aqui dentro taambém chovia, mas não chove mais. Secaram-se as lágrimas, endureci. Poucas coisas tem me comovido de verdade. Podem me deixar insegura, angustiada... mas comover não. Será por que isso acontece? Será que foram as últimas experiências? Será que fiquei esgotada por tanta subjetividade seguida de longos meses de postura racional? Talvez esse jeito tenha afastado de mim mesma a minha capacidade de sentir plenamente, ou de me deixar levar pelos sentimentos e emoções. Apenas talvez....

Se isso, por um lado, é amadurecimento, por outro, é pobre. Sinto falta de certas paixões e loucuras. E aí, fico me iludindo. A nostalgia dos bons momentos de plenos sentimentos às vezes me fazem querer reviver situações que o tempo já levou consigo. Voltar algumas páginas da vida.... bobagem isso. Querer reviver o que passou é pura bobagem. É como requentar o café. Ou melhor, é como colar novamente um vaso de porcelana: sempre ficam as marcas e a fragilidade.... e qualquer abalo é capaz de espatifar tudo novamente....

Plagiando Nando Reis: "é bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer... é bom olhar pra frente...". É sim, é hora de olhar pra frente, enxergar o futuro com os mesmos olhos otimistas de outrora, cheios de amor e de vontade.

Quero amar de novo, me doar por inteiro. Quero o novo de novo, ainda que tenha traços do passado (ou mais do que traços). Chega de inventar sentimentos usando palavras bonitas de outros autores. Chega de coisas bonitas que não são minhas e que roubo pra mim... talvez para parecer que algo ainda floresce por aqui. A verdade é que, apesar da chegada da primavera no último setembro, a paisagem aqui ainda está seca e morta. Buscar flores de outros lugares? Não, cultivar meu jardim!

Bola pra frente!


(Pontos fracos existirão sempre).

Lésbica grávida de 5

FONTE: UAI (www.uai.com.br)

Um casal de lésbicas se surpreendeu ao descobrir que está esperando quíntuplos na Austrália, mesmo sem ter recorrido à fertilização in vitro. Melissa Keevers, de 27 anos, fez uma inseminação artificial com esperma de um doador anônimo dos Estados Unidos para conceber os bebês, que segundo os médicos, são maiores que a média para este tipo de gestação.

O Dr. Glenn Gardener, obstetra de Keevers, disse à BBC que a ocorrência de quíntuplos naturalmente é raríssima, acontece em uma de cada 65 milhões de gestações. "Mas o uso de remédios para estimular o ovulação pode aumentar consideravelmente a incidência de gestações múltiplas", explicou ele, dizendo não poder comentar se foi este o caso da australiana.

Keevers disse à revista Woman's Daily que não tinha tomado remédios e que ficou chocada com a notícia, já que não tinha se submetido a nenhum tipo de tratamento de fertilidade. "Durante o ultrassom, o médico perguntou se queríamos receber a notícia, mas como ele estava pálido, ficamos preocupadas que houvesse algo errado", disse ela à revista. "Aí ele disse que havia encontrado cinco sacos gestacionais, o que quer dizer que se tudo correr bem teremos cinco bebês. Nós não podemos repetir o que dissemos em seguida."

Irmão

Keevers e sua parceira irlandesa Rosemary Nolan, de 21 anos, já têm uma filha de um ano, Lilly, concebida com esperma do mesmo doador. O casal diz que o doador - um universitário escolhido por ter bons dentes, boa visão e QI alto - nunca vai conhecer as crianças porque assinou um acordo de anonimato. "As pessoas não sabem se nos parabenizam ou se lamentam, mas achamos que é um milagre e não podíamos estar mais felizes", disse Nolan à Woman's Day.

Segundo o Dr. Gardener, a duração média de uma gestação de quíntuplos é de 28 semanas, 12 a menos que uma gravidez de feto único. "Em caso de quintúplos, 75% dos bebês sobrevivem. Entre os sobreviventes, um terço fica com algum tipo de deficiência, que pode ou não ser relacionada à prematuridade", disse ele.

A vida tem a cor que a gente pinta!


Prefiro a minha beeem colorida!

(Foto roubada do "Mulheres que Amam Demais")

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

É isso aí!

"E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrário: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda". (c.f.a).

Calmaria.


"Depois de várias tempestades e naufrágios, o que fica em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro".

domingo, 3 de outubro de 2010

Tradução dos sentimentos.

"E tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo (...) que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era". (Sempre Caio).

Sexualidade

"Só que homossexualidade não existe, nunca existiu. Existe sexualidade - voltada para um objeto qualquer de desejo. Que pode ou não ter genitália igual, e isso é detalhe. Mas não determina maior ou menor grau de moral ou integridade". C.F.A.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Todos os verbos

Errar é útil
Sofrer é chato
Chorar é triste
Sorrir é rápido
Não ver é fácil
Trair é tátil
Olhar é móvel
Falar é mágico
Calar é tático
Desfazer é árduo
Esperar é sábio
Refazer é ótimo
Amar é profundo
E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo
Abraçar é quente
Beijar é chama
Pensar é ser humano
Fantasiar também
Nascer é dar partida
Viver é ser alguém
Saudade é despedida
Morrer um dia vem
Mas amar é profundo
E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo

(autor desconhecido)