Equilíbrio é ter sintonia e sinergia entre o que penso, o que sinto e o que faço.
terça-feira, 29 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
Sawabona
Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor. O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.
A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.
A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...
Shikoba.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.
A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.
A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...
Shikoba.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Well there's nothing to lose
And there's nothing to prove
I'll be dancing with myself
If I looked all over the world
And there's every type of girl
But your empty eyes seem to pass me by
Leave me dancing with myself
So let's sink another drink
'Cause it'll give me time to think
If I had the chance
I'd ask the world to dance
And I'll be dancing with myself
And there's nothing to prove
I'll be dancing with myself
If I looked all over the world
And there's every type of girl
But your empty eyes seem to pass me by
Leave me dancing with myself
So let's sink another drink
'Cause it'll give me time to think
If I had the chance
I'd ask the world to dance
And I'll be dancing with myself
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Raulzito e a maçã
terça-feira, 8 de junho de 2010
Simplicidade e plenitude
Por: Jordana Fantini Vignoli*
Foram muitos beijos, arrepios, mãos por todo corpo, cabelo com cheiro de shampoo, nuca com perfume, roupas de colegial, acampamentos com direito a lual, bola de chiclete, um filme bom, sorvete com cachaça, cachoeira no fim de semana, o violão da turma, peles bronzeadas, suor de praia, peles com creme de morango, suor de academia, motelzinho na hora do almoço, muitas transas boas e muito chimarrão.
Cada show novo uma nova paixão, vaca atolada, e fogão a lenha. A noite do noivado, o cheiro de tinta do apartamento novo, o dia me que me senti a mulher mais amada do mundo.
Todas minhas transas foram lindas, especiais e simples. Simples como é a vida, como dormir quando se está com sono, como urinar quando se está apertada, como enjoar depois de um mau cheiro, como gemer saboreando aquela mousse de chocolate. E agora vêm as feministas dizendo que sexo só é sexo se eu tiver três segundos de contração no músculo vaginal. Que tenho que separar as sensações de ser tocada no clitóris, na vulva, no períneo ou no ponto g. Que para ser uma mulher sexuada eu tenho que aumentar meus seios com próteses de borracha e ter uma perna musculosa igual a dos cavalos. Que não tenho mais direito de ter prazer. Que tenho obrigação de ter prazer. Que tenho o dever de mostrar aos meus parceiros que tenho momentos extremos de prazer. Pior, agora querem que eu tenha momentos múltiplos desse prazer. Me ensinam passo a passo “Dez maneiras incríveis de se chegar lá”.
Na busca da igualdade comercial com os homens, estamos desconstruindo o feminino e nos igualando aos homens que sempre foram domesticados a virar máquinas de fazer sexo, sempre prontos pra tudo. Daqui a pouco vão dizer que se não fazer sexo ali, a toda hora, sou brocha, bicha.
Mulheres felizes, conto com vocês para me ajudar neste protesto: “Preocupem-se com o caminho e não com a chegada. Diga não à ditadura do orgasmo”.
*Jordana Fantini Vignoli é terapeuta sexual e escreverá, semanalmente, no Mundo Ela.
Texto retirado do site UAI. Link? Clique aqui.
Foram muitos beijos, arrepios, mãos por todo corpo, cabelo com cheiro de shampoo, nuca com perfume, roupas de colegial, acampamentos com direito a lual, bola de chiclete, um filme bom, sorvete com cachaça, cachoeira no fim de semana, o violão da turma, peles bronzeadas, suor de praia, peles com creme de morango, suor de academia, motelzinho na hora do almoço, muitas transas boas e muito chimarrão.
Cada show novo uma nova paixão, vaca atolada, e fogão a lenha. A noite do noivado, o cheiro de tinta do apartamento novo, o dia me que me senti a mulher mais amada do mundo.
Todas minhas transas foram lindas, especiais e simples. Simples como é a vida, como dormir quando se está com sono, como urinar quando se está apertada, como enjoar depois de um mau cheiro, como gemer saboreando aquela mousse de chocolate. E agora vêm as feministas dizendo que sexo só é sexo se eu tiver três segundos de contração no músculo vaginal. Que tenho que separar as sensações de ser tocada no clitóris, na vulva, no períneo ou no ponto g. Que para ser uma mulher sexuada eu tenho que aumentar meus seios com próteses de borracha e ter uma perna musculosa igual a dos cavalos. Que não tenho mais direito de ter prazer. Que tenho obrigação de ter prazer. Que tenho o dever de mostrar aos meus parceiros que tenho momentos extremos de prazer. Pior, agora querem que eu tenha momentos múltiplos desse prazer. Me ensinam passo a passo “Dez maneiras incríveis de se chegar lá”.
Na busca da igualdade comercial com os homens, estamos desconstruindo o feminino e nos igualando aos homens que sempre foram domesticados a virar máquinas de fazer sexo, sempre prontos pra tudo. Daqui a pouco vão dizer que se não fazer sexo ali, a toda hora, sou brocha, bicha.
Mulheres felizes, conto com vocês para me ajudar neste protesto: “Preocupem-se com o caminho e não com a chegada. Diga não à ditadura do orgasmo”.
*Jordana Fantini Vignoli é terapeuta sexual e escreverá, semanalmente, no Mundo Ela.
Texto retirado do site UAI. Link? Clique aqui.
Gloria
She come to my street now...
She come to my house and...
Knock upon my door...
Climb up my stairs... one, two....
Yeah, she is in my room...
"Hey, what's your name?
How old are you?
Where did you go to school?
Ahan, yeah... ahan...
Yeah, ahan"
"Now that we know each other a little bit better,
why don't you come over here?
Make me feel alright!"
segunda-feira, 7 de junho de 2010
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Mulheres más vão aonde querem
Qual o elogio que uma mulher adora receber?
Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos: mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais.Diga que ela é uma mulher inteligente, e ela irá com a sua cara. Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação, e ela decorará o seu número. Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito, da sua aura de mistério, de como ela tem classe: ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa.
Mas não pense que o jogo está ganho: manter o cargo vai depender da sua perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta. Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe, que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades, que ela é um avião no mundo dos negócios. Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical.
Agora quer ver o mundo cair? Diga que ela é muito boazinha. Descreva aí uma mulher boazinha. Voz fina, roupas pastel, calçados rente ao chão. Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana. Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor. Nunca teve um chilique. Nunca colocou os pés num show de rock. É queridinha. Pequeninha. Educadinha. Enfim, uma mulher boazinha.
Fomos boazinhas por séculos. Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas. Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos. A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho. Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa. Quietinhas, mas inquietas. Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas.
Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas, profissionais. Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen. Ser chamada de patricinha é ofensa mortal. Pitchulinha é coisa de retardada. Quem gosta de diminutivos, definha. Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa. Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo. As boazinhas não têm defeitos. Não têm atitude. Conformam-se com a coadjuvância. PH neutro.
Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos. Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje. Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos. As “inhas” não moram mais aqui. Foram para o espaço, sozinhas.
(Martha Medeiros)
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