quinta-feira, 23 de julho de 2015

Prazer, Thais.

Para quem não me conhece, sou uma leonina com ascendente em peixes, forte e sensível. Posso ser tempestade ou calmaria, criança alegre ou velha chata; flor da montanha ou dama da noite. De bicho do mato a mulher de negócios, me permito ser tantas em uma só. 

Plagiando Heráclito, sei que na minha vida a única constante é a mudança. Encaro a minha caminhada como um processo de aprendizado e evolução, e deixo as experiências e as relações me transformarem a cada dia. Olho pra dentro com olhos brandos e fico feliz com o que me tornei; sou segura de mim e sigo amadurecendo. Olho pra fora e percebo que é difícil bancar tantas metamorfoses; as pessoas com quem nos relacionamos nem sempre processam as transformações da mesma forma que a gente.

Refletindo sobre isso, penso em quantas vezes disse "eu te conheço" para outra pessoa. Que equívoco. Não, não conheço; não há como conhecer alguém tão plenamente, em toda sua complexidade. Cada pessoa é uma esfera cheia; dentro dela estão os pensamentos, os sentimentos, as percepções, as experiências, as subjetividades. Esse conteúdo está em constante movimento, mutação. Impossível acessar, apreender e processar tanta informação.

As relações interpessoais são como interseções dessas esferas e elas podem variar de tamanho, representando o grau de afinidade, proximidade, convivência ou interação entre as pessoas. Essas interseções também estão em movimento. Afinal, as relações mudam com o passar do tempo - e com a interferência de outras variáveis.



Por isso, dificilmente conhecemos toda a esfera de cada indivíduo; primeiro, porque ela não é estática, muda sempre. Segundo porque nossas relações são dialéticas; e terceiro porque além da nossa relação com aquele indivíduo, há a relação dele com a família, com o trabalho, com outros amigos, com o lazer e etc. Então é um erro achar que conhecemos as pessoas melhor do que elas mesmas, só porque nos identificamos com os problemas, situações, circunstâncias. É um erro projetar nelas algumas respostas que daríamos aos nossos problemas e questões. Aliás, se nem nós mesmos somos capazes de nos conhecer por inteiro, imagina saber tanto do outro?

Olhamos para as pessoas e as enxergamos, geralmente, usando o filtro dos nossos valores, percepções e maneira de ver a vida. Não as vemos como elas são, mas como nós somos.  Simplificamos o outro. Achamos que pode se resumir a alguns conceitos (até porque assim é muito mais fácil identificá-lo). Mas a verdade é que ninguém se encaixa em rótulos. Cada pessoa é um ser único que passa por batalhas que nem imaginamos, internas e externas; carrega suas pedras e seus medos; leva consigo seus traumas, pensamentos e sentimentos. Cada ser encara a existência de uma forma única, ainda que permeada de ideologias coletivas ou de comportamentos padrões. Cabe a nós respeitar ou, caso o nível de amizade permita, ouvir e opinar. Julgar, nunca.




Vivo a cada dia tentando, mais do que entender, respeitar cada indivíduo, suas escolhas, suas lutas e sua maneira de ser. Exercício diário de tolerância, aceitação, amor.


quinta-feira, 16 de julho de 2015

Algumas lições que aprendemos com os gatos



Quem convive com gatos sabe que esses bichanos têm muito a nos ensinar. Veja algumas lições que todos deveriam aprender com eles:
  1. Amor é diferente de dependência emocional. Ser independente não significa amar menos.
  2. Não importa o nível de independência, tem horas que colo e carinho são mais que bem vindos!
  3. Estar algumas vezes indisponível faz com que a presença seja valorizada.
  4. Espontaneidade e autenticidade nos torna únicos e especiais.
  5. Liberdade de ser e agir é algo natural; ninguém nasceu para suprir expectativas alheias. 
  6. Curtir preguiça é uma delícia.
  7. Brincar mantém jovem o nosso espírito, independente da idade.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Caminhos



Para os caminhos difíceis, força. 
Para os tortuosos, perseverança. 
Para os longos, paciência. 
Para os escuros, coragem. 
Para os pesados, leveza. 
Para os tranqüilos, alegria. 
Para os desafiadores, gratidão.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Escalada da vida



Viver pra mim é como escalar uma montanha: trata-se de uma aventura muitas vezes difícil e cansativa, mas que tem suas belezas raras. A paisagem, a atmosfera, o clima. Respiro fundo e sinto a natureza ao meu redor. Com força e coragem, vou subindo...

No trajeto, aprendo muito sobre mim mesma, me transformo e evoluo - física e emocionalmente. À medida que deslizo sobre as rochas, vou progredindo. É como uma dança, o movimento dos quadris.... o jogo de cintura.

À medida que chego ao topo, tenho a recompensa: olho pra trás e me orgulho do percurso; olho pra frente e as esperanças se renovam. E no "aqui e agora" sou só gratidão pela dádiva que é estar viva. ‪

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Primeiro fique sozinho



"Primeiro fique sozinho. Primeiro comece a se divertir sozinho. Primeiro amar a si mesmo. Primeiro ser tão autenticamente feliz, que se ninguém vem, não importa; você está cheio, transbordando.

Se ninguém bate à sua porta, está tudo bem – Você não está em falta. Você não está esperando por alguém para vir e bater à porta. Você está em casa. Se alguém vier, bom, belo. Se ninguém vier, também é bom e belo.

Em seguida, você pode passar para um relacionamento. Agora você se move como um mestre, não como um mendigo. Agora você se move como um imperador, não como um mendigo. E a pessoa que viveu em sua solidão será sempre atraídos para outra pessoa que também está vivendo sua solidão lindamente, porque o mesmo atrai o mesmo.

Quando dois mestres se encontram – mestres do seu ser, de sua solidão - felicidade não é apenas acrescentada: é multiplicada. Torna-se um tremendo fenômeno de celebração. E eles não exploram um ao outro, eles compartilham. Eles não utilizam o outro. Em vez disso, pelo contrário, ambos tornam-se UM e desfrutam da existência que os rodeia."

OSHO