quarta-feira, 28 de março de 2012

Bóra ser feliz?

"Se alguém vier com papo perigoso de dizer que é preciso paciência pra viver
Que andando ali quieto
Comportado, limitado
Só coitado, você não vai se perder
Que manso imitando uma boiada, 
você vai boca fechada pro curral sem merecer
Que Deus só manda ajuda a quem se ferra, 
e quando o guarda-chuva emperra certamente vai chover.
Se joga na primeira ousadia, que tá pra nascer o dia do futuro que te adora.
E bota o microfone na lapela, olha pra vida e diz pra ela...
Eu quero ser feliz agora"

segunda-feira, 26 de março de 2012

O que está acontecendo?

"O mundo está ao contrário e ninguém reparou
O que está acontecendo?
Eu estava em paz quando você chegou..."

sexta-feira, 16 de março de 2012

Seja bem vindo, outono


A vida é cíclica, como as estações do ano. Fui primavera em minha relação, quando a paixão floresceu. Depois, fui verão, quando a energia e o amor estavam em plena atividade. Estou passando por um período de outono: folhas e frutos caindo, não há mais a vitalidade de outrora. Agora, enfrentarei o inverno. Talvez não tão rigoroso, porque o dilui ao longo do último período. Mas ainda assim, entendo a importância de fechar-me e viver esta fase para que possa entender o que se passou e curar as feridas; só assim estarei pronta para florescer novamente.

Nada é eterno. Agora entendo o sentido de reiventar-se sempre; as transformações que acontecem dentro da gente, na vida e nas relações é o que as renova, prolongando a vitalidade.

terça-feira, 13 de março de 2012

Os apressados

Texto de D(i)jalma Nunes Grandi

"No fim, os impertinentes somos nós mesmos. Como acontece que a cada satisfação corresponde uma decepção, vamos à procura de outras vaidades, substitutas, que poderão ser numeradas, catalogadas, classificadas, para depois serem abandonadas.

Nossos dias estão sofrendo de aceleração gradativa. Com essa história de foguetes espaciais, parece que a mania de empuxos para a arrancada vai contagiando os homens. Todos querem ganhar tempo perdendo-o depois não se sabe com o que. Ser ligeiro nas pernas, de mãos, de raciocínio. Ser rápido na competição, adiantar-se a todos, vencendo obstáculos. Não faz mal que na precipitação o sujeito deixe um pedaço dos bofes, não importa que seu estômago se pareça com uma fornalha de olaria digerindo tijolos requeimados. O essencial é andar aos trancos e barrancos.

Ninguém pensa em alternar a pressa com a calma. Não há tempo para isso. Viver é agitar-se, sair de si mesmo, estafar-se. Quem não faz isso não é digno de deitar-se numa cama à noite para gozar de uma insoniazinha permanente.

Um belo dia o apressado acorda abatido. Começa a querer mudar. Começa a pensar em gozar devagar aquilo que lhe custou tanta correria. Sentado na cama, de pijamas, com um cigarrinho a engomar-lhe os lábios, com um primeiro cafezinho, o homem pela primeira vez na vida 'deixa-se' cair novamente no travesseiro e manda a vida às favas. Vai começar a desmoralizar a insônia."

2 de abril de 1961, trecho selecionado por Cristiane Grandi.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Fatalmente

‎"...o impulso para amar, para encontrar e conhecer e mergulhar no outro, é o que nos traz para perto da vida. E é por isso que quando se está de braços abertos, se está dando as costas para a morte. Ou deixando, calmamente, tão calmamente quanto possível, que ela venha a seu tempo — porque fatalmente virá."

Poesia das emoções

Aqui dentro ainda é tudo poesia, que vai de Carlos Drummond a Augusto dos Anjos.

Em busca de serenidade e sabedoria


Como é difícil resolver o conflito entre o que deve ser feito e o que se quer.... 
Como é difícil ter paciência para esperar, serenidade para conduzir a vida,
sabendo que é preciso abrir mão do desejável em prol do que é "certo"....
Sabendo que os planos não são infalíveis, 
que o tempo da vida e das pessoas não é o mesmo que o nosso,
 e que o tempo certo é o tempo natural em que tudo flui
sem precisar de empurrões ou pressões....

Que eu tenha serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar
coragem para modificar o que posso
e sabedoria para distinguir uma coisa da outra.

Assim seja.

segunda-feira, 5 de março de 2012

A idade e seus enganos

Acreditava que a sensatez viesse com o tempo e com a vivência. Nem sempre. Tem sido fácil perdê-la aos 30, apesar do acúmulo de experiências. Mas uma coisa é certa: com o passar dos anos, fica mais fácil - nesses momentos - recuperar a sanidade, colocar os pés no chão e ajustar os passos e o caminho percorrido. Também fica mais fácil visualizar as escolhas e suas consequências; tomar decisões; controlar a ansiedade. 

Só tem uma coisa que a escola da vida traz que não tenho certeza se é bom ou ruim: as porradas e as tristezas tornam-nos seres mais racionais, ainda que os sentimentos latejem por dentro. Dominamos os impulsos e domamos algumas reações. Será isso sinal de evolução? Ou simplesmente a perda da nossa condição de ser humano? Não estaremos perdendo a espontaneidade por causa das boas e velhas regras de convivência, ou pelo medo? Estamos nos tornando seres programados?

É tempo de questionamentos.....